Capítulo 38

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P.O.V Anahí

Acordei meio tonta em um lugar que não reconheci. Olhei ao redor e estava quase tudo escuro, apenas uma janelinha deixava um pouco de sol entrar. Quando me vi sentada em uma cadeira, com as mãos e pernas amarradas, me lembrei do que aconteceu e comecei a chorar. Joshy me sequestrou de manhã e agora já deve passar de uma hora da tarde, Alfonso deve estar me procurando. Não faço a mínima ideia de onde estou. Onde estou parece um galpão, não sei ao certo. Estou amarrada na cadeira no centro desse lugar, que parece ser uma sala. Perto de mim há uma cama (e engoli em seco sabendo o por quê dessa cama estar aqui), uma mesinha vazia e mais nada. Onde foi parar aquele desgraçado? Com certeza daqui a pouco vem me infernizar. Tem uma porta perto da cama e sem dúvidas é por ali que ele entrará.

Comecei a tentar me tirar da cadeira, me remexendo e tentando puxar com todas as minhas forças os nós das cordas. Aqui não tem nada que possa me ajudar a desamarrar essas cordas. Fiquei por incontáveis minutos tentando puxar as cordas, mas tudo o que estou conseguindo é machucar ainda mais meus pulsos e me deixar mais cansada. Quando estava puxando as cordas, a porta se abriu e virei meu rosto, vendo meu pior pesadelo segurando uma bandeja com comida.

- Tentando escapar, meu bem? - Perguntou, debochado. Ele trancou a porta e deixou a bandeja na mesinha que estava vazia. - Devo te dizer que está perdendo seu tempo. - Sorri, se aproxima de mim e cochicha no meu ouvido, descendo as mãos nas minhas coxas, me causando náuseas - Se você for uma boa menina, prometo não te machucar. Você vai até sentir prazer. - Disse, beijando meu cabelo. Fechei os olhos com força, apavorada. Não acredito que isso está acontecendo! Me recuso a chorar na frente dele, mas se continuar assim não vou aguentar - Mas antes, você vai se alimentar.

Ele sai de perto de mim, vai até a bandeja onde tem um cacho de uva, maçã, um sanduíche e um suco de laranja. Ele pega o cacho de uva e volta pra perto de mim, aumentando meu medo. Tira uma uva do cacho e manda:

- Abra a boca. - Não abro e ele segura meu queixo com violência, me fazendo olhá-lo - Podemos fazer isso do jeito mais fácil, ou do mais difícil. Você decide. Mas se escolher pelo difícil, quem vai sofrer aqui é você, princesa. Vou pedir pela última vez. Abra a boca! - Com medo, faço o que ele pediu e enfia a uva na minha boca. Engoli a uva sem sentir nem mesmo o gosto dela, realmente preciso me alimentar, mas estou em pânico e não consigo comer e a comida desceu obrigatoriamente. - Boa menina. Continue assim! - Sorriu e ficou mais um tempo colocando uvas na minha boca. - Agora você vai tomar um suquinho - Esse cara é um psicopata ridículo! Ele pega o copo de suco e leva até minha boca, e bebo até a metade com medo dele voltar a ser agressivo.

Eu tenho ser a boa menina que ele disse, pois preciso ganhar tempo e enrolá-lo pra não fazer comigo o que mais temo... Com certeza Alfonso está me procurando e tenho esperanças de que já saiba meu paradeiro, porque ele disse que iria rastrear Joshy e isso me encheu de felicidade. Tenho fé que ele vai me achar!

- Agora come um pouco de sanduíche - Pega o lanche, direciona na minha boca e mastigo sem vontade nenhuma. - Meu bem, quero que entenda que não quero te fazer mal. - Ah, imagina, mas é claro que não! - Apenas uma última vez e depois te libero. Prometo - Pisca e enfia mais sanduíche na minha boca, e como.

Eu estou apavorada na medida do possível, vou controlar meu pânico e não deixar transparecer isso pra ele. Tenho que conversar com ele, para tentar ganhar tempo.

- Joshy, onde estamos? - Pergunto como quem não quer nada.

- No outro lado da cidade. - Dá de ombros e agora pega a maçã. Arregalo os olhos, mas logo me controlo para ele não perceber. Será que Alfonso consegue chegar a tempo de não acontecer... Uma tragédia? Joshy chega perto de mim e aproxima a maçã da minha boca, abro a mesma e dou uma mordida na fruta. - Isso mesmo - Sorri - Você já deve estar mais forte pra gente começar nossa diversão.

- Que? - Pergunto. Mas entendi perfeitamente o que ele quis dizer com diversão e meu medo cresce a cada segundo que passa. Ele me lança um sorriso safado, larga a maçã na bandeja e diz:

- Você entendeu, Annie. - Ele se aproxima do meu ouvido e sussurra: - Eu tô louco pra te foder e relembrar os velhos tempos. - Morde minha orelha e meu corpo se arrepia de nojo e medo - Sabe, já podemos começar. Meu pau está duro e eu quero você agora.

Meu Deus, não! O que eu faço pra pará-lo?

- Joshy... - Tento enrolá-lo, mas ele me cala, colocando um dedo na minha boca.

- Nem tente me enrolar, meu bem. Não quero mais conversas, apenas você. - Diz, beijando minha boca. Arregalo os olhos sentindo vontade de vomitar, e coloco minha cabeça pra trás, na tentativa dele parar. Mas ele não para. Segura meu rosto e enfia a língua na minha boca, e eu, obviamente, não retribui - Meu bem, eu não lembrava que você era tão deliciosa - Sorri - Não adianta fazer essa carinha porque não vai adiantar.

Dito isto, desamarra as cordas e eu tento reagir e bater nele, mas o desgraçado é mais rápido e me empurra até a cama. Pega os meus pulsos e os amarra novamente na corda, prendendo-os na cabeceira.

- Calma, princesa. Você vai gostar. - Pisca e me beija. Põe as mãos nojentas nos meus seios ainda por cima da blusa e sem conseguir evitar, começo a chorar de desespero - Meu bem, não chore. Até parece que nunca transou... Prometo que você vai gostar.

Então tira a minha calça e pro meu desespero maior, leva a calcinha junto. Bato minhas pernas na cara dele, mas ele desvia e agora tira minha blusa e sutiã.

- Eu tenho pressa, meu bem. - Tira a própria roupa e fica completamente nu.

Volta aos meus lábios e cola o corpo no meu, e meu estômago rapidamente se contrai e meu coração dispara. Não acredito que vou ser estuprada! Quando para de me beijar, eu cuspo com ódio na cara dele. Não foi uma boa ideia, pois ele me deu um tapa.

- Não complique as coisas, meu bem. - Adverte e chupa os meus seios e volto a chorar. Será que Alfonso não sabe aonde estou? Não vem me socorrer? - Você é tão deliciosa. Eu não posso mais esperar.

Então, pega o próprio pênis levando em direção a minha vagina, e sinto que vou morrer.

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Coitada da Annie, está em apuros e Alfonso não chega a tempo. 💔


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