Capítulo 27

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Apertei-me contra o corpo do Bryan, quando o frio me fez estremecer. A manha na véspera de Natal em Chicago estava monótona, mesmo assim Bryan aparentava está admirado com a cidade, colando o rosto na janela do taxi, enquanto nos dirigíamos a casa dos pais de Liz. Pelo menos alguém parece está se divertindo! Desde o dia em que Tyson reapareceu em Tucson, meu humor não anda péssimo. Minha mente vem trabalhando em uma maneira de afastar meu irmão de forma definitiva e de não permitir que Bryan e meus amigos percebam o quanto essa merda está me afetando.

Olhei ao redor, para as ruas vazias, esperando encontrar algo familiar. Eu reconhecia tudo naquele lugar, mas cada vez mais Chicago parecia mais estranha para mim. Segurei a mão de Bryan, enquanto caminhávamos em direção pelo gramado da casa de Karen e Rob. Ao meu lado, Liz parecia animada em rever seus pais. Ela não passou o feriado de Ação de Graças com os pais, como havia planejado, por conta do acidente com Liam. Não conseguir evitar o sentimento de culpa ao me lembrar.

— O que foi? – perguntou Bryan.

— O que? – olhei espantado para ele.

— Você fez uma careta! – ele ergueu uma de suas sobrancelhas.

Bufei.

— Besteira. – menti. — Apenas não gosto muito de voltar para Chicago, lembra?

— E verdade. – ele beijou o alto da minha cabeça. — Podíamos ter ido visitar os pais do Liam.

— Estamos longe do Tyson. Isso que e importante. – sorrir e apressei os passos para chegarmos logo à porta.

Liz não se preocupou e em usar a campainha. Ela entrou na casa, despejando a única mala que carregava no hall de entrada. O calor do interior da casa foi bem vindo. Liam que vinha logo atrás de nos, deixou as enormes malas de Liz no chão, gemendo com dor no ombro. A casa estava quieta demais, provavelmente os pais de Liz deviam está nos fundos, ou distraídos na cozinha. Um cd com músicas natalinas tocavam em um volume baixo, como música ambiente.

— Lar, doce lar. – cantarolou Liz, correndo na direção da cozinha.

Os meninos estavam acanhados com o ambiente desconhecido. Os dois me olharam, como se esperassem que eu dissesse o que eles deviam fazer. Ouvimos os gritinhos de Liz na cozinha. Seguimos na mesma direção. Karen estava abraçada a filha, beijando seu rosto em todas as partes possíveis. Ao notar minha presença, ela correu na minha direção, separando de Bryan com um puxão. Sorrir com a demonstração de carinho exagerada de Karen. Ela me apertou em seus braços, agarrando meu rosto para ver como eu estava.

— Por que não avisaram que viriam? – ela olhou de mim para Liz, depois para os garotos parados na entrada da cozinha. — Você deve ser o Liam. – ela apontou para o namorado da filha, indo a sua direção. — Pensei que não iria conhecê-lo!

— Não exagera mãe. – Liz rolou os olhos.

— E esse rapaz bonito? – ela analisou Bryan e fez careta para as diversas tatuagens expostas. — Um pouco moderno ele.

Nos rimos com o comentário.

— Esse o Bryan, Karen. – disse. Ela me lançou um olhar inquisitivo, esperando que eu lhe desse mais informações, além do seu nome. — Meu... namorado.

Seu rosto se iluminou. Foi inevitável não comparar sua reação, com a de minha mãe. Desejei que as coisas não tivessem um fim desastroso, como ocorreu há algumas semanas na casa dos Collins.

— Você não me disse nada. – ela olhou para nos dois. — Precisamos conversar mais tarde.

Bryan me encarou, como se esperasse resposta. Eu não sabia o que significava essa conversa, então apenas dei de ombro.

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