A doente famosa

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  Harry, Rony e Hermione ficaram na sala da professora McGonagall por mais alguns segundos, sem saber o que fazer. Até que o ruivo se pronunciou:
-- Acham que devíamos ir lá? Quero dizer...ver quem voltou...
-- Não Rony! Deve ser assunto dos professores. Você não ouviu o Malfoy? Foi o Snape quem mandou.- repreendeu-o Hermione - além do mais, temos trabalho de herboligia, se lembram? Vamos aproveitar que a professora Minerva nos dispensou, para fazermos o trabalho... e aproveitar para esquecer essa gata... essas vozes... e o Mal... digo, o recado que o Malfoy trouxe.
  Os três seguiram para o salão comunal, disseram a senha e a mulher gorda os deixou passar. Harry não podia estar mais descontente com a amiga. Tinham muito o que pensar, e ela só se importava com um trabalho estúpido, pensava ele.
  Enquanto o trio de amigos se matava para fazer o trabalho da professora Sprout, rindo e se divertindo, na enfermaria o clima era outro... silêncio. Os professores faziam um círculo ao redor de uma aluna, deitada em uma das macas brancas, com roupas pretas rasgadas e sujas.
  Um garoto de cabelos loiro-platinados e olhos acinzentados chega correndo pela porta.
-- Deixem-me vê-la! Por favor! Ela é minha prima!
  Todos olharam para o professor Dumbledore, que deu um suspiro e acenou levemente com a cabeça.
-- Nada mais justo.-disse com sua voz calma- Deixem o senhor Malfoy passar.
  Os professores abriram caminho e o garoto passou. Olheiras eram visíveis em seu rosto, aparentemente não dormira aquela noite.
  Quando Draco avistou sua prima se assustou, nunca, em toda a sua vida, a havia visto em um estado tão deplorável. Estava pálida, seus olhos sem brilho, seus cabelos desgrenhados e sua boca seca. Parecia sentir frio.
-- Willow!
-- Hey! Draco! Como anda a escola?- sua voz saiu fraca, mas Draco sentia-se aliviado de ouvir que o costumeiro tom de sarcasmo e brincadeira continuava presente. -Nossa primo,você está horrível!- deu uma risada fraca. Draco sorriu. Ela estava bem.
-- Ei! Olha só quem fala! Tá parecendo que foi usada como a goles em um jogo de quadribol!
-- Hahaha. Draco, Draco. Passei um ano em Azkaban, e consigo estar mais bonita que você depois de uma noite mal dormida.
  Os dois riram. Esse humor tranquilizou os professores em volta, Dumbledore logo se pronunciou:
-- Fico feliz que esteja bem senhorita Les...
-- Black! - interrompeu-o brutalmente Willow, cuja expressão mudara completamente, de brincalhona para sombria - Por favor, me chamem de Black. Não quero mais que se refiram a mim com o nome daqueles idiotas- disse baixa e assustadoramente.
-- Como quiser. -continuou calmamente Dumbledore- Fico feliz que esteja bem, senhorita Black, mas precisa repousar, e precisa de algumas poções para recuperação completa, portanto,temo que nós,juntamente do senhor Malfoy, teremos que nos retirar.
-- Sim professor.
-- Ah, a propósito, liguei para seus tios: Lúcio e Narcisa Malfoy. Ambos virão daqui a algumas horas visitá-la. Até lá, descanse.
-- Sim professor.
  No salão comunal da Grifinória, o trio de ouro finalmente termina o trabalho, depois de muitos xingamentos por parte de Hermione, muitas reclamações por parte de Rony e muitos suspiros por parte de Harry, decidiram que estava na hora de sair e respirar um ar puro.
  Eles caminhavam próximos ao lago negro, conversando sobre o acontecido no corredor.
-- Quem será que fez aquilo na gata do Filch?
-- Quem não, o que!
-- Como assim, Hermione?
-- Não viram o que estava escrito na parede?
-- Oi? Tinha algo escrito na parede?
-- Como você é estúpido Rony, não olhou para cima?
-- E quem além de você olhou, sua metida? Estávamos todos vidrados na Madame Nor-r-ra, que, caso você tenha se esqucido, estava petrificada! -se irritiu Rony. Hermione apenas revirou os olhos e disse calmamente, ignorando o comentário do ruivo.
-- Estava escrito: "A câmara foi novamente aberta. Cuidado, inimigo do Herdeiro".
  Passaram a tarde inteira na biblioteca pesquisando sobre o assunto, e descobriram sobre a câmara secreta e o herdeiro de Salazar Slytherin. Ainda embreagados com as informações que conseguiram, foram jantar.
  Durante o banquete,várias pessoas cochichavam umas com as outras, e Harry não pôde evitar pensar que falavam sobre ele, mas pouco tempo depois, Fred Wealsey vinha se juntar a eles.
-- É verdade o que estão dizendo? Willow Lestrange está de volta?
Neville Longbottom pareceu empalidecer um pouco, mas Harry decidiu ignorar isso e perguntar:
-- Quem é Willow Lestrange?
-- A única bruxa que conhecemos que conseguiu ir para Azkaban com apenas onze anos de idade.
-- Azkaban? Está brincando! -espantou-se Rony.
-- O que é Azkaban?
-- Não conhece Harry? É a prisão mais famosa dos bruxos! O que ela fez Fred?
-- Ela é um ano mais velha que vocês. No primeiro ano dela aqui, ela estudou na sonserina, mas, no final do ano, tentou libertar seus pais de Azkaban, pelo que dizem, e o ministro a prendeu!- ele deu uma garfada em sua comida, para fazer uma pausa misteriosa- Então, ela ficou presa lá por um ano, o ano passado, que vocês entraram na escola... e aparentemente está de volta!
  Nesse momento, o professor Dumblerore se levantou, e todos se calaram imediatamente.
-- Alunos, tenho o prazer de informar o regresso à escola de uma colega de vocês. Alguns a conhecem, é claro. Seu nome é Willow Lestrange, porém, peço encarecidamente, que a tratem por Willow Black.- murmúrios podiam ser ouvidos por todo o salão, mas Dumbledore voltou a tomar a palavra, e os sons se calaram- Como alguns sabem, ela teve de ser levada para Azkaban, a prisão dos bruxos, está um pouco fraca e traumatizada, e me pediu para avisar que não quer ser tratada pelo terceiro nome. Bom jantar!
  Todos voltaram a comer e Hermione perguntou a Fred:
-- O que aconteceu para ela não querer ser chamada pelo sobrenome?
-- Eu não sei, mas se bem conheço ela, é melhor chamarem-na de Black!
  Nesse momento, o salão silenciou. Harry chegara a achar que o diretor havia se levantado novamente, mas todos estavam olhando para a porta. Eis que de lá entra uma figura com cabelos pretos, enrolados e desgrenhados, com o uniforme da Sonserina. Morena, porém, pálida. De aparência fraca e magra, mas ainda assim, pose de superioridade. Uma voz aflita vinha ao fundo, suplicando a ela:
-- Senhorita Black, por favor! Precisa de repouso!

Willow Black LestrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora