Camren: Five Years Without You

Seria Esse o Fim?

Ou Apenas um Novo Começo?

Hey pessoal, como vocês estão? Resolvi não fazer esse cap assim, mas se tiverem dúvidas ou quiserem algo é só pedir ;)

Bom, a história realmente chegou em seu fim, mas como disse, pode ser apenas um novo começo, queria agradecer por todos os comentários, as curtidas e cada compartilhamento. Sem vocês isso não seria real, muito menos verdadeiro.

Muitos me perguntaram se eu faria uma continuação ou coisa parecida, mas não, acredito que esta história ja tem seu ápice e que é perfeita deste modo.

Aproveitem esse último cap, assistam o vídeo ou coloquem a música para tocar e comecem a ler, é muito importante te-la para dar o ar que quero que vocês sintam, prestem atenção na letra e a utilizem para juntar ao enredo da nossa maravilhosa história.

Xoxo

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"Não chore por eu ter partido, fique feliz por eu ter vindo".

Essas foram suas últimas palavras antes de me abandonar outra vez, ela sabia que eu ficaria numa situação difícil e que eu provavelmente não aguentaria e mesmo sofrendo, mesmo sangrando em meus braços e se afogando em sua própria dor, ela se preocupou comigo e em como eu ficaria, em como eu me sentiria com ela indo embora outra vez, porém desta vez, para sempre.

Ainda me lembro do vulto do assassino mascarado se distanciando sem se importar com a minha dor, sem se importar com a minha mulher jogada naquela rua. Eu nem pude dizer que a amava, na nossa última conversa eu havia a mandado embora, num surto de raiva mandei minha mulher para o que seria seu fim sem ao menos perceber...

Mataram a minha vida, a arrancaram de mim sem me dar chances de evitar, de impedir e fazer com que aquela maldita bala tivesse me atingido em vez dela.

Eu segurava seu corpo tão colado ao meu que parecia que ela iria entrar dentro de mim, seu sangue molhava toda a minha blusa e seus olhos abertos seguiam sem vida, opacos enquanto refletiam a noite estrelada.

Meu grito de desespero foi ouvido por todo o quarteirão e eu não saia de perto dela, não queria deixá-la ir.

Hoje faz cinco anos que o maldito assalto aconteceu, cinco anos que minha mulher não esta mais comigo.

Eu adoraria ir visitar seu túmulo onde fiz questão de colocar as coisas que ela mais gostava, mas eu não posso sair dessa cadeira. Quando a idade chega a gente não pode mais depender nem do próprio corpo e eu me encontrava presa, mas aceitando o destino que me acompanhava.

Nossos símbolos do yin yang estavam apertados em minhas mãos como se de algum modo eu conseguisse te-la de volta outra vez, como se isso fosse trazê-la de volta para mim...

Nossa casa na praia parecia tão vazia só com as ondas quebrando do lado de fora. Camila sempre reclamava da quantidade de areia que adentrava em nossa sala, ou de quando chovia e ficava quase impossível sair. Mas mesmo odiando areia, ela escolheu nossa casa no nosso lugar favorito, bem ao lado da grande rocha onde me pediu de volta em namoro e onde consequentemente nos casamos cinco anos depois.

- Tia Lo?

Ouvi a voz de Mel na porta do quarto, chamando com o tom preocupado

- Oi, pequena.