Permiti que os lábios quentes de Bryan tocassem os meus e explorassem minha boca mais uma vez. Minhas costas afundaram no colchão sob seu corpo ainda úmido. Suas mãos deslizaram pela lateral do meu corpo, espalhando o calor de seu beijo. Arfei ao sentir sua mão entre minhas coxas, tocando minha ereção. Mordi o lábio inferior.
- Sabe que não quero que você se sinta obrigado a fazer isso. - falou Bryan, se tirar sua boca da minha.
- Cala a boca, Bry. - puxei seu quadril de encontro ao meu. Beijei seu pescoço e continuei por seu tronco, mas ele parou ao perceber o que eu estava preste a fazer.
- Essa noite não é sobre isso, Gracinha.
Ele não se conteve. Bryan esticou a mão para pegar algo na gaveta de seu criado-mudo. Reconheci o barulho metálico. Ele levou a embalagem à boca e rasgou o plástico. Bryan se encaixou entre as minhas pernas e, em um ritmo lento e delirante, ele entrou em mim. Fechando meus olhos, arqueei minhas costas indo de encontro ao seu corpo. Cerrei meus dentes para reprimir um gemido alto.
- Por favor, olhe para mim. - sussurrou.
Abri meus olhos para encontrar os seus, vívidos e lascivos. Um grito escapou de minha garganta, com a dor causada por sua investida. Cravei meus dedos nas costas largas e extensa de Bryan. Ele arfava contra minha boca, intensificando seu ritmo. Uma fina camada de suor se formava em nossas peles. O cheiro de Bryan era inebriante, adentrando em mim, agindo como uma droga em meu corpo.
Acho que me perdi em alguma parte do meu subconsciente, ou entrei em outra dimensão. Meu corpo teve vários espasmos, seguido por uma onda de emocional que eu desconhecia. Senti Bryan me preenchendo por completo, seu corpo se contraindo e os sons que ele produzia. Foi tudo tão rápido, mas parecia que duraram por longos minutos. Meu peito subia e descia com a minha respiração irregular, indo de encontro ao de Bryan. Ele caiu exausto sobre mim, afundando o rosto entre o meu pescoço antes de rolar para ficar de costas na cama.
- Você está bem? - perguntou, deixando um braço sobre a minha barriga.
- Sim. - respondi um pouco atônito ainda.
Houve um minuto de silêncio. Mordi o lábio inferior para esconder o sorriso bobo que surgiu em meu rosto. A respiração regular de Bryan me fez pensar que ele tivesse pegado no sono, mas assim como eu, ele apenas estava se recuperando.
- Nunca pensei que fosse dizer isso, Gracinha. Mas... Você roubou meu coração! - disse Bryan com sua voz rouca. - Sou o seu primeiro?
O empurrei de brincadeira.
- Você sabe que sim.
- Primeiro e único. - me puxou, apoiando minha cabeça em seu peito nu.
Cristo. Ele estava falando sério? Tínhamos quase um mês de namoro e Bryan estava pensando em um futuro juntos. Enquanto eu não sabia aonde nós dois chegaríamos.
- Bry, você acredita que vamos ficar juntos a vida inteira? Não estou sendo pessimista. Apenas me veio isso na cabeça. O que vamos estar fazendo daqui a vinte anos?
Ele ficou tenso. Pensei que estivesse chateado, mas então ele respondeu:
- Eu realmente não sei. A única coisa que me preocupa todos os dias é não fazer nenhuma merda que te afaste de mim. Porque eu quero estar com você, onde quer que você esteja daqui a vinte anos. Então eu preciso batalhar todos os dias para que se tornem uma realidade.
Ergui a cabeça para beijar o seu pescoço. Às vezes eu tentava descobrir o que eu havia feito para merecer Bryan em minha vida. Durante quase toda a minha adolescência, eu não fui o que se pode dizer de uma "boa pessoa". Com certeza eu era alguém completamente ferrado até Robb e Karen me acolherem. Mas Bry também não era alguém exemplar. Tentei evitar ao máximo tipos como Bryan Collins. E de repente eu me via de cara com a personificação de tudo que um dia eu deixei para trás.
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No Limite
RomanceMatthew Carter quer recomeçar sua vida depois de vê-la desmoronar por completo. Tímido, Matt faz de tudo para passar despercebido pelas pessoas. Mas Bryan Collins está no seu caminho. O badboy, com abdômen definido, tatuagens e um ótimo poder de sed...