A minha experiência como youtuber

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Eu sempre quis ter um canal no YouTube. Não faltam razões: vocês sempre pediram e eu acredito que é uma excelente maneira de me comunicar com os leitores. Além disso, um dos meus maiores ídolos, o John Green, é um escritor com canal no YouTube e ele é demais!

Apesar da vontade, sempre me faltou tempo para tal (e dinheiro para uma boa câmera). E o cobiçado canal nunca passou de alguns esforços avulsos (e vergonhosos) que fiz com o nome de #Salizando.

Mas, quando entrei na revista Mundo Estranho, notei que estava rolando um esforço entre o pessoal para criar mais conteúdo para o canal deles. O meu olho brilhou.

Foi assim que esbocei e apresentei o projeto do Na Estante, um programa onde falo sobre livros.

Foi bem diferente de ter um vlog. Ao invés de um quarto e uma câmera, haviam seis pessoas trabalhando nos vídeos, duas câmeras, um estúdio e edição profissional. O que só aumentou a pressão para escrever um roteiro decente e conseguisse apresentar as minhas ideias com clareza.

Conversar com a câmera foi estranho, no começo. Depois fui me soltando. Com o tempo fui notando que passei a desenvolver um tom de voz especifico para gravar os vídeos, assim como caras e bocas exclusivas. Gravar não é o mesmo que conversar com o amigo, sendo muito mais semelhante a palestrar para cem pessoas.

Fiz algumas atividades para conseguir melhorar um pouquinho o meu lado comunicador. Se você quer seguir pelo mesmo caminho, sugiro que faça o mesmo:

- Observei como grandes comunicadores agiam. Desde Silvio Santos até Bruna Vieira, e tentei adaptar para a minha realidade.

- Conversei com o espelho, feito um maluco, e observei se as minhas expressões faciais e mãos casavam com o que eu estava dizendo.

- Gravei alguns dos meus discursos e ouvi dias depois. Dessa forma, consegui identificar vícios de linguagem e outros problemas.

- Treinei no snapchat e instasnap.

Estou bem longe do que considero ideal. Ainda considero escrever uma atividade muito mais fácil do que falar, mas gostei do resultado. Pelo menos, por ora.

Espero que vocês tenham gostado também.

CADERNO DO SALIOnde histórias criam vida. Descubra agora