Capítulo 23 - Conversa dispensável

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6:16 PM

Tentei empurrar a porta como pude mas Mellanie já tinha conseguido enfiar metade do seu corpo ali e seria bem divertido se a cortasse ao meio.

– Você precisa me ouvir meu amor!

– Cala essa boca! Não sou seu amor!

– Nath, quem é?

Com uma expressão estranha segurava a jaqueta enquanto os murros na porta continuavam. E finalmente empurrando, Mellanie entrou fazendo uma expressão incrédula ao encarar Hannah. Batendo a porta com força as duas tomaram um susto.

– Mais que porra é essa Mellanie? – gritei – você não entendeu o último recado na caixa postal? Eu não quero te ouvir sua vadia!

– Então é assim? – riu debochada cruzando os braços jogando todo seu quadril pro lado direito – deveria saber! Já está fodendo com essa garota miserável? Qual a posição que você pediu? Um boquete talvez?

Senti meu sangue borbulhar de tanta raiva e antes de gritar e arrasta-la pra fora, Hannah se aproximou dela dando um tapa estalado em seu rosto que virou junto com seu cabelo.

– Eu não conheço você – ela disse pausadamente – o que não te da o infeliz direito de falar qualquer merda pra mim, eu até mesmo aguentei na escola! Chega sua vadia imunda! Erick não está te satisfazendo?

Esbravejando irritada partiu pra cima de Mellanie que segurava o rosto com a palma da mão. Passei meu braço em sua cintura a segurando com dificuldade ouvindo a gargalhada repugnante de Mellanie.

– Sempre tive certeza que por trás desse seu óculos horrível mora uma garota venenosa!

Me dando um arranco me olhando furiosa a soltei. Mellanie sorria como se fosse inatingível e o barulho dos seus saltos ecoavam até parar na frente de Hannah com os braços cruzados em fúria.

– O que foi?! Você engoliu um dicionário pra aumentar seu vocabulário de vadia?!

– Deve ter sido uma merda ter tomado
seu melhor amigo de você!

– Pare com essa conversa repetitiva! Ahhh, eu sei você que adora ser reconhecida pelas coisas que faz no colchão!

Sorriu maliciosa até perder a paciência empurrando a em cima do sofá. Debruçando contra seu corpo Hannah  dava tapas acertando e vários lugares.
Podia separar, mas ela precisava aprender da pior forma que deveria ficar distante e dando puxões em seu cabelo comprido.

– Para! Sua desequilibrada!

– Ha! – estapeando os braços dela os deixando vermelhos – Você não é nada pra ele. Nunca foi. E só me pergunto como pode ser tão baixa desse jeito?!

– Cala essa boca! Eu amo ele!

– Como ousa falar que ama alguém sendo que nem ama a si mesmo?

Com mais um tapa na cara dela passei os braços na cintura de Hannah que ofegava tomada pela raiva.

– Mais que porra! Você vai continuar se humilhando? O que veio fazer aqui? Eu já disse tudo... Nunca gostei de você, e se alimentou algum tipo de sentimento eu lamento...

– Mas e a primeira vez? Foi tão... Mágico e... – a levantei com um chacoalhão e soltei seus braços com marcas e passei a mão no cabelo em frustração –

– Eu pensei nela – apontei com a cabeça fechando os olhos – quero você longe de mim...

Revirando os olhos e bufando Mellanie deu passos até se virar com os olhos marejados apontando o dedo na minha cara.

Jogada ImperfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora