Capítulo 38.

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            -- Bryan ---

          Depois do jantar ficamos brincando com a Ruth até a pequena se esgotar e pegar no sono em meu colo. Ana logo lhe acordou  para escovar os dentes, algo que ela reclamou bastante ao faze-lo e eu me acabei de rir de sua carinha de brava que era mais fofa do que assustadora. Depois que Ruth dormiu, ajudei Ana com a louça em silêncio. Eu sentia que ela estava ansiosa para colocarmos tudo em pratos limpos, mas eu não estava com a menor pressa. O que eu mais queria, era aproveitar sua companhia e ficar em sua casa por mais tempo que fosse.

       Quando terminamos nos sentamos no sofá, observei Ana fazer um rabo de cavalo nervoso em seu cabelo e me olhar nos olhos.



      - Bryan, eu .... 

   - Ana ... - a interrompi. - Você acha que eu não a conheço o suficiente para saber que você está preocupada com minha opinião em relação a Ruth? - ela abriu e fechou a boca rapidamente, porém eu não a deixei continuar. - Eu amo você!,  naquele dia em minha casa quando eu lhe disse que lhe apoiaria em tudo o que você precisasse, não foi coisa de momento, eu estava falando serio. Tudo bem, foi uma coisa muito repentina eu confesso, eu sempre sonhei em construir uma família com você a muitos anos, mas tudo isso aconteceu tão de repente que eu fiquei um pouco confuso. Eu agradeço muito a Deus por trazer você para os meus braços novamente, você me faz o homem mais bem sucedido do mundo inteiro. - lhe puxei para um abraço sentindo suas lágrimas molharem minha camiseta. - Você não vai adotar a Ruth sozinha, nós vamos adota-la juntos. Vamos construir uma família e dar para essa criança tudo aquilo que ela merece, vamos ama-la juntos e faze-la feliz, está bem?

     Ela se afastou do meu abraço e ficou me olhando por alguns segundos. Seu olhar falava tanta coisa ao mesmo tempo que eu não consegui decifrar. 

      - Obrigada Bryan, por ser tão bom para mim. Obrigada por sempre estar ao meu lado quando eu preciso, por me apoiar, eu realmente sou uma mulher muito sortuda. - ela se aproximou devagar para deixar um beijo em meu rosto. Sorri.

      - Se realmente está agradecida ...  deixe um beijo em meu rosto novamente. É o mínimo que pode fazer se estiver mesmo agradecida. - ela sorriu e se aproximou novamente para me beijar, foi quando eu virei o rosto lhe beijando de verdade. Nos beijamos por alguns minutos até o ar faltar em nossos pulmoês, me afastei de sua boca colando sua testa na minha enquanto lhe deitava no sofá, suas mãos procuravam meus cabelos enquanto minhas mãos  percorriam seu corpo devagar. Me assustei por um segundo quando meu celular fez barulho ao cair no chão. Porém foi só por um segundo, Ana tirou minha camiseta sem nem eu perceber enquanto seus lábios percorriam meu pescoço me deixando tonto. Prendi suas mãos as minhas enquanto lhe beijava profundamente, o calor do seu corpo em baixo do meu era uma das coisas mais maravilhosas do mundo. 

      Ela quebrou o beijo de repente me deixando ofegante e confuso, até que me girou invertendo nossos lados me arrancando um sorriso, voltando a me beijar. De repente escutamos um choro baixinho vindo do quarto. Olhamos um para o outro assustados e ofegantes nos separando e nos vestindo rapidamente. Ana correu e abriu a porta do quarto, revelando Ruth que estava sentada na cama segurando seu ursinho chorando de soluçar. 

       - Meu amor o que foi? - Ana ainda estava ofegante, completamente linda vermelha e desnorteada. Me aproximei das duas.

     - Bicho!, bicho ! - ela estava assustada com alguma coisa que só ela sabia. Sem pensar a peguei em meu colo e lhe levei até a varanda. 

      - Eu estou aqui, vou proteger você está bem? - acariciei seus cabelos para lhe acalmar, Ana trouxe sua garrafinha de água lhe dando de beber. Depois de alguns minutos ela se acalmou e voltou a dormir de repente. A coloquei novamente na cama deixando seu ursinho em seus braços e fechei a porta do quarto. 



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