Capítulo 32

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P.O.V Alfonso

Abri os exames e rapidamente procurei o resultado, e senti que meu coração ia parar quando vi...

Peter é meu filho!

Não posso acreditar... Não posso! Por que Lívia fez isso comigo? Ela não tinha direito algum de aparecer quase 10 anos depois e falar que tenho um filho. Fico super mal em saber que não sabia da existência de um filho meu por 7 anos. Perdi todos esses anos de sua vida, e tudo por culpa de Lívia! Mas agora tenho que deixar a raiva que estou sentindo dela de lado, e focar em como vou dizer isso pra Peter e pra Alana... Espero que ela entenda que independente de qualquer coisa, ela pra sempre será o amor da minha vida.

Não pode ser... - Sussurrei olhando fixamente o resultado e Anahí apertou meu ombro, mostrando apoio.

Fica calmo, amor. - Ela disse.

Será que esse exame não está errado? Pode ser que tenha dado erro... - Perguntei olhando pra ela.

Uma esperança desse menino não ser meu me atingiu. Eu não quero ter que olhar pro meu próprio filho e não sentir nada por ele. No fundo não quero aceitar que eu seja pai dele. Meu coração diz que esses exames estão errados.

Impossível! - Annie respondeu - Exames de DNA não falham.

Assenti e voltei a olhar os exames sem acreditar. O jeito é me conformar e contar a verdade pro Peter e pra Alana, mas não sei como fazer isso. Saímos do laboratório e levei o envelope comigo. Me despedi da Annie com um beijo e cada um foi pra sua sala, embora eu tenha certeza de que não vou conseguir trabalhar hoje. Peguei o celular e liguei para a Lívia.

Alô - Ela atendeu. - E , viu o resultado? - Perguntou e pude imaginar um sorriso debochado se formando em seus lábios.

Sim - Respondi seco - Quero ver Peter no domingo pra contar pra ele que sou o pai dele e até você vai prepará-lo e deixar bem claro que se ele não teve pai todos esses anos a culpa foi toda sua, entendeu?

Ai, não fala assim comigo - Revirei os olhos. - Está bem, onde vai ser?

Então eu marquei em um parque e falei que levarei Alana. Terei que prepará-la e estou com medo da reação dela, mas não tem outro jeito. Eu trabalhei a força o resto do dia, totalmente aéreo, sem conseguir parar de pensar no que acabei de descobrir. Mas assim que deu meu horário, fui embora com Anahí pra casa. Eu disse a ela que vou contar hoje mesmo pra Alana que ela tem um irmão. Eu sei que é precipitado, mas se eu ficar adiando vai ser pior e vou ter que contar de qualquer maneira, então que seja agora, antes que eu perca a droga da coragem.

Quando cheguei na mansão, estacionei o veículo e sai de dentro do mesmo, peguei na mão de Annie e subimos direto pro quarto de Alana, ela com certeza está lá. Dito e feito, assim que cheguei no quarto a encontrei no chão brincando com algumas bonecas e com Mel. Ela me viu e veio me abraçar, e Mel correu junto. Tenho que confessar que essa cadela me ganha a cada dia que passa, ela cresceu bastante essas últimas semanas e não dá tanto trabalho assim. Depois fez o mesmo com Annie e eu disse:

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