Capítulo 29

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P.O.V Autora

No outro dia, Anahí e Alfonso estavam no quarto deles, na mansão. Alfonso ainda não conseguia acreditar que talvez tivesse um filho com uma paixonite do passado. Ele estava aéreo desde quando Lívia tinha feito a revelação, não conseguia falar direito, apenas ficava abraçado a Anahí pensando o que ele tinha feito pra merecer aquilo. E ainda tinha Alana... Se ele fosse mesmo pai daquela criança, como iria explicar pra filha que ela já tem um irmãozinho, só que com outra mulher? Como iria explicar que não sabia da existência daquele irmão até então? Ele não sabia como encarar direito a situação. Ele faria o exame de DNA, sim! Não era nenhum covarde e não fugiria da responsabilidade. Aquela criança não tinha culpa de nada, era inocente, e ele tinha plena consciência disso, e Anahí também, apesar de estar confusa com toda àquela situação. Por falar nela, queria ir junto com Alfonso, ele hesitou, mas ela insistiu até ele ceder. Ela iria, por ciúme, sim, ela admitia, mas, principalmente, para apoiá-lo e conhecer Peter.

Anahí estava com raiva, muita raiva de Lívia! Ela não tinha direito algum de aparecer na vida de Alfonso de repente e simplesmente dizer que tem um filho com ele. Por que ela não falou antes? Ela não tinha engolido aquela conversa esfarrapada de "medo e imaturidade". Seu sexto sentido gritava por dentro dizendo que Lívia apareceu só para atormentar os dois. E a cada minuto que passava ela só tinha mais certeza disso. Alfonso havia combinado com Lívia de que ela levaria seu suposto filho ao restaurante que eles marcaram, e que ele iria com Anahí. Lívia se torceu de raiva ao saber que Anahí também iria, pensou que ficaria só com ele e Peter, como se fossem uma família. Mas, ela não disse nada, aliás, não tinha direito de dizer nada depois do que fez.

Eles combinaram assim: Que Lívia levaria o filho, mas o mesmo não saberia que estaria de frente com o suposto pai, ela falaria que era um almoço entre amigos. E Alfonso, como não confiava nada na ex, conversou por telefone com ela para que, tirasse um fio de cabelo de Peter na frente dele disfarçadamente, e colocasse dentro de um saquinho plástico, e entregasse a ele, para que fizesse os exames no hospital.

— Tudo bem? - Anahí perguntou a ele, sentada na cama com Alfonso ao seu lado.

— Na medida do possível, sim. - Ele respondeu com um sorriso fraco, olhando pra ela.

— Fica calmo, querido. Tudo vai se resolver! - Ela tentou ser positiva, e lhe deu um beijo cálido nos lábios.

— Assim espero. - Ele suspirou - Ainda não consigo acreditar que isso tá acontecendo. Eu realmente não quero que esse menino seja meu filho, mas... Lívia falou com tanta convicção que é difícil duvidar. E também, se fosse mentira, ela não deixaria numa boa eu levar o fio de cabelo dele pro laboratório do hospital.

Nisso Anahí tinha que concordar, mas apenas o tempo diria a verdade e tiraria aquela dúvida angustiante.

— Descobriremos isso daqui uns dias, quando o resultado sair. E, se ele for seu filho, saiba que estarei ao seu lado pro que der e vier!

— Aonde você esteve por todos esses anos? - Ele perguntou maravilhado, conseguindo sorrir. - Eu te amo! - Declarou e lhe tascou um beijo apaixonante, que foi interrompido pelo bip do celular. Ele resmungou e de muita má vontade, se afastou dela e pegou o celular. Era uma mensagem de Lívia.

" estou indo pro restaurante, te espero. Beijos."

Ele bufou sem paciência. Ela ainda tinha coragem de mandar beijos. Alfonso olhou o relógio de parede, e viu que passava do meio dia. Estava na hora de ir pro local marcado.

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