Capítulo 6

124 12 0
                                    

      O sábado chegou como foguete.

      E  agora me encontrava dentro do meu banheiro enrolada na toalha com a cabeça cheia de bobis. Por eu ser a madrinha eu tinha que chegar uma hora mais cedo, e já estava em cima da hora. Depois de me hidratar toda corri para o meu guarda-roupa para pegar o vestido que eu tinha separado. Ele era todo branco com somente uma manga comprida rendada, seu cumprimento chegava até em cima dos meus joelhos. Eu o tinha comprado em uma boutique em Nova York, ele era lindo e elegante, perfeito para a ocasião. Depois de vesti-lo voltei para o banheiro para fazer a maquiagem. Fiz uma maquiagem leve, mas ao mesmo tempo elegante e terminei com um baton nude que ficou perfeito. Como meu cabelo estava muito comprido e como ele já era ondulado e volumoso, tinha resolvido por alguns bobis para que se formassem alguns cachos, e com o volume ficou perfeito quando tirei os bobis. Me olhei no espelho e pronto agora só faltava o sapato. Peguei meu sapado branco de dez centímetros lindos de uma loja incrível de New York e fechou o visual. Depois de pegar minha pequena bolsa-carteira e colocar celular e algumas coisinhas saí fechando a porta.

      O taxista foi rápido e em instantes eu já estava na casa de Roberta, eu deveria ir para a igreja, mas não ia aguentar ficar sem vê minha amiga vestida de branco. Subi as escadas e tudo estava um alvoroço só, entrei em seu quarto e lhe avistei junto com sua mãe admirando o vestido no espelho.

  - Oi. - falei tímida entrando devagar.

   - Amiga. - ela veio ao meu encontro com os olhos cheios de lágrimas e me abraçou.

  - Não chora, vai borrar a maquiagem. - disse e isso também servio para mim, pois estava quase mergulhando em lágrimas.

Rimos uma da outra.

  - Você esta incrível. - disse me olhando.

    - Você também está. - disse sorrindo. Tirei meu celular da bolsa e coloquei na câmera. - Vem, a primeira self é minha. - fizemos caretas como nos velhos tempos e a foto foi tirada.

   - Te desejo toda felicidade do mundo. - disse lhe abraçando com cuidado.

    - Obrigada amiga. Espero que alguns anos eu possa estar te dizendo a mesma coisa também. - brincou e começamos a rir novamente.

     - Eu tenho que ir, vou na frente. Até daqui a pouco, te espero toda linda no altar. - disse saindo do quarto.

           Segui para a igreja.

                         [♡]

    Bryan.

     - Que droga mãe, me ajuda aqui por favor. - pedi me pondo em sua frente. Eu já estava quase jogando essa gravata pela janela.

  - Vinte e cinco anos, e ainda não aprendeu a da nó em uma gravata? - provocou Pedro mexendo em seu celular enquanto minha mãe me ajudava.

   - Calado. - disse lhe apontando o dedo. Eu já estava atrasado e já deveria estar na igreja.

   - Pronto. - disse minha mãe e pegou sua bolsa.

   - O pai já esta lá? - perguntei pegando as chaves do carro.

     - Sim, e estamos atrasados. - falou minha mãe e saímos do apartamento indo direto para o estacionamento. Em instantes já estávamos em movimento e por alguma razão eu estava nervoso.

      Dobrando a avenida já podia avistar a igreja onde aconteceria o casamento. Descemos do carro, e enquanto minha mãe e meu irmão iam em direção ao meu pai que estava sentado no banco, segui em direção ao altar onde havia um loiro andando para lá e para cá.

   - Cara, vai fazer um buraco no chão. - disse colocando uma mão em seu ombro o fazendo parar. A igreja já estava cheia e faltavam minutos para o casamento começar.

   - Eu estou a flor da pele, e se ela desistir? - disse me olhando nervoso.

  - Cara, a Roberta te ama. Ela nunca desistiria. - disse tentando lhe acalmar. Seus ombros relaxaram e ele soltou um pequeno sorriso.

    - Você tem razão, isso me lembra quando a pedi em namoro. Estava tão nervoso quanto hoje. - disse me fazendo sorrir também.

   Ele pareceu mais calmo e eu fiquei no lugar onde os padrinhos tinham que ficar. Fiquei observando o movimento na igreja, até que meus olhos se focarem em uma mulher que havia chegado as preças, com os cabelos balançando ao vendo ela sorrio para Yago e se pôs do outro lado das madrinhas e suspirou.

   Era ela, a mulher desafourada do hospital.

     E ela estava ainda mais linda do que antes.

     O tempo parou enquanto eu lhe observava, ela estava ainda mais linda e, meu Deus que mulher é essa? Logo depois vi Mariá se aproximar e se pôr também ao seu lado. Elas cochicharam algo, não dava para ouvir pois a igreja estava em um burburinho só. Despertei do transe quando aquela música de casamento conhecida por todos começou a tocar e Roberta entrou junto com seu pai sorrindo. Ela estava linda, virei para Yago e o sorriso bobo que estava estampado em seu rosto também me fez sorrir.

Suspirei.

  Será que eu também algum dia passarei por esse momento?

        
                       [♥]

      Depois da cerimônia fomos direto para onde ocorreria a festa. No meio da multidão eu me perdi da mulher e não lhe vi mais. A decoração do lugar estava incrível, garçons não paravam de andar para lá e para cá servindo as mesas. Resolvi da os meus parabéns depois que todos tivessem dado. Peguei um copo de uísque da bandeja de algum garçom e beberiquei um pouco. Meus olhos varriam o lugar em buscar daquele par de pernas incríveis. Quando as pessoas finalmente saíram de perto dos noivos, deixei o copo na mesa e segui em direção dos dois.

    - Iai casal. - cumprimentei primeiro a Yago com nosso toque de mão dos velhos tempos e logo depois abracei Roberta. - Felicidades, e Roberta pega leve com meu amigo está bem? - disse piscando um olho, ela entendeu o que eu quis dizer e suas bochechas coraram mesmo com a maquiagem que estava usando.

   Gargalhei. Yago socou meu braço.

    - Sempre idiota né. - revirou os olhos mas deixou um sorriso escapar.

   - Esse nunca muda. - disse Roberta.

    - Roberta, só consegui pegar esses. - uma voz suave interrompeu nossa conversa derrepente e eu me virei para olhar a dona da voz.

   Era ela.

   - Ai, Ana valeu, to morrendo de fome. - falou Roberta pegando de sua mão o prato cheio de comida. E derrepente o ar ficou tenso quando eu ouvi aquele nome e os olhos da mulher em minha frente se arregalaram me olhando.

  - Ana .. - a palavra saio como um sussurro e eu quase não me escutei. Olhei para Yago e para Roberta e ele nos olhavam de volta.

   Essa mulher, não poderia ser ...

Me virei para a mulher ao meu lado novamente e ela comprimio os lábios.

    - Ana? - dessa vez minha voz saio firme e eu olhei em seus olhos.

   - Oi Bryan ... eu ... eu voltei.

 





Me sigam nas redes sociais! ☺️☺️😍
Instagram:
mar.iatay

Tinha que ser Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora