Nome

134 11 3
                                    

   Ora, o que seria dela e de Draco? Naquela guerra não haveriam vitoriosos afinal. Estava claro o que deveria fazer agora, e no momento, o que deveria fazer seria ser uma boa e obediente serva. Ela seria a partir de agora. A missão fora fracassada e Lúcio estava preso, e o único jeito de proteger Draco seria jogando o jogo deles.

   Yaxley se direcionava com Willow e seu primo até o quarto, onde ele os deixaria para se reunir com os "adultos" na sala de estar. Willow estranhou não estar convidada para o jantar dos comensais, mas não era como se lamentasse por isso. Ela ficaria feliz com Draco no quarto até que aquele-que-não-deve-sentir-cheiro-nenhum se retirasse. Yaxley nada delicado a empurrou para dentro do quarto, e só então ela percebeu que ele tomara sua varinha.

   -- EI! Bastardo! O que significa isso? Devolva agora minha varinha antes que eu direcione meu belo salto até suas bolas.

   -- Desculpe, criança, ordens do Mestre.

   Ele sibilou, mas não parecia nem um pouco arrependido. Pelo contrário, exibiu um sorriso sádico equanto ela avançava até ele e trancou a porta, puxando Draco junto à ele. Só então ela percebeu que havia demorado demais para raciocinar. Ela tentou abrir a porta, um ato meramente ilustrativo, considerando que era mais do que óbvio que estava trancada magicamente.

   Mesmo que não fosse adiantar nada, suas mãos se fecharam em punho e ela passou a esmurrar a porta desesperada, com toda a força que conseguiu reunir, berrando a plenos pulmões por seu primo.

   -- YAXLEY, ABRA A PORRA DA PORTA IMEDIATAMENTE OU EU JURO QUE VOCÊ ESTARÁ MORTO EM ALGUMAS HORAS! YAXLEY!

   Seus pés chutavam a porta e suas mãos batiam nela com toda a força. Parou por um momento e ficou em silêncio para ver se escutava alguma coisa, mas eles haviam isolado o quarto com um feitiço de silêncio. Willow correu em pânico ao redor do quarto, na tentativa de encontrar algo que pudesse arrombar a porta, mas tudo que encontrou foi uma cadeira, que quebrou na tentativa desesperada de abrir a porta.

   -- DRACO!! DRACOOOO! ABRAM A MALDITA PORTA OU EU JURO!

   Ela precisava se acalmar, organizar os pensamentos, mas era impossível. O pânico corria em suas veias e ela só conseguia pensar em dois tópicos para a lista:
1. Arrombar a porta
2. Matar Yaxley

   Ela forçou seu corpo contra a porta através de batidas, onde ela corria ao outro lado do quarto e se jogava o mais forte que podia contra a madeira, mas não tinha nenhum sucesso. Seus olhos escorriam em lágrimas de raiva e desespero, e ela usou de tudo que considerou sólido naquele quarto para tentar quebrar a maldita porta, mas nenhum esforço parecia ser suficiente.

   Ela precisava sair dali, precisava salvar Draco de seja lá o que estivesse acontecendo. Considerou pular da janela mas logo percebeu que a mesma também estava enfeitiçada, e mesmo que conseguisse quebrar o feitiço sem varinha, pular sem uma vassoura não era uma opção. O quarto de Draco ficava no último andar da mansão e ela provavelmente se espatifaria e espalharia sangue e pedaços de seu corpo pelo jardim de Narcisa em vão.

   Já quase sem esperanças, chegou até a porta e a esmurrou mais um pouco. Se sentiu impotente e frustrada, e sua raiva subiu em 200%, se é que era possível. Ela queria decaptar Yaxley com as próprias mãos, mas, acima daquilo, queria estraçalhar aquela maldita porta. Sentiu suas veias queimarem e seus olhos arderem, e pela primeira vez em toda sua vida pôde sentir sua magia fluindo de seu corpo.

   Está certo que magia não é algo que se pode ignorar, mas para quem nunca teve a sensação de estar sem ela, era uma coisa nova prestar atenção nos fluxos de energia mágica que corriam por seu corpo junto a seu sangue. Ela era uma criatura mágica, uma bruxa, ninguém tiraria aquilo dela, com ou sem varinha. E ninguém, acima de tudo, NINGUÉM levava Draco dela.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 15, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Willow Black LestrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora