XXVII

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Eu acordei agitada por causa de um pesadelo. Jayden não estava mais na minha cama dourada de casal, mas o barulho do chuveiro me chamou atenção. Eu fui até ele, largando a minha camiseta e as roupas íntimas no caminho.

— Você acordou cedo — reclamei. Abracei a cintura dele por trás.

— Cedo? Já é hora do almoço — ele riu.

— Você tomou café da manhã?

— Sua mãe trouxe uma bandeja. Ela não parecia muito bem — comentou.

— É minha culpa. Minha conversa com o meu pai não foi tão boa, aposto que o humor dele está péssimo também. E quando meu pai está mal, minha mãe está mal.

— Não é sua culpa.

— É sim. Ele continua bravo comigo, nunca vai me perdoar enquanto eu me recusar a trabalhar com ele.

— Você não pode se sentir culpada, Valentina. Você é filha dele, mas tem sua própria vida. — Ele virou para me encarar.

— Ele me ameaçou — contei. — Ele acha que se eu ficar sem seu dinheiro vou voltar com o rabinho entre as pernas.

— Valentina Green Mitchell dando o braço a torcer? Acho difícil.

— Você pode dizer que não entende? Seu pai também criou você para ser o sucessor dele, nós fomos criados com essa responsabilidade.

— Minha situação é totalmente diferente — ele disse. Eu não entendi porquê, mas decidi não discutir. — Você tem que fazer o que você quiser fazer e ele devia apoiar, é simples, Valentina.

— Tudo bem — eu concordei. Senti as minhas lágrimas caírem e torci para que se misturassem a água do chuveiro. — Mas mesmo assim, não gosto do clima ruim, ele é meu pai.

— Eu entendo, amor. — Ele me puxou para perto e eu chorei encostada nele. — Você vai ficar bem.

— Vocês estão prontos? — Minha mãe bateu na porta do meu quarto

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— Vocês estão prontos? — Minha mãe bateu na porta do meu quarto.

Estava terminando de calçar as botas pretas curtas que eu escolhi. Até Jay estava mais informal hoje, com um jeans escuro e um suéter cinza com as mangas dobradas, absurdamente sexy.

— Estamos prontos. — Eu abri a porta e encontrei minha mãe sorridente. Ela estava linda em um vestido longo florido e sapatilhas brancas. Tudo bem que estávamos entrando na primavera e Chicago ficava absurdamente linda e viva nessa época do ano, mas minha mãe era a própria a personificação dessa estação em particular.

— Vocês são tão bonitos juntos! — Ela nos acompanha animada no caminho até o jardim. — Seu pai está no clube de campo jogando golfe e vai nos encontrar no restaurante.

— É claro que está — respondi. Meu pai tinha esse hábito, quando as coisas não saiam exatamente do jeito que ele desejava, o homem acordava cedo e passava algumas horas no seu clube.

Fica Comigo (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora