Epílogo

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  - Tenho certeza de que você vai sair dessa. - Foi o que eu disse aquele dia.

...

  -  Creio que esse dia não será muito feliz para você depois de hoje. - Foi sua resposta.

...

  -  Eu vou voltar, algum dia. - Seu sorriso fraco escondia as promessas.

...

  - Lucy? - Ela não disse nada. - Lucy? - Nada. - Lucy? Não. Por favor não. - Mas assim que eu percebi que ela parara de respirar, gritei tão alto quanto pude e levanto assustado, ofegante. 

  Mais uma vez eu havia sonhado com isso. Suspiro e volto a deitar. 

  220 anos haviam se passado depois daquele dia. Hoje era o aniversário da morte de Lucy, que por coincidência, era o dia em que ela me resgatou de minha própria mente. Fiquei fitando o teto por um tempo, até perceber que Akemi estava me observando:

  - O mesmo pesadelo? - Pergunta ela sabendo da resposta.

  - Sempre tenho nessa data. - Suspiro e a trago para perto de mim. - Ainda dói.

  - Sei disso. Também sinto falta dela. - Ela estava com a cabeça no meu peito. - Mas agora você está bem. - Eu a amava, mas sabíamos que aquilo não era verdade.

  - Eu ainda quero acordar e ver que tudo não passou de um grande  pesadelo. 

  - Precisamos ter paciência. Um dia ela voltará. - Suspiro de novo e a loira levanta.

  - Você sabe que não será ela. É como você e Anna. São pessoas diferentes.

  - Eu sei disso, mas se essa é a única esperança que temos, prefiro acreditar que ela voltará, de um jeito ou de outro. - Diz meio triste e, assim que ia sair da cama, eu a puxo para mim e a abraço apertado pelas costas.

  - Não teria conseguido sem você. Obrigado. - Como ela estava de costa para mim, acabou sentando no meu colo e eu coloquei minha cabeça na curva do seu pescoço, começando a beijá-lo.

  - Q-Querido. - Gagueja quando tiro a alça da camisola que ela vestia. - Temos que ir para a guilda.

  - A guilda pode esperar. - Viro e a coloco no colchão, ficando por cima com um sorriso malicioso. - Nunca me canso de te admirar. - E antes dela conseguir falar alguma coisa, tomo seus lábios em um beijo arguente. 

...

  Estávamos a caminho da guilda. O dia estava bonito, mas parecia que não tinha aquele brilho especial. As crianças que costumavam brincar de manhã não estavam ali, os comerciantes ainda nos cumprimentavam, mesmo que não tivessem a mesma alegria. Todos sabiam que dia era hoje.

  Conforme os anos, tudo mudou. A tecnologia evoluiu, como as casas e os edifícios, os descendentes de meus amigos alguns ainda são magos, outros desistiram dessa carreira.

  Não existem mais guildas como antigamente, apenas as maiores ainda estão de pé. Eu acabei me tornando o mestre da guilda depois que Sting faleceu a pedido da loira, discutimos muito aquele dia.

  Eu fiquei deprimido por um ano e meio, depois eu percebi que estava sendo egoísta e mudei. Minhas filhas, viajam o mundo conhecendo novos lugares e culturas. Depois que perceberam que era muito doloroso ficar onde lembravam de Lucy e que estavam entediadas, elas começaram a viajar para todo lugar, ficando quase um ano fora, mas sempre voltavam nessa data.

  Chegamos na guilda e cumprimento todos de longe. A guilda inteira está mais quieta hoje. Subo para minha sala e tento arrumar umas papeladas, mas nada sai, então desisto. Não conseguia fazer nada nessa data, as lembranças vinham aos montes de todos os anos em que passamos juntos e isso fazia a ferida doer mais, a dor nunca diminuía.

Fairy Tail - Stincy (Revisão geral)Onde histórias criam vida. Descubra agora