Capítulo 22

353 46 16
                                    


Maria o olhou e não aguentou, levantou e pegou sua bolsa.

- Vocês homens nunca entendem nada! Sabe te olhando agora eu me pergunto no meio dessa sua desordem toda você chegou a me trair Victoriano? Você traiu o nosso amor? – Victoriano arregalou os olhos com aquela pergunta e Maria esperou...

Maria esperou a resposta, estava com medo do que poderia ouvir ali naquele momento, mas era melhor ouvir agora do que depois, tinha tanto medo da resposta que sentiu o corpo tremer. Ele levantou no mesmo momento e a segurou pelo braço sem machucar e a trouxe bem próximo de seu corpo.

- Olhe bem nos meus olhos Maria. – Ela o olhou. – Acha mesmo que eu poderia trair a única mulher que eu amei e amo? – Ela se soltou dele e bateu em seu peito chorosa.

- Eu te odeio. – Chorou. – Você tinha que ser o homem perfeito pra mim e ao contrario disso você foi o pior e quando eu mais precisei de você, você não estava lá. Não estava. – Bateu nele de novo e saiu dali.

Maria saiu correndo em lagrimas e do lado de fora a chuva caiu e caiu muito forte a fazendo se molhar de imediato mais ela não se importou somente queria sair dali, sofria por ele e sofria sem ele. Amava tanto Victoriano que chegava a doer em seu peito, seria tão fácil esquecer e seguir em frente mais ela não podia não enquanto ele não provasse que realmente estava mudado e que de verdade não seria mais como antes.

O táxi parou mais ela não conseguiu entrar, pois uma mão a impediu de entrar e ela virou batendo no peito dele, Victoriano a segurou junto a seu corpo e a olhou firme nos olhos, ali ela poderia ver toda a verdade dele a verdade que ele não era capaz de dizer com os lábios. Maria sentiu a respiração dele agitada e o rosto molhado com a chuva o deixava com um brilho ainda mais lindo.

- Eu te amo, eu te amo e sou um babaca. – Se repetia. – Me perdoa, eu quero ser um homem melhor para você e nossa filha, Maria, não a vida sem vocês duas e eu não vou descansar ate provar que eu sou um homem melhor do que fui há meses atrás! – Tocou o rosto dela. – Eu te amo!

Ela soluçou o olhando nos olhos, era mais forte que ela, era mais forte que qualquer coisa o amor que ela sentia por ele e ele por ela. Estavam emaranhados em uma teia de sentimentos.

Ele sentia culpa por ter deixado a mulher que amava ir embora, não se perdoava e estava destinado a passar o resto de sua vida mudando esses meses todos em que ele foi um completo babaca ignorante. Era dor, rancor mais acima de tudo era amor e um amor tão puro que era capaz de esquecer todo o resto é somente amar...

- Me dê uma única chance Maria, só uma e eu não vou te defraudar, eu te amo e nunca na minha vida que eu iria colocar outra no seu lugar. - A chuva caia e os lábios dela já estava ficando roxo de frio. - Eu errei em não te procurar, mas eu naquele momento não era homem pra você! - Suspirou. - Eu era um merda, um bundão como seu pai mesmo diz, eu cai nas armadilhas dele e deixei você ir meu amor, mas agora eu estou aqui como o homem que você conheceu e até melhor Maria. Melhor pra você!

Maria apenas o olhava, ela o queria, ela o amava tanto mais ainda estava com medo de ter mais uma vez seus sonhos de amor destruído e o pior por ele mesmo ou agora por ela, não é fácil voltar a confiar quando se tem seu coração destruído por alguém, pode ser a coisa mais boba do mundo ou algo grave muitas vezes.

Ali de frente para o homem que ela sempre amou Maria teve medo de voltar e na primeira briga ela jogar na cara dele como ele foi fraco e a deixou ir e ela não queria isso, ela queria ser inteira para o seu amor e ali diante dos olhos angustiados de Victoriano, Maria tomou a sua decisão.

- Victoriano, eu te amo! - Tocou o rosto dele. - É por te amar tanto é que eu tomei essa decisão aqui e agora! - Ele ficou apreensivo. - Eu te quero na minha vida, te quero muito, mas você se desfez de mim e eu estou aqui podendo cair novamente em teus braços e nas suas mentiras. -Ele tentou argumentar mais ela não deixou. - Eu quero te dar uma chance e essa será a última que darei a você! - Ele sorriu.

- E eu vou aproveitar meu amor! Você não vai se arrepender de me dar essa chance. Não vai! - Sorriu bobo. - Eu te farei a mulher mais feliz desse mundo e para sempre eu serei o melhor dos homens para você e para nossa pequena Julia.

Maria sorriu e acreditou nas palavras dele e o beijou com todo seu amor, beijou matando a saudades de todos aqueles meses em que estiveram longe. Victoriano a apertou em seus braços e desfrutou dos lábios de seu amor e a sentiu tremer mais não era de excitação e sim de frio e ele a soltou rindo.

- É melhor nos irmos para casa! – Ele se agarrou nela.

- Me leva para minha casa! – Ele beijou os cabelos dela.

Maria tremia os lábios o vestido começou a pesar e ela mal conseguia andar de tão molhada que estava à noite estava fria e ele a conduziu para o carro, mas antes de ir ele a beijou na boca e mais uma vez declarou todo seu amor por ela. Eles dirigiram com calma, pois a chuva estava muito forte e ele precisava ter calma.

Eles foram o caminho todo conversando sobre Julia e todos os meses em que ele esteve ausente, Maria contou e explicou a ele que tinha tirado muitas fotos dela e também tinha alguns vídeos e que se ele quisesse ela mostraria a ele já que o jantar tinha sido um fracasso total.

Meia hora depois ele parou o carro frente a casa dela e a chuva já estava menos intensa e ele desceu e abriu a porta do carro para ela que tremia de frio mesmo com o ar quente que ele ligou para ela, ela desceu e eles se encaminharam ate a porta rapidamente e quando ela abriu a porta arregalou os olhos com a cena que viu.

Marcos segurava Abigail pela cintura para que ela não avançasse em Dulce que estava com Julia nos braços assustada com toda aquela cena...

- O que é isso? – Maria perguntou assustada.

Abigail estava com o rosto vermelho de raiva, aquela velha safada tinha passado de os limites. Ela olhou a filha e falou com ódio.

- Leva essa velha desgraçada da minha casa ou eu mato ela, desgraçada! Desgraçada! – Esbravejou. – Não tem respeito pela casa dos outros e nem pela neta que esta ai no colo dela. Desgraçada.

- Amor, por favor, calma! – Marcos a segurava firme em seus braços mais com cuidado para não machucar ela.

- Mãe, calma o que ela fez? – Maria se aproximou mais dela.

- Ela sentou no colo do seu pai! – Gritou e os dois olharam diretamente para Dulce.

Continua!

Deshazte de Mi - Volví a tu mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora