Capítulo: 32

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   - Bryan ... - chamei sua atenção a mim enquanto ele dirigia pelas ruas de Recife.

     - Oi .. - me olhou rapidamente.

   - Aquela menina, a Ruth do quarto trinta e três, foi você quem cuidou do caso dela não é? - perguntei.

   - Bom, ainda estou cuidando. - parou no sinal vermelho. - Por que?

   - Você pode me falar o quadro dela? - ele colocou o carro em movimento e suspirou.

    - Ela sofreo uma pancada muito forte na cabeça, e com a pancada um corte profundo. Quase foi um traumatismo craniano, fizemos uma cirurgia rápida para fechar o corte. Graças a Deus que ela não ficou com muitas sequelas. - falou concentrado. - Pensamos que ela levaria dias para acordar, mas três horas depois ela abrio seus olhinhos verdes desconfiada. - ele sorrio com a lembrança.

  Sorri.

  - Mas .. como assim  '' muitas sequelas''?

   - Ela perdeu a memória. - disse sem nenhum rastro de sorriso no rosto. - Não sabemos se levara semanas, meses ou anos para sua memoria voltar. - finalmente chegamos no hospital e Bryan entrou no estacionamento.

   Permaneci quieta sentindo uma enorme tristesa pela pequena Ruth. Tão pequena e já passando por isso tudo. Bryan percebeu minha mudança de comportamento e levou uma mão até minha bochecha, acariciando.

   - Ei, não fica assim, ela é uma menina forte. Sua memória vai voltar, vai ficar tudo bem. - fitei seu rosto preocupado e me lembrei da conversar que tive com seu Roberto.

   - Você não está entendendo Bryan. - uma lágrima escorreu. Uma tristesa tão imensa estava me matando por dentro. - Eu conversei com seu Roberto, seu pai morreu no acidente, o hospital não está conseguindo falar com ninguém da sua família. - mais lágrimas. A história dessa menina se parecia com a minha.

   - Eu ... eu não sabia disso. - disse sincero e tirou meu sinto me puxando para sentar em seu colo e assim eu fiz. - Ana, eu sei o que você está sentindo, mas não se preocupe. Vamos fazer o que pudermos por ela está bem? - disse me fazendo olhar em seus olhos. Limpei o rosto devagar para não borrar a maquiagem.

    - Está bem. - me acalmei deixando um beijo em seus lábios. - Obrigada por ter cuidado dela doutor Bryan. - disse lhe fazendo sorri.

   - Não foi nada. - me beijou.


                    [''']

       Logo depois que terminei de atender meus pacientes da manhã corri para almoçar rapidamente e corri para o quarto de Ruth. Lhe encontrei emburrada deixando a enfermeira irritada por não querer comer.

     - Oi gente. - disse quando me aproximei e o sorriso que iluminou o rosto da menina fez meu coração flutuar.

    - Mamãe! - disse para mim e eu gelei no lugar. Ela pensa que eu sou a mãe dela, meu Deus.

   Olhei para a enfermeira e parecia que ela não tinha escutado.

   - Pode deixar, eu termino aqui. - disse para a enfermeira que assentio indo embora.

     Me voltei para a menina em minha frente aflita. O que eu faço?

    - Por que que a mocinha não está comendo? - preferi mudar de assunto.

    - Aquela tia ela muito chata. - fez bico.

   - Ruth, chamar as pessoas de chata é muito feio. E mocinha não faz bagunça certo? - peguei seu prato levando uma colher até sua boca.

Tinha que ser Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora