Capítulo 5

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P.O.V Anahí

Alfonso está quase me beijando, o rosto dele está há milímetros do meu. Estou me sentindo sem ar, sinto uma corrente elétrica passando por todo meu corpo, estou queimando de calor. Eu nunca fiquei assim por estar prestes a beijar um homem pela primeira vez.

O que esse Herrera está fazendo comigo?

Sinto coisas inexplicáveis perto dele (E olha que o conheci ontem). Já até paramos de dançar, estamos apenas nos olhando profundamente. O resto das pessoas de repente desapareceu. Estamos concentrados um no outro agora, enquanto a música do Ed Sheeran nos envolve.

Até que...

É AGORA!

Alfonso encosta a boca na minha e automaticamente eu fecho os olhos e...

Seus lábios tocam os meus, e me sinto no céu. Me sinto como um foguete sendo lançado ao espaço. Alfonso é carinhoso, cuidadoso e calmo. Ele apertou minha cintura e eu fiquei mais perto ainda dele, eu enrosquei mais os braços em volta de seu pescoço, e o beijo foi se aprofundando. Ele colocou a língua na minha boca e eu dei passagem pra ela entrar. Agora sim esqueci como se respira. Estou em chamas. Suspiro e ele solta um leve gemido. O gosto de Alfonso é maravilhoso. O calor de suas mãos, de sua boca e de sua língua está me enlouquecendo. O beijo que era calmo e lento, agora ganha mais vida, se tornando mais rápido e voraz. Ele esmaga mais ainda seus lábios nos meus e nossas cabeças se movimentam em perfeita sincronia.

Quando terminarmos esse beijo, eu com certeza vou queimar de vergonha. Mas isso não importa agora. Nada mais importa agora. Apenas nós dois e esse beijo maravilhoso, alucinante e gostoso.

Fazemos o beijo durar o máximo que conseguimos, mas o ar se exige e nos separamos lentamente. E como eu imaginava, estou morrendo de vergonha, acho que dá até pra ver o círculo vermelho em minhas bochechas.

Eu o olho. Ele me olha. Ele sorri. Eu sorrio. Não sei o que falar, e ele percebeu e resolve dizer:

— Anahí, você não sabe o quanto eu queria te beijar. Eu tenho que te confessar que desde que te vi ontem, senti algo que nunca senti por mulher nenhuma, você me faz sentir coisas que não sei explicar. - Me arrepiei com essa declaração. Já que ele foi sincero, também serei.

— Também confesso que te desejo.

Tô morrendo de vergonha! Ele sorriu.

— Sabe, eu até desconfiei, você me olha tão intensamente, do mesmo modo que olho pra você. - Sorri. Eu deixei tão na cara assim? - Não precisa ficar com vergonha. Eu gosto de você.

— Eu também gosto de você, Alfonso.

— Se quiser, me chame de Poncho.

— Poncho? - Perguntei confusa.

— Sim. É meu apelido de infância.

— Ata - Sorrio.

O silêncio só não reinou porque estamos na balada, mas nós não falamos mais nada, apenas nos olhamos. E então ele se aproxima...

E novamente eu provo daqueles lábios gostosos. Ele colocou as duas mãos no meu rosto delicadamente e eu coloquei uma mão em seu ombro e a outra enfiei em seus cabelos e fiz um carinho ali. A música do Ed Sheeran acabou e começou a tocar A Thousand Years, da Christina Perri. Só músicas românticas.. Parece que foram escolhidas para nós dois nesse momento. E acho que para Dul, Ucker e May, Koko também, porque não duvido nada que eles estejam se pegando também.

Quando o beijo terminou, Alfonso entrelaçou os dedos das mãos nas minhas e começamos a dançar. Olho no olho. Então me lembrei de algo que tinha esquecido completamente....

Alfonso é meu chefe! Não posso ficar com meu chefe... Eu devo ter feito uma cara bem feia, porque ele perguntou:

— O que foi? - Fez cara de confuso.

— Nada. - Menti.

— Pode falar a verdade pra mim, sei que você pensou em algo não muito bom.

— É que... Você é meu chefe e.. - Ele me interrompe.

— Anahí, não deixe questões de trabalho interferir no que nós viermos a ter. Se o que aconteceu aqui, agora, se aprofundar, não quero que pense que não vai dar certo porque sou seu chefe. Lembre-se: Fora do hospital, sem formalidades e nada relacionado ao trabalho. - Ér.. Ele até que está certo.

— Você tem razão - Dei um leve sorriso e fiz uma pergunta que to doida pra fazer - Alfonso, você quer que o que aconteceu aqui, vá mais fundo?

— Por que não? - Ele sorriu - Eu gosto de você, Annie. Se tiver que acontecer, irá acontecer. - É a primeira vez que ele diz meu apelido. Soa tão bem na voz dele. Eu apenas sorri e continuamos dançando.

Por que estou tão derretida assim?

Eu olhei em meu relógio e vi que já são 01:32. Nossa senhora, como o tempo passou rápido e nem percebi. Também, com esse gostosão me distraindo desse jeito... Eu bocejei baixinho enquanto dançamos. To com sono, droga! Uma vez que fico com sono eu fico meio grogue e se eu não for pra casa agora, vou dormir aqui mesmo na boate. Quando a música acabou eu me separei um pouco dele e disse toda triste:

— Tenho que ir. Tô com sono, e quando fico com sono, fico meio que digamos... Lenta. - Sorri sem graça. Ele sorriu do meu modo sem jeito.

— Que pena, queria passar mais tempo com você.

— Eu também queria ficar com você, mas realmente quando o sono me pega, eu fico grogue e tenho que ir dormir. Então, se eu não quero bater o carro em algum poste e sofrer um acidente, tenho que ir enquanto ainda to raciocinando. - Brinquei e ele riu.

— Ok, então.

— Você vai agora?

— Vou sim, só vou esperar o Ucker e o Koko que provavelmente também estão ocupados com suas amigas. - Sorrimos e olhamos pro lado. Dito e feito... Maite e Koko estão se beijando, e Ucker está falando algo no ouvido da Dul e ela gargalhou. Christian e Angelique estão conversando sentados na mesa que todos nós estavámos antes.

— É, eles estão muito ocupados, mas eu vou agora mesmo pra casa. E se a May e a Dul quiserem ficar com eles, que fiquem então, pois suponho que eles levem elas de volta. - Eu disse.

— Também suponho que eles levem elas - Ele deu um sorriso malicioso e eu ri.

— Bom, eu já vou, vou falar com elas se querem ir, mas tenho certeza de que não vão - Eu sorri.

Eu dei um beijo na bochecha dele. Ele virou o rosto e me deu um beijo na boca que durou por 5 minutos, eu sorri tímida e depois fui em direção as meninas. E como eu imaginava, eles deixarão elas em casa... Hum, safadenhos! Mas, conheço minhas amigas e sei que elas não vão avançar o sinal... Por enquanto.

Depois fui me despedir da Angelique e do Christian, ele sussurrou no meu ouvido: "Eu vi tudo. Quero detalhes depois", rimos e assenti. Quando eu estava prestes a sair da boate, Alfonso veio até mim e me deu outro beijo na boca.. Esse Herrera me mata! Ele disse que já que os meninos iam ficar muito ocupados com elas, ele resolveu ir embora também.

Quatro beijos em uma noite... Nada mau!

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