Capítulo: 31

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       Ele me olhou por alguns segundos até dizer.

    - Sim, infelizmente sim. - sua expressão mudou e ele adquirio uma postura rígida.

    Uma das coisas de ser médico é que você não deve de forma alguma se apegar a qualquer paciente em forma de afeto. Mas era impossível não se encantar com a pequena Ruth.

    - E onde estão seus pais? Eles não deveriam estar aqui? - questionei com um leve pensamento em minha cabeça.

   - Os bombeiros disseram que somente ela e um homem que deveria ser seu pai estavam no carro que se chocou com o ônibus. Ele foi jogado para fora do carro e a roda do ônibus, infelizmente.... - levei uma mão até minha boca evitando um choro descontrolado. Meu Deus.

   - Que ... horrível. - disse deixando minha voz me trair.

   - Sim, é por isso que permitimos que ela ficasse sozinha. Desde tarde, estamos tentando entrar em contato com o resto de sua família mas não tivemos sucesso. - terminou.

   Fiquei em silêncio tentando raciocinar aquilo tudo.

  - E ... e .. - engoli em seco. - Qual é a situação do quadro dela? - perguntei.

    - Bom, me descupe Ana, mas eu preciso voltar para o trabalho. Pergunte ao Bryan, foi ele quem cuidou do caso dela. Mas por favor, não comente nada da situação dela ...

   - Sim, claro. - confirmei e ele deixou um pequeno sorriso de lado.

  - Tenha uma boa noite. - disse e saio pela porta.

    Olhei em meu relógio de pulso e já eram nove horas. Mas a vontade de saber mais sobre a Ruth estava me deixando inquieta, e sem falar que eu não vi meu namorado o dia todo. Sai da sala a trancando e segui pelos corredores procurando por ele, mas ele não estava em lugar nenhum. Até que levei um pequeno susto quando passei por um quarto e ele saio exatamente na mesma hora.

   - Bryan ... - disse surpresa observando sua aparência cansada. Ele sorrio ao me ver, mas era evidente que ele estava exausto.

   - Oi .. já vai? - perguntou enquanto caminhavamos para sua sala.

   - Bom, sim, Bryan você jantou? - perguntei preocupada quando entramos em sua sala e ele praticamente se jogou em sua cadeira.

   - Não tive tempo. - respondeu simples fechando os olhos. Deixei minha bolsa na cadeira e me aproximei fazendo carinho em seus cabelos.

   - Vou preparar alguma coisa pra você comer. - disse.

   - Por favor.. - sorrio de lado no exato momento em que sua barriga roncou.

Comecei a rir.

   - Já volto.

    
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    Depois que Bryan comeu sua aparência melhorou e ficamos conversando um pouco. Pensei seriamente em lhe perguntar sobre a Ruth, e mesmo com a curiosidade me matando, deixei o assunto para depois.

   - Você está de plantão? - perguntei enquanto massagiava seus ombros.

    - Não, eu já acabei por hoje. Outro médico vai ficar. - suspirei aliviada.

   - Então vamos, amanhã já é outro dia e você precisa descansar. - falei lhe puxando da cadeira antes que ele dormisse.

    - Tudo bem vamos.. - começou a rir do meu esforço inútil de lhe levantar. Ele era o dobro do meu peso.

Tinha que ser Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora