Capítulo 65

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P.O.V Anahí

Logo chego na casa dos meus pais, e a empregada me atende. Ela me reconhece prontamente e abre caminho para mim. Eu entro segurando a mão de Alana e olho ao redor. Tudo está igual, com a decoração da minha mãe. Assim que penso nela, ela aparece e me vê.

— Oi filhinha! - Ela exclama, animada. Me abraça e eu retribuo, saudosa. Mas noto como ela fica tensa em meus braços.

— Tudo bem, mãe? - Pergunto, estranhando o comportamento dela. Ela olha pra Alana rapidamente e depois desvia o olhar e me lança um sorriso amarelo.

— Claro que sim, meu amor. E você? - Ela ri, parecendo nervosa - E essa princesa, quem é?

— Essa é a Alana mãe, a sua neta. A senhora ainda não a tinha conhecido porque não foi no aniversário dela.

— Ah sim - Ela fala e parece se esforçar pra não gaguejar. O que será que ela tem? Será que se chocou com a semelhante que eu e Alana temos?

— Então ela é sua mamãe? - Alana pergunta, erguendo a cabeça pra me olhar.

— É sim, princesa. Dá um abraço nela - Sorri e Alana olhou pra minha mãe.

Minha mãe a olha tentando sorrir, e abre os braços pra neta. Alana vai até a avó e ambas se abraçam. Eu fico emocionada vendo essa cena... Sou uma boba!

— Oi, vovó. Fico feliz em te conhecer - Alana diz, sorrindo pra minha mãe, mas ela continua em choque.

— Eu também fico muito contente de te ver, lindinha. - Minha mãe acaricia os cabelos de Alana, e posso notar seu nervosismo. - Bem, eu vou avisar a seu pai que vocês chegaram. - Ela sorri pra mim.

— Ok, mas vê se não some, mãe. Volte e fique com a gente.

— Claro que eu volto, meu amor. - Ela dá um breve sorriso e sobe as escadas.

Franzo a testa, tentando entender o comportamento de minha mãe. Será que ela ficou emocionada vendo Alana? Mas se foi isso, a reação dela não seria estranha assim, seria?

Logo esqueço o ocorrido e abro um sorriso de orelha a orelha quando vejo meu pai descendo as escadas devagar. Quando ele desce, me lanço em seus braços, mas sem jogar meu peso nele. O abraço com verdadeiro amor e saudade, e fecho os olhos. Quando abraço meu pai é como se todos os meus problemas sumissem, é como se eu voltasse a ser criança, e me lembro do tempo que minha única preocupação era vir correndo pro colo dele com o joelho machucado, por estar aprendendo a andar de bicicleta.

— Que saudade, pai. - Falo em seu ouvido e sorrio.

— E eu então, meu amor, estava que não me aguentava de saudade. - Saímos do abraço e sinto a necessidade de dizer:

— Me desculpe por estar tão ausente pai, por estar sendo uma péssima filha... - Ele me interrompeu:

— Não diga isso, meu amor. Eu entendo que você tem a sua própria vida e agora tem uma filha - Ele sorri - Está tudo bem.

— Então não está chateado comigo? - Ele nega.

— De maneira nenhuma, filha. - Ele sorri e eu suspiro aliviada. - Cadê a princesa do vovô? - Ele sorri e olha pra Alana.

— Eu tô aquiiiii! - Alana exclama animada e vai abraça-lo. A adverti que não pode se jogar em cima dele, e felizmente ela obedeceu. 

Ficamos mais alguns minutos nos abraçando, mas minha mãe continuou com uma cara nada boa. Quando olhei o relógio, já era hora do almoço. Mandei Alana ir lavar as mãos e uma empregada foi com ela. Mas fiz isso para despistá-la. Tenho que contar sobre meu término com Alfonso e não quero que ela escute. Quando ela sumiu de nossas vistas, olhei para meus pais. Minha mãe pareceu relaxar o semblante assim que Alana se foi.

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