Capítulo 2

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P.O.V Alfonso

É 20:00 e o final do expediente do trabalho chegou e fui correndo pra casa, com meu carro, uma 
Lamborghini branca. Fiquei 2 meses fora, na França, resolvendo pendências das sedes dos hospitais que tem lá. Eu estou morrendo de saudades da minha filha, Alana. Sim... Esse é o nome dela. Quando ela foi abandonada na porta da minha casa, quando eu tinha 19 anos de idade, eu me encantei por ela no primeiro segundo em que a vi e decidi que cuidaria dela e a amaria sem medidas. Esse nome era o que estava na correntinha de ouro dela quando a achei, eu gostei e ficou esse nome mesmo. Ela é minha filha legalmente, o nome dela então ficou: Alana Herrera. Então, se o infeliz que a abandonou aparecer, não vou correr tantos riscos de perdê-la. Ela sabe que não é minha filha biológica, resolvi não esconder dela, mas eu deixei bem claro e sempre deixo que a amo mais que tudo na vida. Ela só perguntou uma vez sobre a mãe dela, e eu agradeço mentalmente, porque nem eu sei o que aconteceu. Só falei que a "mamãe'' dela deve estar no céu. Não quero dizer que ela foi abandonada, ficaria magoadissíma.

Faz muita falta uma figura materna na vida dela, por isso ela é apegadissíma com minha mãe, Ruth, com minha melhor amiga, Angelique, que é madrinha dela, (É só amiga mesmo, ela é como uma irmã pra mim, conheço ela desde que me entendo por gente) e com minha querida empregada Maria, um amor de pessoa. E quando eu fico com alguma mulher ou namoro, eu nem deixo elas se conhecerem, porque vai que eu termino e minha filha se apega? Ai vai dá merda... Demorou pra ela entender que eu tinha que ir para Paris sem ela, mas acabou cedendo. Minha mãe, Angelique, minha empregada que é como uma segunda mãe pra mim ou como uma avó, a dona Maria, e meus amigos que cuidaram dela, eu falava com ela todos os dias por telefone, pra saber sobre seu dia e se estava bem.

Mas enquanto eu dirigia, tinha algo em minha mente que não saía por um segundo: Anahí. Pois é... Quando eu levantei minha cabeça para conhecê-la, fiquei hipnotizado, surpreso e até mesmo chocado com tanta beleza, e que corpo lindo, sexy. Eu fiquei fascinado com aqueles olhos azuis da cor do mar, tão belos e cheios de vida. E aquela boca? Ah, aquela boca maravilhosa, carnuda e rosada, do jeito que eu gosto. Ela é perfeita. Não sei o que aconteceu comigo, mas tive uma vontade imensa de provar aqueles lábios, e fiz uma força danada para ela não perceber. Eu nunca senti nada por uma mulher que eu acabasse de conhecer, mas não sei o que deu em mim. Quando a vi, senti algo especial, algo que nunca senti por mulher nenhuma, algo incontrolável. Não dava pra esconder, seria hipocrisia da minha parte, confesso que fiquei gamado nela. E por um momento, desejei que não fossemos apenas colegas de trabalho ou grandes amigos, mas que tivéssemos algo mais.... Tive que pensar rápido para pedir pra ela sentar e não parecer um retardado secando ela. A nossa conversa foi super descontraída, nem parece que nos conhecemos hoje. Falamos sobre nossa carreira e tals... Mas eu fiquei com vontade de saber mais sobre a vida dela.

Amanhã é sexta-feira, e todas as sextas no final do expediente de trabalho, saio com meus amigos lá do hospital para um barzinho, restaurante, balada, etc... Já que no sábado e domingo não trabalhamos, só de vez em quando temos que fazer plantões. E alguns aproveitam pra encher a cara. E já que eu voltei hoje de viajem, vão comemorar a minha volta. Então vou aproveitar isso e vou convidar Anahí pra ir com a turma, e espero do fundo do meu coração que ela aceite.

Cheguei em minha mansão e estacionei meu carro na imensa garagem que eu tenho. Eu moro sozinho com Alana, meus pais moravam comigo la há um anos atrás, mas com a morte do meu pai, que também se chamava Alfonso, minha mãe resolveu ficar em um apartamento mesmo. A casa trazia muitas lembranças pra ela, e para todos que moram na minha casa também, mas tínhamos que seguir em frente.

Entrei em casa. Subi as escadas e vi uma cena fofa e maravilhosa da minha princesa desenhando em seu quarto rosa numa mesinha usando um vestidinho verde limão. Fiquei olhando-a com um sorriso bobo. Eu tenho uma cara de durão no trabalho, mas eu sou uma manteiga derretida, principalmente com minha bebê.

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