O encontrão e o basilisco

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  Willow, Fred e Jorge se encontravam na sala de Dumbledore, depois do ocorrido, Black foi mandada novamente para a enfermaria, e como castigo não sairia de lá tão cedo. Os Weasleys foram obrigados a ajudar o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, juntamente de Herry Potter, este, que estava cada dia mais perto de descobrir como destruir o monstro desconhecido da Câmara Secreta.
  Draco fazia visitas frequentes à prima, que estava cada dia mais bonita. A cor havia retornado ao seu rosto, agora moreno e levemente corado, um brilho diverdido cobria seus olhos castanhos e seus cabelos estavam bem tratados, com seus cachos levemente delineados caindo por seus ombros. Seu corpo, agora bem tratado e alimentado corretamente, ganhara leves curvas, que a deixavam atraente. Sua mãe, por pior que fosse, era bonita, e havia passado isso à filha, que agora usava isso a seu favor.
  Quando finalmente saiu daquela maca, Willow foi diretamente para o salão comunal da sonserina, onde encontrou Draco conversando com seu amigo, Blásio Zabini.
-- Draco!- gritou, fazendo o menino se assustar e se desequilibrar, quase caindo do parapeito da janela, de onde estava sentado
-- Merda Willow! Me assutou!
-- Awn! Desculpe priminho♡ -disse com uma voz infantiu e recheada de falsa doçura, que sabia bem, irritava demais o garoto.
  Draco revirou os olhos, estava prestes a responder, quando Blásio interveio:
-- Hey! Malfoy! Não tinha me dito que tinha uma prima tão... encantadora!- disse no seu típico tom galanteador, enquanto se levantava e dava um leve beijo na mão da garota.
-- Ou, ou, ou! Vamos parando aí? É minha prima!-fusilava Zabini com o olhar, enquanto esse ria divertido
-- Draquinho... que papel é esse na sua mão?
-- Encontrei na Floreios e Borrões lá no Beco Diagonal... fala sobre basiliscos. Meu pai me disse que eu poderia precisar.
-- Por que precisaria disso?- Willow disse com um tom preocupado. Será que seu tio iria soltar um basilisco na escola? Impossível. Ou ele saberia de alguma coisa?
  Black não conseguia dormir naquela noite, estava preocupada. Ela sempre soube que Lúcio Malfoy não era flor que se cheirasse, já fora um dos comensais da morte, e era frio e calculista.
  Enquanto as suas colegas de quarto roncavam, Hermione calculava uma fuga de seu dormitório até a cozinha da escola, queria visitar os elfos domésticos, agora que sabia que existiam. Depois de repassar seu plano para não ser pega por nenhum professor ou monitor na sua cabeça três vezes, ela saiu, de mansinho.
  Quando estava quase chegando, esbarrou com força em alguém, por reflexo, Hermione lançou seu melhor feitiço estuporante, o que arremeçou Draco Malfoy com toda a velocidade para trás, fazendo-o, assim, bater a cabeça contra a parede.
  Ele gritou e lançou a ela um olhar mortal.
-- Ai meu Deus! Desculpa Malfoy!
  Hermione saiu correndo e se ajoelhou ao lado de Draco, que chiou baixinho de dor. Ela lançou alguns feitiços e o ferimento estava curado. Levou-o para dentro da cozinha e sentou-o em uma cadeira. Ele apenas a observava, sem dizer uma única palavra.
  Pegou um copo de água e, com cuidado, foi limpando a mancha vermelha que ficou nos cabelos loiros quase brancos do garoto. Ela sabia que o garoto era esnobe e preconceituoso, sabia que Harry e Rony, e até mesmo ela, o odiavam, mas não fora culpa dele se ela o estuporara. Pediu aos elfos um suco, ignorando o real motivo de ter ido ali, e entregou a Draco. Esse que apenas a observava.
-- Me desculpe. -disse ela baixinho, receosa, e assim saiu da cozinha e foi para seu dormitório.
  Muito mais confuso do que deveria, Malfoy foi para seu dormitório, e não conseguiu dormir direito aquela noite.
  No dia seguinte, o sonserino acordou com os gritos de seus amigos, que conseguiram uma autorização do professor Snape para ocuparem o campo de quadribol. Chegando ao campo, encontraram o time da Grifinória, Draco não podia perder a oportunidade de irritar Potter, e ostentar as novas vassouras do time para ele, quando Ronald Weasley e Hermione Granger chegaram para defender o amigo.
  Hermione pegou Draco desprevenido quando retrucou com convicção:
-- Pelo menos no time da Grifinória ninguém pagou para entrar, só entrou quem tem talento!
  Draco não esperava uma resposta dessa da castanha, desesperado para não sair por baixo, e para não deixar transparecer sua surpresa,respondeu do jeito mais rude e frio que encontrou:
-- E quem foi que te perguntou? Sujeitinha de sangue-ruim!
  Todos se calaram, Hermione o olhou ofendida, o que fez sua consiência pesar, mas manteve seu rosto rígido, sem mudar a expressão ou demonstrar qualquer sentimento. Rony tentou lançar-lhe um feitiço, mas sua varinha quebrada acabou fazendo com que ele recebesse o próprio encantamento.
  O trio foi para a cabana de Hagrid e o time sonserino treinou, mas Draco estava se sentindo mal pelo que acontecera, mas não demonstraria nem que sua vida dependesse disso.
  Os dias foram passando, o trio de ouro estava próximo de entender todo o mistério da câmara secreta, mas dois sonserinos já tinham entendido todo o segredo, e discutiam em seu salão comunal.
-- Potter é muito lerdo, ele não vai descobrir sobre o basilisco.
-- Ele vai precisar de um impurrãozinho...
-- Que é isso, Willow, não está pensando em ajudar o Potter, está?
-- Não o Potter... mas simpatizei um pouco com o Weasley depois que ele me passou as matérias de transfiguração... que copiou da Granger. -Ela olhou para o primo com uma sobrancelha levantada, ele só conseguia pensar em como ela soube, e então ela continuou- Sabe, seria uma pena se ela encontrasse com o basilisco... morreria na hora... é uma sangue-ruim, não é?-continuava alfinetando o primo, já que estavam a sós- Não duraria três seg...-foi interrompida pelo loiro:
-- Tá legal! Já entendi! Onde ela está?
-- A sabe-tudo? Provavelmente na biblioteca.
  Draco andou a passos largos, porém, controlados até lá, e sem que ninguém percebesse, se aproximou da morena, que folheava um livro e o adicionava a uma pilha que já tinha organizado.
-- Ahn... Granger?
  Hermione se virou surpresa, assim que encarou os olhos cinzentos a sua frente, seus olhos se encheram de água e seu interior de ódio.
-- O que quer, Malfoy?- sua voz saiu fria como nunca antes. Assustou Draco.
-- Só... só queria te entregar uma coisa...- entregou-lhe um pergaminho velho, a página de um livro.- Me... me desculpa.
  Os olhos de Hermione brilharam ao passar os olhos pela página, ela olhou para ele com a boca entreaberta, estupefada.
-- Eu...
-- De nada!-deu seu melhor sorriso galanteador e saiu andando, certificando-se de que ninguém o flagrou perto da "sangue-ruim"

Willow Black LestrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora