Capítulo 2

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- Espera... – Ela o olhou. – Me deixa ao menos falar?

Ela assentiu e ele respirou fundo procurando as palavras certas pra dizer para aquela menina que estava em sua cama.

Maria se sentou na cama e se tapou com o lençol e esperou pela resposta dele.

- Maria... Eu... Como eu vou dizer o que eu não sei, eu gosto de você, gosto de estar com você mais nos temos uma grande diferença de idade e isso na sociedade não é vista com bons olhos. Você é uma menina linda e precisa estar com alguém da sua idade.

- Esta me dispensando depois de me comer?

- Não entenda errado Maria.

Ela levantou da cama e começou a se vestir, desceu e pegou sua blusa e vestiu, ele veio atrás dela e a segurou.

- Para e me escuta!

- Eu já entendi Victoriano e não vou ficar aqui se você só me quer pra foder, eu tenho sentimentos e percebi que você não quer nada mais que transar!

Ela se soltou dele e pegando sua bolsa saiu batendo porta, Victoriano passou as mãos no rosto e cabelo e foi até do lado de fora pra falar com ela, mas ela já havia ido embora.

Maria saiu em seu carro furiosa queria matar um como pode ser tão estúpida e se deixar levar por ele. Minutos depois ela chegou em casa soltando fogo pelas orelhas e deu de cara com o pai.

- Onde estava? - A olhou serio, tinha o maior cuidado do mundo com a filha.

- Estava fazendo umas coisas da faculdade papai. - o beijo.

- O que está aprontando? Eu te conheço Maria. - Levou as mãos ao bolso da calça.

- Papai eu não estou aprontando nada, eu posso ir para o meu quarto?

Ele foi até ela e a abraçou forte.

- Sabe que você é o meu orgulho Maria não me decepcione meu amor!

- Não vou papai. - Se sentiu estranha.

- Agora vá se aprontar que eu e sua mãe te esperamos pro café da tarde.

Maria assentiu e soltou dele, foi para o quarto tomou um banho ainda sentindo os lábios de Victoriano em seus seios, suspirou e tentou esquecer. Voltou pra sala minutos depois e tomou café com seus pais e conversaram sobre bastante coisas.

...

Maria naquela noite saiu com sua fiel amiga Julia, dançaram se divertiram e aprontaram muito, as cinco da manhã ela entrou em casa no mais completo silêncio para que os pais não a vissem.

...

08:00 DA MANHÃ...

Maria acordou com o celular despertando e quando viu a hora pulou no mesmo momento da cama, a cabeça girou e ela correu para o banho, havia perdido dois períodos de aula.

Duchou-se  e vestiu uma roupa confortável e saiu correndo de casa, passou pela mesa de café pegando somente uma maçã.

Vinte minutos depois ela estacionou e entrou correndo, bateu na porta e entrou pedindo desculpas pelo atraso, o professor pediu que ela se sentasse.

Não demorou muito e a aula terminou, Maria precisava de um café e foi para a lanchonete. Ao se sentar logo foi abordada por um dos alunos do time de futebol americano um dos mais populares da faculdade.

- Oi Maria. - Sorriu.

- Oi. - Sorriu de volta.

- Podemos conversar? Sei que não nos conhecemos mais eu te vejo todos os dois aqui com sua amiga e hoje eu tomei coragem pra falar com você. - Falou um pouco tímido.

Apesar de mais popular da faculdade Geraldo era um pouco mais reservado que os outros em se tratando de chegar em uma garota, na maioria das vezes quem mesmo chegava nele era as garotas facilitando assim seu trabalho.

Maria sorriu pelo jeito tímido dele e ficou de lado o olhando.

- Geraldo Salgado o garoto mais popular da faculdade, esta aqui tímido da minha frente. - Sorriu. - Eu não posso negar adorei seu jeito.

Os dois engataram a conversar mais logo ela voltou a aula, Victoriano tentou falar com ela nesse dia mais ela não deu nenhuma atenção a ela.

A semana foi passando e com ela, Maria e Geraldo se tornavam melhores amigos, Victoriano passou toda aquela semana tentando falar com ela mais não conseguiu, sempre que tentava ela estava acompanhada de Geraldo e ela o provocava sempre.

Maria estava de aula vaga assim como Geraldo e os dois estavam no gramado da faculdade, riam enquanto comiam um lanche.

- Maria eu gosto de você! - Ela o olhou.

- eu também gosto de você! - Sorriu.

Ele foi atrevido e colocou uma mexa do cabelo dela atrás da orelha se aproximando mais.

- Eu gosto de você de verdade Maria e quero ficar com você!

Maria não teve chance de resposta, ele a beijou e ela não viu mal algum em retribuir aquele beijo, mas o que ela não contava era que Victoriano da sala dos professores iria ver aquela cena.

Victoriano sentiu o ar faltar e num impulso saiu da sala e desceu indo até o jardim, parou no meio do caminho antes de chegar se arrependeu,  o que um homem de quarenta anos iria oferecem a uma menina? Amor?

Ele ficou olhando ali parado, o beijo não durou muito e Maria o afastou.

- Isso não pode acontecer. - Ela falou sentindo o ar faltar.

- Por quê? Se nós somos solteiros e nada nos impede.

- Eu não. - Ela olhou pra frente e viu Victoriano. - Mas a gente  pode tentar.

Maria o beijou novamente em afronta a Victoriano e mostrando que se ele não a queria tinha quem a queria sim. Quando o beijo acabou ela olhou na direção em que ele estava e não o viu mais.

- Eu preciso ir, podemos nos ver amanhã?

- Claro minha princesa.

Ela sorriu e levantou apressada indo para a sala, pegou seu material e saiu, mas ao passar por uma das salas foi puxada bruscamente pelo braço, ia gritar mais ele tapou a boca dela, fechou a porta e a encostou nela soltando sua boca.

- Esta louco?

- Porque me provoca assim?

- Eu não te provoco, me solta! - Tentou sair.

- Me provoca sim, fica beijando aquele moleque Onde ou possa ver! Acha bonito isso?

- Esta com ciúmes? - Ela riu.

- E se tiver?

- Eu não acredito! Porque você não sabe o que quer!

- Eu sei o que quero. - Apertou um pouco ela com seu corpo.

- E o que você quer Victoriano?

- Eu quero você Maria!

Continua!

Deshazte de Mi - Volví a tu mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora