Enquanto o Sr. George explicava uma equação que eu já sabia de trás para frente, meu celular tocou. A foto de Matt surgiu na tela do meu telefone. Sob o olhar de reprovação do meu professor, deixei a classe para atendê-lo. Droga! O que esse garoto pode querer agora?
- Matt?
- Ei, Luke. Você deve está ocupado, eu não queria atrapalhar. - falou Matt.
Meu relacionamento com Matt não andava muito bem nas ultimas semanas. Eu fiz a burrice de falar algo sobre Bryan Collins que o deixou irritado. Até eu abrir minha maldita boca na festa da Kappa, Carter estava na minha. Mais um pouco e eu conseguiria leva-lo para cama, então eu o ganharia de vez, sem dar espaço para competição com Collins, com quem eu tive que disputar a atenção de Matt nos últimos meses. No inicio eu acreditei que seria algo fácil, depois do primeiro mês eu percebi que o sentimento de Bryan por Matt podia ser reciproco.
- Não tem problema. - menti. - Aconteceu alguma coisa?
- Eu preciso conversar com você. Sobre nos! - notei o nervosismo em sua voz. Algo devia está errado. Mas eu não podia perdê-lo. Não agora. - Podemos nos encontrar?
- Claro, docinho.
Matthew chegou ao local marcado com antecedência. Eu precisava contornar as coisas entre nos, antes que tudo estivesse perdido. Não iria perder mais nada para o Collins. Mas assim que começamos a nossa conversa eu conseguia sentir o quão diferente ele estava. Carter evitava meus olhos, buscando se concentrar em qualquer coisa que não fosse em mim. Então as palavras que eu temia ouvir a um bom tempo se concretizaram.
Ele não podia está falando serio. Engoli em seco, junto com a raiva que vinha crescendo dentro de mim. Quem esse ferrado pensa que e? Eu ofereci tudo de bom que esse moleque jamais vai conseguir na vida. Escondi minhas mãos abaixo da mesa, para que Carter não as visse tremulas.
- O que você está querendo dizer? - mantive a voz firme.
- Você entendeu o que eu quis dizer, Luke. - ele não me encarou, o que me deixou ainda mais irritado. Ele não conseguir nem ao menos olhar nos meus olhos para me dar um pé na bunda. - Não posso continuar saindo com você.
- Eu fiz alguma coisa errada?
- Você é ótimo. - ele mentiu.
- É por causa do Collins? - fiz uma careta. - Você está dormindo com ele?
- Não. Que dizer... - esse desgraçado está me traindo? A minha raiva estava ferver dentro de mim. - Eu não estou dormindo com ele. Mas tem a ver com ele.
- Ele não é o tipo que namora. Você sabe disso, não é? - um sorriso forçado surgiu em meus lábios. Eu iria fazer com Matt percebem a merda que ele estava fazendo. - Ele vai fazer uma merda tão grande que você vai voltar correndo arrependido por me trocar por um fodido como Bryan Collins.
- Não sou do tipo que volta correndo. - seu tom de voz irritado foi o mesmo que ele usou durante a festa da Kappa. - Sinto muito. Eu realmente queria que desse certo.
- Tanto faz. - levantei, derrubando uma cadeira no processo.
Minha visão começou a ficar escura, logo após sair da cafeteria. Mais uma vez, Bryan Collins estava ferrando. Como da primeira vez! Olhei para trás mais uma vez, prometendo a mim mesmo que as coisas não terminariam daquela forma.
∞
A fina chuva caia sobre mim, enquanto eu atravessava o estacionamento a passos largos. Todos passavam apresados, não por conta da chuva, o motivo era o feriado que se aproximava que dava a oportunidade de muitos retornarem para suas casas ou viajarem. Eu não tinha planos de viajar ou de ficar com a minha família. Meu objetivo era outro.
Avistei Matt saindo do prédio pela saída lateral, usando o capuz do seu moletom para se proteger a chuva. Ele discutia algo, gesticulando com as mãos pequenas. Dei dois passos em sua direção, mas parei ao notar que ele não estava sozinho. Em seguida, o brutamonte de um metro e noventa, coberto por músculos e tatuagens, saiu do prédio seguindo o pequeno garoto. Parei atrás de uma SUV, para que conseguisse observar os dois atravessarem o estacionamento rumo ao Mustang preto. Bryan agarrou o Matt pela cintura e o puxou para junto de si, como se quisesse protege-lo de algo.
Revirei os olhos e bufei de raiva.
- Vai ficar tudo bem, Gracinha! - falou Collins. Ele abriu a porta do carro para que Carter entrasse, entrando pelo outro lado em seguida.
Os dois se abraçaram e permaneceram assim por um tempo.
Matthew Carter, o garoto que me deu um pé na bunda por Bryan Collins. Cerrei meus punhos, enquanto a minha irá crescia dentro de mim. Soquei a SUV, o que resultou em uma dor aguda. Um mês atrás, eu acreditava que Matthew estava caído por mim, que eu poderia esfregar na cara do Collins que eu posso ter tudo o que quero. Que tiraria dele o que ele mais desejava, simplesmente porque eu posso. Mas coisas mudaram de rumo. E mais uma vez, eu sair humilhado por aquele otário.
Seria a ultima vez!
O ronco do motor do Mustang ecoou pelo estacionamento antes de sair e se misturar ao trafego do campus. Durante o feriado, enquanto todos curtiam suas famílias, eu pensaria em uma forma de fazer Carter pagar pela humilhação que ele me fez passar.
Hora de abrir algumas feridas!
Espero que tenham gostado de ver um pouco da mente doentia de Luke. Mas surpresas viram, para deixa-los por dentro da estória.
VOCÊ ESTÁ LENDO
No Limite
RomanceMatthew Carter quer recomeçar sua vida depois de vê-la desmoronar por completo. Tímido, Matt faz de tudo para passar despercebido pelas pessoas. Mas Bryan Collins está no seu caminho. O badboy, com abdômen definido, tatuagens e um ótimo poder de sed...