Capítulo 24

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    Bryan

    Quando finalmente acabamos com a brincadeira, já eram cinco horas da tarde. Compramos alguns lanches para comer na volta e caminhamos para o carro.

      Olhei para Ana ao meu lado e decidir. Eu tenho que falar com ela hoje, não posso mais esperar. Eu preciso dela ao meu lado e amigos não está nos meus planos.

   - Ana ... - lhe chamei e ela virou o rosto em minha direção. Já estávamos dentro do carro e eu aproveitei o rádio ligado para que ninguém escutasse. - Eu queria falar uma coisa com você, pode ser na sua casa?

    Seus olhos castanhos me observaram atentamente.

    - Claro, tudo bem. - dito isso ela abrio seu lanche e começou a comer.

      O caminho de volta foi completamente em silêncio. Todas as nossas energias foram completamente sugadas pela brincadeira. Um tempo depois Yago estacionou em frente ao condomínio em que ela morava.

   - Tchau gente, até amanhã. - Ana falou abrindo a porta e descendo. Desci também.

    - Até, ue, onde você vai Bryan? - Roberta perguntou.

   -  Eu ...

   - Eu comprei um dvd e pedi para o Bryan me ajuda a instalar. - Ana se manifestou e eu suspirei aliviado.

    Eles nos olharam desconfiados mas assentiram. Quando o carro se afastou Ana me olhou.

  - Vamos?

  Assenti. Caminhamos pelo condomínio até o seu prédio e entramos no elevador. Ana abrio a porta.

- Entra. - me convidou e eu entrei. Minhas mãos estavam suando. - Quer um copo de água? - ela colocou sua bolsa no sofá e abrio o vidro da varanda nos mostrando o por do sol de fim de tarde.

   - Sim, obrigado. - falei um pouco nervoso. O que estava acontecendo comigo?

   Ah, claro. Eu só corro o risco de ela me dispensar e nunca mais olhar na minha cara. Mas eu preciso correr esse risco, desde aquele beijo que ela me deu quando estava bêbada eu pudi sentir que mesmo apesar de anos, ela ainda sente algo por mim.

   Quando ela voltou me entregou o copo de água e eu fiquei lhe observando como se fosse a coisa mais importante do mundo.

   - Bryan .. - ergui a cabeça encontrando seus olhos me observando atentamente. Ela se aproximou ficando em minha frente e tocou minha testa.

   - Esta se sentindo mal?

   Engoli em seco e segurei em sua mão. Olhei bem dentro dos seus olhos.

   - Ana, você ainda me ama?

                        [♥]

      Ana Alice.
       

     Continuei parada olhando em seus olhos e senti minha cabeça girar.

    - O ... que?

   Ele apertou minha mão em um sinal que eu não entendi e perguntou novamente.

   - Você ainda me ama?

 
     - Por que isso agora Bryan? - minha voz estava em um sussurro.

   - Por que eu ainda sou completamente apaixonado por você. - puxei minha mão de seu toque com força. Um sentimento de mágoa e raiva começando a se revirar.

    - Como você pode ser tão cínico assim Bryan? - ele continuava me olhando sério. - Você é completamente apaixonado por mim uma ova, você me enganou, você mentio pra mim... - explodi. Não estava aguentando mais. - VOCÊ TERMINOU COMIGO NAQUELE DIA, VOCÊ ME HUMILHOU ...

   - EU PRECISEI! - ele gritou. O bolo de choro em minha garganta estava me matando.

    - VOCÊ PRECISOU O QUE? FINGIR NAMORAR COMIGO POR QUASE DOIS ANOS? - gritei não me importando com quem escutasse, tudo o que eu guardei em todos esses seis anos estavam implorando para sai. - VOCÊ FAZ IDEIA DE COMO EU ME SENTI? VOCÊ MESMO FALOU QUE NUNCA ME AMOU DE VERDADE, VOCÊ MESMO DISSE QUE TODO AQUELE TEMPO FORAM OS MAIS ENTEDIANTES DA SUA VIDA ... - deixei as lágrima cairem. - Todas as minhas primeiras experiências foram com você, você foi o meu primeiro em tudo eu te amei tanto. - agora a crise de choro estava incontrolável.

    - Você acha que foi fácil, vê você se afastando de mim aos poucos e derrepente receber a notícia que você iria para o outro lado do mundo?

   - Mas ...

   - VOCÊ ACHA QUE FOI FÁCIL OLHAR NOS SEUS OLHOS COM A MAIOR FRIEZA DO MUNDO E DIZER QUE NUNCA TE AMEI? - gritou. - NÃO ANA, VOCÊ NÃO SABE. EU SEMPRE SOUBE DO SEU SONHO DE ESTUDAR FORA DO PAÍS, MAS EU SEMPRE ME MANTINHA QUIETO PORQUE EU QUERIA QUE ESSE DIA NUNCA CHEGASSE. - ele respirou fundo e eu vi uma lágrima escorrer de seus olhos. - Eu sempre fui egoísta Ana, eu admito. Mas eu não chegaria ao ponto de te prender aqui. Caramba, eu já estava realizando meu sonho de estudar medicina, de ser um cirurgião, não seria certo te prender a mim ...

   - Mas poderíamos ter dado um jeito .. - o interrompi.

    - Que jeito Ana? Se encontar nas festas de fim de ano? Ou melhor, uma vez por mês? Não! Isso não seria o bastante. Eu te queria perto de mim, estar perto, te tocar, te beijar. Eu não teria isso com você do outro lado do mundo. Eu não iria conseguir esperar o proximo mês para um abraço, ou as férias para um beijo. Não queria que você estivesse presa a algo que te impediria de viver algo novo. Eu queria que você ganhasse o mundo, que fosse feliz. Foi por isso que eu menti naquele dia. Foi a melhor forma que eu encontrei para que você não tivesse dúvida nenhuma em surgir seu sonho.

    Eu continuava chorando atônita a tudo que tinha escutado. Eu fui tão burra, só pensei em mim mesma e no que eu estava sentindo. Ele só pensou em mim esse tempo todo, enquanto que eu só pensava em mim mesma.

    - Eu não menti quando disse que frequentei metade das boates daqui. Eu realmente frenquentei e me envolvi com várias mulheres diferentes. Eu queria me livrar desse sentimento mas eu nunca conseguia. - ele soltou um sorriso amargo e abaixou a cabeça. - E quando vi você naquele dia no hospital eu sabia que te conhecia de algum lugar, porém quando eu te vi no casamento do Yago e soube que era você. Meu Deus eu fiquei chocado, você estava tão madura, tão linda, tão mulher ..

   Senti minhas bochechas corarem entre as lágrimas.

    - Tudo o que eu fiz nesses últimos seis anos não serviram de nada porque eu percebi. Não adiantava procurar em outras o que eu só encontrava em você. - ergui minha cabeça em sua direção e o observei se aproximar. - Você me marcou como uma tatuagem Ana... - suas mãos estavam em minha cintura aproximando nossos corpos. - Vamos tentar de novo, seja minha garota novamente? - senti seus lábios em meu pescoço e eu arfei quando ele prendeu seus lábios nos meus.

    Sem nem eu mesma perceber, minhas mãos estavam em seus cabelos macios os bagunçando. Paramos o beijo por falta de ar e eu o abracei.

   - Isso foi um pedido de namoro? - perguntei ofegante com o rosto enterrado em seu pescoço. Senti seus braços rodearem meu corpo como correntes.

   - Sim ..

   Olhei em seus olhos.

   - Então sim, aceito ser a sua garota novamente. - ele abrio os lábios em um sorriso e eu sorri de volta.

     - Eu amo você. - disse olhando em seus olhos.

       - Eu sou completamente louco por você. - falou me beijando em seguida.




   
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