Meus pés estavam cansados mas não podia parar. O suor brotava em todos os meus poros, correndo com a sensação de tremedeira no corpo. Ofegante finalmente segurei a escada subindo com dificuldades. Minha mão fraquejou e subindo mais um degrau, dei um passo em falso que me fez ficar sem apoio, literalmente caindo no ar, mexendo as pernas achando que podia me salvar.
Cai no chão todo enrolado
no edredom. Gemi de dor abrindo o os olhos e com a claridade invadindo a sala. Fazia um bom tempo em que eu não dormia no sofá e caia dele.– Nathan! Já te chamei mais de três vezes, e não me diga que passou a noite assistindo aqueles programas explícitos!
– Não mãe! – levantei passando a mão no cabelo –
– Vá lavar o rosto e volte inteiro pro café da manhã
Entrei no outro banheiro colocando a pasta na escova, fazendo o típico barulho de escovar os dentes. Não era nada atraente com aquele monte de espuma na boca parecendo um cachorro raivoso. Lavei a língua, bochechei o enxaguante bucal e lavei o rosto em seguida, me olhando no espelho secando as mãos. Precisava aparar a barba. Voltei pra cozinha vendo mamãe preparar o café.
– Bom dia pra mulher mais linda desse mundo! – falei a abraçando e dando um beijo na sua bochecha –
– Isso não o livra de nada! E porque não tirou esse pijama garoto?!
– Quer que eu tire agora? – me sentei na cadeira enquanto já colocava no meu prato um panqueca quente –
– Não seja mal criado!
Ela colocou minha caneca azul royal na mesa junto com o iogurte. Se sentou ao meu lado. Nem precisava olhar para saber que mamãe me observava colocando mais açúcar na panqueca.
– O que foi?!
– Estou preocupada com você...
– Nos exames, a taxa do diabetes está no padrão recomendo. Relaxa... Aliás essas panquecas estão deliciosas! – falei arqueando as sobrancelhas levando o garfo na boca saboreando mais um pedaço –
– É sério filho! Não importa se você tem dezoito, vinte e um ou trinta anos Nathan, eu vou me preocupar. Sair com o carro perto da meia noite sem avisar não é o que se faz, e não adianta negar eu vi... Não posso perder você... O meu único filho... E achei que fosse perdê-lo...
Peguei a mão dela dando um aperto que pude sentir a aliança de casamento, me lembrando da história em contou, que se engasgou mastigando o pedaço de bolo em que papai pediu pra que colocasse no meio.
Até ela começar a tossir
cuspindo o anel de noivado, desmaiando de emoção. Eram os votos e loucuras mais sinceras que permaneceram até hoje os unindo. O que eu só desejava ter o mesmo o mesmo como Hannah.– Estou aqui. E tudo que aconteceu foi uma prova que voltei mais vivo amando você e papai com cada célula do meu corpo, amando concretamente
quem importa...Seus olhos azuis se encheram de lágrimas e respirando fundo, limpou qualquer resquício delas me dando um sorriso fraco.
– Prefiro vê-lo assistindo coisas explícitas ou lendo hentais do que se envolvendo em coisas erradas...
Soltamos um riso juntos cortei mais um pedaço da panqueca mastigando. Deduzindo aquela insegurança por trás da minha escapada a noite.
– Sei que está pensando... E não.
Nenhum tipo de substância não vai me fazer mais feliz e satisfeito com tudo isso que tenho a minha volta!– Mas porque saiu, dormiu na sala?
– Fui atrás de Hannah. Aquele cara que falei pra você a embebedou... E...
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Jogada Imperfeita
Romance| LIVRO 1 | ❝Porque na amizade sempre vai existir um amor puro, daqueles que realmente nada, absolutamente nada, vai afetar isso. A não ser que se transforme em amor, onde há uma linha tênue.❞ Enquanto o último ano do ensino médio não termina, o jog...