O mapa e o patrono

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  Como descrever os seguintes meses em Hogwarts? Uma bagunça. Harry estava louco por uma corvina, chamada Cho Chang; ele teve uma maravilhosa aula de defesa contra a arte das trevas com um bicho papão; Sírius estava no castelo, e já havia rasgado o quadro da mulher gorda, e quase matado Rony;A Grifinória estava dormindo no Grande Salão e a Sonserina tirava sarro disso.
  Filch estava ficando louco, tanto com a mudança dos grifinórios para o salão (que dava o dobro de trabalho para ele, já que tinha de vigiar os leões, que não estavam dormindo em quartos separados para cada sexo) quanto pelas brincadeiras de todos os estilos que Willow preparava jundo de sua "equipe".
  Harry estava cada dia mais aborrecido com a professora Trelawney, que insistia a arrumar variadas previsões de uma morte terrível para ele. E ainda por cima, não poderia ir a Hogsmead, pois seus tios não assinaram a autorização.
  Estava sozinho no alto de uma das torres, quando ouve passos próximos e se depara com seu professor favorito:Lupin.
-- Harry! Não foi para Hogsmead?
-- Não tenho autorização.
-- Ah... que chato. Bem, não gostaria de ir até minha sala tomar um chá? Podemos conversar um pouco. Sabe, para não ficar sozinho.
-- Claro professor. Seria ótimo! -Harry não estava com muita vontade de tomar um chá com seu professor, por melhor que ele fosse, mas achou que ficar ali sozinho não o animaria muito.
  O episódio a seguir vocês já conhecem, estou aqui para contar apenas as partes da história que não foram reveladas. Harry estava tendo aulas regulares com Lupin, e seu patrono estava começando a ganhar forma. Era isso que o estava animando ultimamente. Isso, é claro, até o próximo passeio a Hogsmead.
  Ele pensava que iria ficar novamente com Lupin, talvez trocassem receitas de bolo ou tomassem um chá da tarde. Quando Fred e Jorge o chamaram para dentro de uma sala pequena, com uma escada em espiral estreita descendo ao lado de uma minúscula janelinha.
-- Harry, queríamos te entregar uma coisa.
-- Mas precisamos ter certeza de que vai tomar extremo cuidado com ele.
-- É nosso bem mais precioso!
-- E nos dói muito entregar a você mas...
-- Filch já descobriu que roubamos da sala dele.
-- E você precisa mais do que nós.
Harry se confundira um pouco devido à alternação de um para o outro, mas compreendera que estava ganhando um presente. Estava prestes a dizer alguma coisa, mas ouviu passos, e da escada em espiral, saiu uma garota toda vestida de preto e dourado.
-- Fred, Jorge! Onde vocês coloc... Potter?
-- Eh... oi, Willow, que bom que está aqui! -Jorge parecia um tanto nervoso.
-- O que vocês... Por que estão entregando o Mapa do Maroto para o Potter?- O rosto dela, antes surpreso, agora adquiria uma expressão levemente assassina-Esse mapa tem a localização de tudo e TODOS nesse castelo. Precisamos disso.
  Depois de muito tempo de discussão, todos falando de uma só vez, Fred tomou a iniciativa de pôr fim àquilo:
-- CHEGA! Willow, Harry precisa mais do que nós. E se formos pegos com isso, expulsão na certa.- Willow cerrou os olhos e se aproximou lentamente de Harry. Quando estava bem próxima sua expressão de nojo se dissolveu, e deu lugar a uma de desdém.
-- E o que eu ganho em troca, ó Super Cicatriz? -Harry pensou um pouco, o que poderia oferecer à ela, que se comparasse ao valor do Mapa? De repente, veio ao pensamento dele os anos de Willow em Azkaban.
-- Eu sei produzir um Patrono! Posso te ensinar.
  Willow congelou. "Um patrono? Ele está blefando! Nenhum garoto do terceiro ano tem conhecimento suficiente para um patrono". Ao perceber que a sonserina parecia interessada, Harry abriu seu melhor sorriso de sarcasmo e levantou uma sobrancelha. "Estou aprendendo a brincar".
-- Tudo bem, Potter. Fique com o Mapa. Mas quero produzir um patrono, está me ouvindo?
-- Por mim tudo bem. Aos sábados perto do lago negro?
-- Fechado! Estarei lá assim que o sol se pôr.
  Com a ajuda do mapa e da sua capa de invisibilidade, Harry estava em Hogsmead. Rony e Hermione estavam completamente felizes em vê-lo (embora Hermione alertasse diversas vezes que tomasse cuidado,pois isso era contra as regras) e nem mesmo Malfoy (que provavelmente tomara o maior susto da vida dele) conseguiu os chatear. Até que Harry descobriu que Black era seu padrinho. Isso acabou com seu dia maravilhoso.
  Os seguintes meses foram piores do que os primeiros. Hagrid estava sendo um desastre como professor de Trato das Criaturas Mágicas. Ele levara um hipogrifo chamado Bicuço na última aula, este que quase matara Draco Malfoy. Na verdade, o loiro estava fazendo cena para as garotas, mas sua prima se acabava de rir dele na frente delas, estragando seus planos: "Hey, Draquinho! Você apanhou daquela galinha velha do Hagrid, foi?". Draco ficava furioso. Odiava quando o chamavam de "Draquinho" e ainda por cima sua prima acabava ridicularizando-o na frente de possíveis "diversões".
  Willow estava se divertindo bastante. Além de rir diariamente às custas de Malfoy, estava recebendo aulas regulares de Potter-Super-Cicatriz sobre patronos, e estava realmente ficando boa nisso. Seu tio Lúcio havia mandado um carrasco para o hipogrifo dali alguns dias, e estava se encontrando regularmente com Sirius, que perambulava os arredores do castelo em forma de lobo.
  Percebera também (com uma pontada um tanto quanto forte de orgulho) que Hermione comprara afinal o gato que ela pedira. Isso, ela pensava, não daria muitas chances a Rabicho para escapar.
  Enfim, o dia da execução do hipogrifo chegara. Draco estava se divertindo às custas disso com seus comparsas da Sonserina, quando o "Santo Potter", o "Cabeça de Cenoura" e a "Sangue-ruim" chegaram. Hermione avançou, apontou-lhe a varinha, abaixou-a novamente e Pluft. Meteu um murro em Malfoy. Este que saiu correndo praguejando e trombou em sua prima, que carregava uma extensa caixa de madeira. O trio de ouro nem se importou, desceram correndo ladeira abaixo, rumo à cabana de Hagrid, para confortar o amigo da perda de seu hipogrifo. Mal sabiam que Sírius os observava.
 

Willow Black LestrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora