Capítulo 44

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P.O.V Alfonso

Depois da conversa com Peter, fui para meu quarto. Mas paro na porta com a visão privilegiada que tenho de Anahí. Ela está deitada de bruços, dormindo. Usa uma camisola azul bebê que mostra suas pernas, belas coxas e... Sua calcinha preta. Minha excitação sobe na hora e me aproximo dela, e acaricio seu cabelo. Como pode ser tão linda por dentro e por fora? Por fim, decido acordá-la. O que não vai ser difícil, pois ela tem sono leve. Não vou conseguir dormir passando vontade de tê-la. Beijo seu pescoço e aliso sua costa, e ouço um suspiro juntamente com um resmungo e sorrio vendo que já a acordei.

— Que horas são, Alfonso? - Pergunta com voz rouca, de mau humor.

— Quase uma da manhã. - Respondo beijando sua nuca.

— E por que diabos você me acorda a uma da manhã? Tá ficando maluco? - Eu rio - Tá rindo do que, idiota?

— De ti! - Sorrio -  E eu sou maluco por você - Ela revira os olhos - Amor, eu quero você. - Falo dengoso e beijo o vão de seus seios, que pra minha sorte, estão sem o sutiã. Ela suspira.

—Pois vai ficar querendo! Isso é hora pra me querer? - Pergunta, debochada. - Eu tô com sono! - Resmunga, exasperada.

— Eu quero você a todo momento, amor. - Confesso.

— Ah, que bonitinho! - Debocha - Mas agora não dá. Eu quero dormir! - Calo sua boca com um beijo caloroso que no começo ela não corresponde, mas logo se rende.

— Quer ver como agora dá sim? - Sorri safado, com a boca colada na dela - Depois você dorme... - Levo uma mão até sua calcinha, enfio os dedos dentro da peça e começo a acariciar o clitóris. Anahí suspira - Me diz, amor, você fez de propósito? - Pergunto, olhando seus olhos.

— O quê? - Murmura, e solta um gemido tímido.

— Você sabe que minha cor preferida é preto, e sabe também que tenho uma tara por suas lingeries pretas... - Enfio dois dedos em sua entrada e Annie controla um grito - Fez de propósito, pequena?

— Não! - Responde num fio de voz e eu sorrio vendo o que estou lhe causando.

— Você ainda prefere dormir? - Sussurrei no ouvido dela e pude sentir seu olhar sobre mim como se dissesse "Cretino!" - Se não responder, eu vou parar, pequena.

— Não! Não prefiro dormir, cretino! - Eu rio e a beijo, penetrando os dedos nela.

Instantes depois tiro apressado minhas roupas e a camisola dela, e ficamos nús. Continuo beijando-a enquanto a penetro com os dedos num ritmo frenético, até que um orgasmo fortíssimo a invade. Fico em cima dela e a acomodo melhor na cama. Me meto dentro dela e, vou devagarzinho enquanto ela se contorce satisfeita. De repente ela me dá um tapa no traseiro.

— O que foi, pequena? - Pergunto, sorrindo.

— Vai mais rápido! - Pede sussurrando, de olhos fechados.

Sorrio e a preencho de uma só vez. Annie solta um grito controlado (obviamente por causa das crianças) e solto um gemido, enquanto entro e
saio várias vezes e sinto como se não tivesse lugar melhor no mundo pra eu ficar. Minha respiração se acelera e meu prazer cresce agressivamente. Vou aumentando o ritmo e a como com fúria. Nós dois gememos. A agarro pelos ombros e saio dela lentamente, e logo após me enfio todo de novo. Essa mulher me deixa louco! Tenho certeza que já não posso viver sem Anahí.

Annie controla os gemidos altos e eu a ajudo, tomando sua boca. A seguro pelos quadris e começo a bombardeá-la num ritmo enlouquecido e ela me pressiona por dentro. Vício. Anahí é meu vício. Uma droga que preciso consumir para viver.

— Eu te amo! - Declarei olhando-a nos olhos quando chegamos juntos ao orgasmo.

— Eu te amo! - Repetiu sussurrando, extasiada.

Depois de alguns minutos de carinho e beijos, adormecemos.

P.O.V Anahí

De manhã, acordo de super bom humor (vocês já devem saber o por quê). Ainda no quarto, perguntei a Alfonso como foi a conversa com Peter. Ele não deu muitos detalhes nem disse do que se tratava a conversa, apenas garantiu que o menino iria voltar ao normal com seu comportamento. Não compreendi direito, porém deixei pra lá. Mas então, no café da manhã, quando estávamos todos a mesa, entendi tudo quando Peter pediu desculpas a mim e a Alana.

— Eu queria falar com vocês duas. - Peter se pronunciou na mesa de repente. Minha primeira reação foi surpresa, e não consegui esconder. Eu e Alana olhamos pra ele, confusas. Vi Alfonso piscar o olho para Peter com um de sorriso de canto, parecendo um incentivo.

— O que foi, Peter? - Perguntei, olhando-o.

— Bom, eu queria pedir desculpas a vocês duas pelo meu comportamento de ultimamente. Vocês não mereciam, sempre são tão legais comigo, e eu fui ingrato. - Ele nos olha e consigo ver a sinceridade em seus olhos.

De repente eu volto para meses atrás, quando eu e Alana nos conhecemos e ela foi mal criada comigo. Me lembrei dela me pedindo desculpas, com os olhos sinceros. Não sei por quê, mas senti emoção com as palavras de Peter. Por que eu não o perdoaria? Alfonso conversou com ele e finalmente se deu conta de seu erro, e eu sei que foi a Lívia que enfiou minhocas na cabeça dele. Por fim, sorrio e digo:

— Claro que te perdoou, querido. - Sorri e o vi suspirar, aliviado - Todos nós temos o direito de errar, perdoar e ser perdoado. O importante é que você se deu conta do seu erro e agora se redimiu. - Alana me interrompe...

— Exatamente. - Assente, e sem poder controlar, sorrio de sua fofura - Eu também te desculpo Peter! Só não faça isso de novo, ok?

— Ok! - Ele confirma, sorridente - Não vai mais acontecer. Prometo.

— Mas por que você ficou daquele jeito com a gente? - Alana perguntou, e eu fiquei interessada pela resposta, embora eu saiba a resposta e acho que ele não vai responder. Peter olhou para Alfonso como se pedisse ajuda, e Poncho se pronunciou:

— Vamos esquecer isso, sim? O que passou, passou. - Alfonso safou o Peter. Isso só confirma que foi Lívia que fez isso com ele, e obviamente, Alana não pode saber disso.

— Ok! - Alana aceitou, dando de ombros. - Então você vai voltar a brincar comigo e com a Mel, né Peter? - Perguntou comendo cereal, os olhos brilhando.

— Claro que sim! - Respondeu sorrindo, tomando suco.

Peter e Alfonso trocaram um olhar cúmplice, dava pra ver como Alfonso estava orgulhoso da atitude do filho. Minutos depois, terminamos o café e as crianças voltam para os quartos colocar uma roupa para irem à escola, e Alfonso levará Peter para a jararaca da Lívia na hora da saída do colégio. Eu e meu moreno ficamos na sala esperando-os. Depois do ocorrido com Joshy, Alfonso não me deixa ir pro hospital sozinha de jeito nenhum. Até pensou em colocar seguranças perto de mim, mas eu bati o pé e disse que não.

Algumas horas depois, quando estou saindo do hospital para almoçar, Alfonso volta da casa de Lívia após ter entregue Peter, e reparo uma marca de batom em sua roupa. Fico incomodada, mas decido não dizer nada. Confio em Alfonso.

Mas é difícil continuar confiando, quando, já a noite, em casa, vejo outra camisa dele com batom. Batom que com certeza não é meu. O meu dia que começou comigo de bom humor, terminou com muito mau humor.

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