Capítulo 28

7.3K 745 87
                                    

Bryan sentou ao meu lado, na pequena mesa da cozinha da casa dos pais da Liz. Ele sorriu, revelando suas covinhas. E se virou para responder o cumprimentou de Karen. Sua mão deslizou sobre a mesa, para segurar a minha. Observei seus dedos se entrelaçando os meus. A textura áspera da palma de sua mão arranhou minha pele, espalhando uma deliciosa sensação de conforto. Suspirei, quando seus dedos se fecharam aos meus, arrancando um sorriso de satisfação de Bryan.

— Elas se encaixam perfeitamente. – ele sussurrou para mim.

Corei.

Karen olhou para nos dois, enquanto empurrava uma xicara de café fumegante para cada um de nos.

— Aproveitaram o passeio dessa noite? – perguntou Karen, sentando a nossa frente. Viramos na sua direção. Ela mordiscou sua torrada coberta com geleia. — Vi quando vocês retornaram. Já estava tarde.

— Desculpe, não queríamos incomodar. – as bochechas de Bryan pareciam em chamas.

— Não precisam se desculpar. – ela balançou uma das mãos com desdém. — Espero que tenham aproveitado.

— Na verdade, eu levei Bryan para conhecer a casa onde cresci. – justifiquei.

Karen fez um ô com a boca e bebeu um pouco do liquido quente em sua xicara.

— Rob e eu queríamos arrumar algumas coisas, antes de lhe entregar as chaves. Mas com a visita inesperada de vocês, ele achou melhor dar a noticia. – Karen me analisou por um breve momento, antes de fazer a pergunta que perambulava em sua mente. — E como foi?

— Estanho. – respondi.

— Intrigante. – comentou Bryan. Ele deu de ombro quando olhei para ele. — Há alguns meses eu não sabia quase nada sobre você. Apenas que e rabugento. Agora eu consigo ver tudo sobre você. E eu sei que você acredita que isso possa me afastar em algum momento, mas eu só me apaixono cada dia mais por você. – completou.

— A casa está praticamente da maneira como a deixamos há dois anos. – comentei. — Foi como se o tempo não houvesse passado lá dentro.

Karen assentiu.

— Ninguém esteve na casa, a não ser a policia, depois que vocês saíram. – ela franziu o cenho. — Acho que não havia muito sobre o seu pai para eles procurarem lá.

Concordei com um aceno.

— Parece que ele disse tudo que eles precisavam saber.

Ficamos todos em silêncio ao ouvir passos vindos do cômodo ao lado. Liz entrou na cozinha, bocejando. Ela sentou na única cadeira vazia e puxou minha xicara de café para ela. Liz estreitou os olhos na nossa direção.

— Aconteceu alguma coisa? – ela perguntou, tomando um gole de café. — Isto está bom!

— Não. – revirei os olhos. — Esse e meu. Pegue o seu. – tirei a caneca de sua mão.

— Rabugento. – ela bufou e cruzou os braços sobre o peito, recostando na cadeira.

— Vocês deviam mostra a cidade para os garotos, antes do fim do feirado. – disse Karen, rindo da nossa breve discursão.

— Acho que podemos fazer algo amanhã à noite. – Liz afastou uma mexa de cabelo que caiu sobre o seu rosto. — Vocês vão descobrir o que e uma boate de verdade.

— Você me prometeu uma vez, que me mostraria alguns bares de verdade, Gracinha. – comentou Bryan.

— Gracinha? – Karen olhou para nos dois.

No LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora