Capítulo 66

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P.O.V Anahí

Mais um mês se passou. Outro mês me sentindo infeliz, sozinha, vazia... Eu vivo no modo mecânico, fazendo tudo por fazer, sem prestar atenção em nada. Minha única alegria continua sendo Alana, estou conseguindo ficar de pé graças à ela.

Eu estava em meu apartamento tomando uma xícara de café para ir ao trabalho quando meu celular tocou. Olhei o visor e vi que era Christian.

Alô - Atendi

Alô, rainha. Menina, tô te ligando só pra avisar que a bolsa da May estourou e ela está a caminho do hospital do seu boy... Digo, do Alfonso. - Arregalo os olhos e me levanto da cadeira como se tivesse levado um choque.

Mas como assim estourou? Ela tá de sete meses! - Digo exasperada e pego a minha bolsa e a chave do carro pra ir ao hospital.

Sim, mas pelo jeito a lindinha quer chegar mais cedo. - Pude sentir seu sorriso do outro lado enquanto eu trancava a porta do apartamento e ia pro elevador.

Pois é - Sorri - Obrigada por ter me avisado, lindo. Você também vai?

— Mas é claro, viada! Já estou a caminho.

Ok, já estou indo também. Beijos. - Nos despedimos e desliguei.

Chego ao estacionamento e entro no meu carro, acelero o freio e logo estou na rua dirigindo. No trajeto fico pedindo à Deus que de tudo certo e que não aconteça nenhuma tragédia com a bebê da May como aconteceu comigo, duas vezes. Suspirei afastando os pensamentos depressivos e quando noto, já estou no hospital. Vou ao estacionamento e deixo o carro lá rapidamente.

Entro no hospital e subo o elevador, direto para a ala da maternidade. Quando saio, vejo Dulce, Christopher, Christian e... Alfonso na sala de espera. Me aproximo e pergunto:

— Oi, gente. Eles já chegaram?

—Sim, a May acabou de ser levada pra sala onde vão fazer o parto e Koko está lá com ela. - Dul me respondeu, roendo as unhas de ansiedade. Assenti e me sentei ao lado de Christian, tomando uma distância considerável de Alfonso.

Algum tempo depois os pais de Koko e Maite chegam e se juntam a nós. Ficamos por mais ou menos trinta minutos esperando até que Koko chegou com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso que não cabia no rosto. Nós o olhamos na expectativa e ele quase gritou:

— Nasceu, gente! Minha princesa nasceu! - Ele exclamou emocionado e soltamos um suspiro de alívio.

— Parabéns, cara! - Alfonso o abraçou lhe dando tapinhas nas costas e Christian e Christopher fizeram o mesmo.

Os avós da criança também o abraçaram e logo foi minha vez e da Dulce. As mulheres presentes estão emocionadas (inclusive eu, e não tiro Christian do time, pois ele está igual ou pior que nós).

— Mas como ela nasceu prematura, deu tudo certo no parto? Minha filha está bem? - A mãe da Maite, que também se chama Maite, perguntou.

— Sim! Por ser prematura, ela terá que ficar um tempo na incubadora, mas ela é linda e saudável. Vocês tem que ver! - Falou, babão - Maite está dormindo agora, mas daqui umas horas ela acorda. - Ele sorriu.

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