A única luz acessa no prédio era o da janela do terceiro andar. Do outro lado da rua, eu observava enquanto a sombra dele se projetava nas cortinas fechadas. Puxei o celular do bolso do meu jeans, o relógio digital mostrava que já passava de uma hora da manhã. O que ele faz acordado uma hora dessas? Ele pode está com outra pessoa. O pensamento fez minha raiva borbulhar dentro do meu peito.
Digitei os números e levei o celular ao ouvido. Ele atendeu no segundo toque.
- Alô. - a voz rouca soou como um sussurro. - Alô?
Permaneci em silêncio, mesmo minha mente gritando para confronta-lo sobre a presença de outra pessoa em seu apartamento.
- Eu consigo ouvir sua respiração, otário. Diz logo quem e? - sua voz subiu uma oitava. Adorava a sensação em ouvi-lo com raiva e pavor. Meu pai sempre diz que o medo das pessoas significa respeito. Era uma das poucas coisas em que concordávamos. Deixei uma pequena risada. - Luke? Eu vou ligar para policia! - ele gritou. Desliguei a ligação.
Com passos largos, atravessei a rua. Uma garota ruiva vinha saindo do prédio.
- Ei... Espera. - corri até ela, que exibiu um longo sorriso. - Desculpe, quero fazer uma surpresa para a minha garota, mas não queria que ela soubesse que estou aqui. - mostrei o buque de rosas em minha mão esquerda. - Você pode me deixar subir?
- Claro! - ela manteve o portão aberto para mim. - Boa sorte com a sua garota! - ela piscou e saiu, jogando os longos fios vermelhos para trás.
O meu celular tocava na minha mão. Mas ignorei as chamadas.
A vizinha de frente tentava encontrar suas chaves dentro da enorme bolsa de couro. Ela esbravejou alguns palavrões, antes de conseguir encontrar o molho de chaves.
- Com licença. - aproximei, exibindo meu melhor sorriso.
- Sim garotão. - ela prendeu uma mexa do cabelo atrás da orelha e inclinou o corpo para deixar seus seios fartos mais visíveis. - Posso ajuda-lo?
- Com certeza. - apontei com o polegar para a porta do outro lado do corredor. - Hoje e aniversario do meu namorado e quero fazer uma surpresa para ele. E pensei que talvez, você pudesse me ajudar.
- Surpresa? - ela mordeu o lábio inferior. - Adoro surpresas! O que posso fazer por você? - ela deslizou a mão pelo meu braço.
Disse a ela o que deveria ser feito e esperei em um lugar onde não ser visto. A mulher bateu a porta do seu vizinho, piscando para mim assim que ouviu o barulho da fechadura.
O garoto atendeu a porta, com o cabelo desgrenhado, vestindo apenas camiseta e cueca. Ele pareceu surpreso ao ver a vizinha a sua porta.
- Sim. - disse ele, olhando para os dois lados no corredor. - Posso ajuda-la, Sra. Johnson?
- Não me chame de senhora, bobinho. Sandra está ótimo. - ela ergueu a pequena xicara em direção a ele. - O meu açúcar acabou e uma hora dessas não vou conseguir encontrar nada aberto. Você pode me arrumar um pouco para que eu possa fazer café?
- Claro, Sra... Sandra. - ele pegou a xicara das mãos de Sandra. - E muito perigo sair uma hora dessas!
- Não queria incomodar! - ela fingiu está constrangida.
- Não incomoda. Sempre que precisar, pode chamar. - ele sorriu. - Volto em um segundo.
Assim que ele voltou para o apartamento, Sandra se afastou.
- Obrigado! - beijei sua mão e deslizei uma nota de cem dólares para dentro do seu sutiã. - Eu cuido dele agora.
- Aproveitem a noite! - ela sussurrou no meu ouvido.
Empurrei a porta do apartamento e fechei assim que entrei. Ouvir seus passos pela cozinha. Ele voltava apressado quando ergueu os olhos e me viu parado no meio da sala. Ele apertou com força a xicara em suas mãos.
- Como...? - seu corpo tremia de nervoso. - Eu vou ligar para policia. - falou ele correndo em direção ao quarto.
O cerquei, bloqueando totalmente o seu caminho.
- Não estrague o nosso momento, Caleb. - deslizei as costas da mão por seu rosto. - Você não quer me deixar zangado. Quer?
- Da o fora do meu apartamento, Luke. - mesmo visivelmente assustado, ele manteve a voz firme.
Ergui o buque de rosas para ele.
- Trouxe para você. - inspirei o aroma fresco das flores, antes de entregar a ele.
Caleb arremessou o boque em meu rosto e se afastou de mim.
Respirei fundo. A raiva queimava em minhas veias, fazendo as pulsar contra a minha pele. Segurei o buque que ele me arremessou, com os olhos fechados, tentando manter o controle.
- Por que você fez isso? - mantive o tom de voz baixo.
- Acabou. Agora saia daqui! - ele gritou.
- Não. - dei um passo em sua direção, mas ele arremessou a xicara com açúcar sobre mim. Desviei, usando os braços para proteger meu rosto. - Desgraçado. - esbravejei.
Caleb já estava do lado de fora do apartamento quando o alcancei. Usei meu pé para desequilibra-lo e quando ele caiu, batendo o rosto no chão, subir sobre ele.
- Você não pode fugir de mim! - berrei. Minha voz ecoou pelos corredores silenciosos do prédio. - Não vai me abandonar!
- Sai de cima de mim. - ele acertou o punho no meu rosto e girou o corpo para me derrubar. - Já disse que não vou mais aturar suas merdas, Luke. - ele acertou o joelho em minha boca. Uma dor aguda se espalhou pela região, me fazendo encolher com a dor.
Agarrei suas pernas e fui para cima dele, pronto para devolver a joelhada.
- O que está acontecendo aqui? - gritou Sandra. - Solte ele. Eu vou ligar para a policia agora mesmo.
- Não e necessário! - rosnei, empurrando Caleb contra a parede.
Antes que a vagabunda pudesse realmente ligar para a policia, resolvi que deveria ir embora.
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No Limite
RomantizmMatthew Carter quer recomeçar sua vida depois de vê-la desmoronar por completo. Tímido, Matt faz de tudo para passar despercebido pelas pessoas. Mas Bryan Collins está no seu caminho. O badboy, com abdômen definido, tatuagens e um ótimo poder de sed...