Capítulo 20

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      Quando cheguei em frente a porta de número vinte e dois toquei a campainha e esperei. De fora pudi ouvir passos correndo e um garotinho de dez anos abrir a porta.

   - Oi Junior. - disse sorrindo e ele sorrio surpreso.

    - AAAANA. - me abraçou apertado e eu lhe retribui.

    - Como você está?

    - Eu to legal, vem, o Felipe vai ficar surpreso quando te vê. - e saio me puxando pela casa.

   - Mãe, mãe, mãe, a Ana está aqui. - gritou e entramos na cozinha avistando tia Inês cortando frutas e Felipe lhe ajudando.

    - Ana minha linda. - me abraçou apertado como sempre fazia.

    - Oi tia, que saudades.

    - Oi Felipe. Ta ficando um gatinho vio. - disse lhe abraçando e ele começou a rir.

  
    - Valeu.

   - Que surpresa você vim aqui. - disse minha tia me olhando desconfiada voltando a corta as frutas. Felipe aproveitou a deixa e correu junto com Junior não sei pra onde.

  Tomei seu lugar e fiquei ajudando minha tia.

    - Cade o tio Nelson? - estranhei não te-lo visto ainda.

      - Saio para comprar algumas coisas no mercado. Mas me conta, como anda lá no hospital?

      Lhe falei de tudo o que tinha acontecido nesses últimos dias e sobre o Bryan. Ela não disse nada em relação a ele, apenas se manteu neutra e eu agradeci aos céus por isso.

    - Mas que barulho é esse.... - Mariá entrou na cozinha com o rosto inchado e toda descabelada.

    - AAAAAAANA. - me abraçou apertado e eu lhe retribui mais apertado ainda.

   - Sua falsa, quando você chegou? - perguntei lavando as mãos.

   - Cheguei ontem. Tenho tantos babados amiga. - disse eufórica.

    - Estou todo ouvidos. - disse rindo e corremos feito malucas para o seu quarto.

    Ela me contou toda sua aventura na sua viagem com o Vinícius e dos preparativos para o seu casamento. Aproveitei a oportunidade e desabafei com minha segunda melhor amiga.

    - É isso Mariá, o que eu faço?

    - Bom, sendo sincera?

    - Sendo sincera.

    Estávamos ambas deitadas fitando o teto.

    - Você ainda ama o Bryan Ana. - disse por fim.

    - Não, eu só estou um pouco confusa eu acho. - disse e ela bufou se virando para mim.

     - Ana, quando foi que você começou a bancar a tapada? - abrir a boca para lhe rebater indignada e ela levantou uma mão me calando. - Tá na cara amiga. Pelo amor de Deus.

    - Mesmo que você esteja certa Mariá, idaí? você se esqueceu do que eu te falei naquela noite quando terminamos? tudo o que ele me disse? ele brincou comigo ta legal? - levantei irritada.

   - Tá Ana eu sei,  mas ... - ela também se levantou ficando sentada. - Amiga pensa, deve ter tido alguma razão por trás de tudo o que ele te disse. Por favor, se ele estivesse mesmo fingindo namorar com você como ele disse, você acha que ele fingiria por quase dois anos? e se ele estava fingindo, o que ele ganhou fazendo isso afinal? - ela me olhava séria enquanto cuspia as palavras me deixando sem fala.

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