Capítulo 36

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O sorriso no meu rosto, espelhava o de Bryan, enquanto ele estacionava em frente ao prédio onde morava. Ele havia acelerado desde o momento em que saímos do estacionamento do aeroporto, onde o seu Mustang ficou estacionado, deixando nossos pais e amigos para trás. Estava feliz em poder ter alguns minutos com Bryan, antes que todos invadissem o apartamento.

Curvei-me em sua direção, envolvendo seu pescoço com os meus braços. Ele se inclinou, para facilitar o meu abraço desajeitado. Pressionei os meus lábios nos dele, sentindo o gosto de pasta de dentes e bala de menta. Bryan havia deixado o seu vício pelo cigarro de lado, pouco tempo depois em que começamos a namorar. E agora usava as balinhas de menta para substituir a nicotina, todas as vezes que o desejo de fumar voltava.

Nos últimos dias, ele com certeza teve motivos para desejar colocar um cigarro entre os lábios.

- Quando você falou sobre casamento no hospital, estava falando sério? - perguntei, afastando minha boca o suficiente para conseguir respirar.

- Você disse que não queria sair do meu lado. Então eu disse aquilo, mas não estava levando fé que você fosse realmente querer se casar. - ele deu de ombros.

- Então você não quer?

Seu cenho franziu.

- É claro que eu quero!

- E se eu estiver disposto a aceitar o pedido?

Bryan tombou a cabeça de lado, procurando qualquer sinal que indicasse que eu estava brincando. Quando ele não encontrou nada em minha expressão de paisagem, ele estreitou os olhos.

- Está falando sério, gracinha?

- E uma possibilidade! - roubei um beijo rápido dele.

- Você está tirando uma com a minha cara?

- Você quer casar, ou não, porra? - rolei os olhos.

Ele se remexeu no bando de couro.

- Não revire os olhos. - ele rosnou, aproximando a boca da minha. - Eu não tenho certeza, se estou explodindo de felicidade, com tesão com seu pedido, ou com vontade de me enterrar fundo em você, para te fazer rolar os olhos de verdade.

- Gostei da última opção.

A batida na janela do Mustang, obrigou a nos afastar. Com um olhar furioso, Bryan encarou que estava do lado de fora do seu carro. Marco acenou para que ele abaixasse o vidro, nos encarando com um olhar distante.

- O que você está fazendo na minha casa, Marco? - Bryan, abriu a porta do seu carro, saltando para fora.

Em segundos, eu me juntei a ele.

- Precisava falar com você, Collins. Mas você não atente a porra do telefone. - ele me encarou por alguns segundos. - Parece que fomos entregues.

Segurei a mão de Bryan, entrelaçando os meus dedos aos dele. Ele me puxou para mais perto, prendendo um dos braços ao lado do meu corpo.

- Soube de algumas pessoas, que a polícia esteve perguntando por mim. Então resolvi escapar e te avisar, que eles podem bater na sua porta a qualquer momento.

- E você espera que Bryan não diga nada sobre as corridas? - ergui uma das sobrancelhas.

- Não. - ele me encarou sem qualquer emoção, depois para Bryan. - Eu e o Collins somos apenas parceiros de negócios, nada mais. Passei apenas para prepara-lo. Mas não ficaria surpreso se ele me entregasse.

- Para quem está escapando, você está bastante exposto. - disse, olhando a nossa volta.

A caminhonete de Marcos estava estacionada na entrada do estacionamento. Ela era grande e chamativa demais, e com certeza seria fácil identifica-lo.

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