Capítulo 40 - O baile de formatura

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Acabava de ajustar a gravata borboleta no pescoço. Passei a mão no terno preto retirando qualquer resquício de poeira ou pelo no tecido. Agora eu sabia como os homens confiantes se sentiam quando vestiam este traje. Poderia ser um assassino profissional como Bond, ou enjaular alienígenas como os Homens de Preto.
Feito sob medida em uma alfaiaria antiga da cidade que mamãe fez questão de me levar pra que o terno ficasse perfeito. E só tenho elogios ao alfaiate especialista.
Como de costume dirigi até a casa de Hannah para buscá-la para o baile. Erin preparava um chá na cozinha e já tinha me oferecido todos os tipos de comida. Mas os saltos batendo na madeira do assoalho me chamou atenção e não poderia ter uma visão melhor.
Hannah segurava o tecido do vestido longo pra que não tropeçasse. Indo mais próximo a escada estendi a mão pra que ela pegasse. Sorrindo nossos olhares se cruzam.
Provavelmente a olhava com uma cara de bobo. Meu Deus. Estava sem palavras diante a uma pequena divindade deslumbrante. A maquiagem leve ressaltava sua beleza natural com lábios os rosados e olhos delineados. Os cabelos castanhos ondulados caiam contornando seu rosto. Já o vestido com pedrarias delicadas no busto se estendia num tecido fino no tom de rosa modelava suas curvas delicadas.

– Hannah e-eu...

Colocando as mãos nos meus ombros ela se aproximou selando nossos lábios brevemente.

– Eu passei a tarde inteira num salão, acho que é o mínimo eu sair arrumada!

Soltando um risinho neguei com a cabeça. Teria de mostrar seu reflexo no espelho e repetir quantas vezes possível que ela era linda? Por trás de seu óculos pude perceber os cílios longos e o blush que rosava mais sua bochecha. Passei o polegar no contorno de seu rosto.

– Estou falando da sua própria beleza. Nenhuma garota se aproxima da sua graça e leveza. Você é linda, de qualquer maneira.

Depois de me despedir de Erin a direcionei até a porta do carro aberta e antes de dar partida quase havia me esquecido. Abri o porta luvas retirando a caixinha de plástico com um ramo de flores, as amarrando em seu pulso. E por fim do lado esquerdo no bolso do terno colocou o outro pequeno ramo. A ansiedade tomava conta de mim.

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A entrada estava bem iluminada, o gramado verde e bem cortado. Mais ao fundo, o quiosque parecia ter sido esculpidos por anjos, pilares brancos e grandes com detalhes, junto as flores crescendo em volta das grades douradas.
Na entrada o arco com rosas e flores enfeitava pra que os casais e pares de dança tirariam fotos ali. Entramos vendo a pista animada e a música alta contagiante.
Depois de todos os comprimentos Hannah e Elizabeth foram dançar ao som da gilrband que elas adoravam a música. Elas se divertiam mesmo dançando diferente de todas que queria sensualizar com vulgaridade.

– Eu já disse pra Liza que ela não é a tal Camila Cabello... E ela não me ouviu...

– Eu adoro como Hannah mexe aquele quadril.

Falei bebendo um pouco de ponche e Andrew riu sugestivo. As duas se aproximaram sorrindo e como dançarinas estavam dispostas a seduzir.

– Vamos lá Nathan, você precisa se soltar!

Colocando as mãos nos meus ombros ela se movia numa aproximação instigante e puxei forte sua cintura.

– Da última vez que você dançou pra mim, quase transamos. – sussurrei –

– Eu não me importo. Contanto que me acompanhe!

A girei antes que a música com uma batida diferente acabasse e o volume  foi abaixado.

– Essa é a hora que vocês estão esperando! Peguem seus respectivos pares pra que dancem lentamente juntos!

Estendendo a mão me curvei sentindo seus dedos entrelaçarem aos meus e a música romântica fazer a pista se acalmar numa atmosfera harmoniosa. A conduzi com passos lentos e firmes me deixando levar pelo ritmo encantador.

Jogada ImperfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora