Capítulo 56

3.4K 206 5
                                    

O recesso acabou, e com isso um novo ano começava. Manhattan ainda estava um gelo, e isso só piorava o humor de Anahí. Todos os funcionários estavam lá, inclusive Alfonso, que esperava ansioso pela entrada dela no saguão da PATT.

Quando ela chegou, tudo foi igual a todos os dias. Ela caminhou direto para o elevador, ignorando todos os funcionários que andavam pelo saguão. No seu andar, Emma já a esperava em seu posto em sua mesa, com todos os compromissos para aquele dia. Este que, seria bastante longo.

No final do dia, Anahí estava exausta de tantas reuniões. Ela pegou o elevador, indo para o andar da garagem para que pudesse ir para casa. Ela havia dispensado o motorista, e se condenava por isso agora. Chovia lá fora e isso só piorava o seu humor. Ela buscava a chave do carro na bolsa quando as portas do elevador se abriram. Ela caminhou até o carro, mas antes que chegasse nele...

Alfonso: Anahí. –a chamou, e ela se virou surpresa. Ele já estava sem o uniforme, e corria até ela-

Alfonso estava pronto para ir embora, já era tarde e ele sabia que Anahí ainda estava na empresa, uma vez que não foi possível limpar sua sala por causa da ocupação dela. Ele se preparou para ir embora, mas quando chegou na porta da empresa e viu a chuva ele travou. Ele imediatamente se lembrou dela, e de todas as palavras de Emma naquele dia, sobre ela não gostar de sair de casa no inverno. Ele não sabia exatamente o que faria, mas ficou, para espera-la.

Anahí: O que você quer, Herrera? –perguntou num suspiro. Ele a encarou surpreso, pelo sobrenome chamado. Ela mal falava o nome dele, quanto mais o sobrenome-

Alfonso: Está chovendo, e eu queria saber se... –ele queria acompanha-la até em casa. Mas antes que pudesse se expressar melhor, ela o interrompeu-

Anahí: O que? Quer que eu lhe leve até o Brooklyn porque está chovendo? –perguntou com um riso irônico- Pelo amor de Deus... Não seja ridículo, se coloque no seu lugar.

Alfonso: Não. –tentou- Não é isso. Eu...

Ela o ignorou, e avançou para o carro, abrindo a porta do motorista e entrando. Alfonso bufou de raiva, por que ela tinha que ser assim? Ele correu, dando a volta no carro e entrando na porta de passageiro, impulsivamente.

Anahí: Você está querendo ser demitido? –perguntou se virando para encará-lo, já se irritando-

Certo, ela não vai deixar você a acompanhar até em casa, Alfonso. Pense, vamos. Pense em algo que não a deixe sair nessa chuva.

Ela ainda o olhava com um olhar confuso, irritado, cansado, e ele a puxou pela nuca, a beijando. No primeiro momento, ela tentou empurrá-lo, e não retribuiu o beijo. Ele podia sentir o gosto adocicado de melancia que aqueles malditos lábios tinham, e continuou os pressionando. Logo depois, ele insistiu, tentando invadi-la com sua língua, enquanto segurava as mãos dela que tentavam lhe afastar. Mas isso não durou muito tempo. Logo ela se entregou ao beijo dele, que Deus do céu, era mesmo maravilhoso. Assim que ela retribuiu o beijo, o corpo dela pareceu se incendiar. Ela avançou para cima dele, puxando sua camisa até tira-la. As línguas se encontravam habilidosas, os hálitos se misturavam, as respirações ofegavam, e Anahí subiu para o colo dele.

O que aconteceu depois foi que os dois se satisfizeram da forma mais prazerosa possível. Foi um orgasmo intenso, que os deixaram ofegantes dentro do carro. Anahí voltou para o seu banco, vestindo sua blusa de volta.

Alfonso: Você é boa nisso. –falou ainda ofegante, vestindo sua camisa com um sorriso brincando em seus lábios. Ele a olhou e ela tinha o mesmo sorriso, fechando os botões da própria blusa. Ele olhou para a porta da garagem, e a chuva não havia parado completamente, mas havia cessado um pouco, deixando agora somente uma garoa-

Anahí: Me deixe ir embora. -ela acabou de se vestir e levantou o rosto, e ele a encarava sorrindo. Ela esperou, erguendo uma das sobrancelhas, e ele avançou para perto dela outra vez, deixando os lábios próximos aos dela-

Alfonso: Boa noite. –desejou, selando os lábios com os dela logo depois rapidamente, e saiu-

-

Uma semana depois, tudo estava como deveria ser. O dia na PATT estava normal e Anahí trabalhava em sua sala, concentrada na tela do computador quando sua sala foi invadida.

Anahí: Maite, sempre tão educada. –falou ironicamente ao vê-la entrar em sua sala, junto com Dulce-

Maite: Como está Any querida? –perguntou indo até ela, que se levantou para abraça-la-

Anahí: Bem, e você? –perguntou e as duas sentaram a sua frente- Que bons ventos a trazem?

Maite: Vim gravar ainda para o filme. Voltamos da Índia e agora vamos fazer umas cenas em Nova York. –falou num suspiro-

Dulce: Vamos almoçar juntas hoje. As três. –informou-

Anahí: Eu não sei se posso. –falou com pesar, respirando fundo-

Maite: Pode sim. Ah, você pode, porque eu preciso saber sobre isso de transar com Alfonso Herrera. –cuspiu, vendo os olhos da amiga quase saltarem para fora-

Anahí: Que ótimo. Dulce Maria e sua boca grande. –falou irônica se encostando na cadeira-

Maite: Você acha mesmo que eu nunca iria saber?

E aquilo era conversa para um almoço, e quem sabe, para também um fim de tarde com as três reunidas na casa de Anahí para que a conversa fosse colocada em dia.

365 Dias de InvernoOnde histórias criam vida. Descubra agora