Capítulo 30

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Nem sempre o que chamamos de amor é amor de verdade, as vezes é apenas uma fagulha, um momento em que dá e passa mais não é real...


DOIS ANOS DEPOIS...

Era dois anos de pura felicidade para Maria e Victoriano que viam os filhos crescerem lindos e saudáveis. Maria conseguiu terminar sua faculdade de biologia e agora dava aula em universidades, o casamento estava mais que perfeito para eles e ate os pais deles estavam se dando bem, mas nem sempre já que Abigail e Dulce sempre que podiam se gladeavam por seus maridos o que causava muitas risadas em todos.

[...]

Sexta feira...

Maria acordou um tanto atrasada naquela manhã e correu para vestir os filhos e depois a si mesma enquanto Victoriano dava o café a eles sorrindo e brincando pelo modo como ela corria. Era dia de ela os levar para a creche e mesmo ele insistindo para que deixasse para ele levar, ela não quis era a manhã dela com os filhos e não abriu mão.

Maria desceu as escadas quase que correndo com a bolsa das crianças em uma mão e a dela na outra junto com sua pasta de planejamento de aula, ela engoliu uma xícara de café quase que se queimando e apressou a eles e depois de os prender em suas cadeirinhas ela lembrou do telefone e voltou para dentro de casa e voltou correndo passando por Victoriano e apenas dizendo:

- Amor te vejo mais tarde... – ele riu do afobamento dela e a puxou para ele e a beijou na boca.

Era um beijo de amor pra ela que se deixou levar e o agarrou contra seu corpo e mordeu seus lábios mais logo o soltou suspirando.

- Eu amo você! – falaram juntos como um mantra e ela se soltou seguindo seu rumo.

Maria depois de deixar as crianças na creche e as encher de beijo ela seguiu para a faculdade e cumpriu seu primeiro período de aula e quando sentou na sala dos professores para revisar algumas provas percebeu que tinha esquecido em cima da mesa de seu escritório, olhou seu relógio e tinha quarenta minutos ainda ate a próxima aula e levantou pegando a chave de seu carro e foi rumo a sua residência.

Foram dez minutos em que ela sentiu em seu peito algo diferente e quando parou frente a sua casa olhou aquele lugar onde vivia a tão pouco tempo mais podia chamar de lar, sorriu e desceu do carro e caminho ate a porta, pegou sua chave e girou na maçaneta achando estranho estar aberta e entrou.

Ao entrar ela ouviu risadas vindo da sala e estranhou as empregadas chegariam bem mais tarde naquele dia e Victoriano estava na faculdade também, bom assim ela pensava quando pegou um objeto e caminhou ate a sala e o que seus olhos viram e seus ouvidos ouviram a partiram ao meio.

- Tem certeza que sua mulher não vai chegar Victoriano? – a jovem, sim a jovem tinha a saia levantada ate a cintura e a blusa aberta enquanto ele chupava o seio dela.

- Ela não vai... – gemeu tratando de abrir as calças.

Maria sentiu seu mundo ruir e as mãos tremerem e ela tacou o objeto na parede arrancando seus saltos e pulando pelo sofá mesmo distribuindo socos e pontapés em ambos, ela cegou e socou tanto a cara daquela garota que quando Victoriano a tirou de cima dela, ela sangrava e chorava.

Maria se debateu nos braços dele e rasgou seu pescoço o fazendo gritar e solta-la. Maria se virou para ele e sentou mais três tapas em sua face chorando de ódio.

- Desgraçado... – a voz saiu rasgando pela garganta dela que se virou pra bater mais na garota. – Eu vou te matar! A se vou sua puta.

- Para com isso Maria, para agora! – segurou ela novamente em seus braços e a garota se arrastou saindo dali quase nua, pois as roupas Maria havia rasgado.

Victoriano ao ver que ela tinha ido a soltou no sofá quase que a jogando ali. Maria o olhou chorando sentindo que a vida não tinha mais sentido.

- Por quê? – o questionou.

Ele passou a mão no pescoço sentindo arder e logo olhou a mão que estava com sangue.

- Por quê? – gritou com ele e ficou de pé. – O que te faltou? O que?

- Não a uma justificativa Maria, eu... só aconteceu! – Maria voltou a estapear ele arranhando onde podia ate que ele a conteve em seus braços e ficaram um olhando nos olhos do outro.

- Eu te odeio! Eu te odeio mais que tudo nessa vida e quero que saia da minha casa.

Victoriano não sabia como tinha se deixado envolver por aquela mulher mais agora era tarde e ele estava ali diante de seu fracasso como homem.

- Essa casa é minha Maria e é você quem tem que sair! – ela o olhou ali não era o seu Victoriano, não era.

- O que? – ela pareceu não acreditar que o homem que ela mais amou em sua vida estava fazendo aquilo com ela.

- Eu quero que saia de minha casa e nem pense que vai levar os meus filhos! Eles ficam... – Maria sentiu seu corpo todo tremer e o empurrou com toda a força de seu ser e se afastou dele.

- Meus filhos! Você não é digno deles e nem de mim, se tornou novamente aquele velho Victoriano e eu não sei como... – passou as mãos nos cabelos. – Hoje de manhã foi uma farsa?

- Eu não quero mais esse casamento e não sabia como falar com você!

Maria olhou em volta e tudo que encontrou tacou nele que se defendeu como pode e ela gritou.

- Eu não acredito que eu cai novamente em sua mentira Victoriano! Mas com meus filhos você não vai ficar e hoje foi o ultimo dia que você os viu Victoriano.

Ela saiu correndo dali com sua chave na mão descalça e quase que sem rumo, ela entrou em seu carro e o viu ficar para trás em seu retrovisor e acelerou iria pegar os filhos na escola e sumir no mundo sem deixar rastros. Mas o destino é traiçoeiro e o desespero de Maria não a deixou ver que ultrapassava uma via perigosa e que ali ela deixaria de respirar com o impacto em que o caminhão acertou seu carro e ela voou pelo pára-brisa de seu carro caindo no chão já sem vida...

Victoriano que vinha num carro atrás viu toda aquela cena e seu coração quase parou e ele pulou do carro percebendo ali que tinha feito a pior merda de sua vida e correu ate sua mulher que não tinha mais vida e ele deu um único grito de desespero...

- MARIAAAAAAAAAAA

E com esse grito os dois despertaram na cama e ela o olhou assustada e Victoriano chorava quando agarrou o corpo de seu amor ali com o coração acelerado sem entender nada do que se passava e apenas o recebeu em seus braços que tremia.

- Me perdoa! Me perdoa eu nunca vou fazer isso. – ele estava desesperado.

- Meu amor fica calmo... eu to aqui, só foi um mal sonho! – ele a olhou com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu amo você muito, muito mesmo! – ele tomou os lábios dela queria ter a certeza que ela estava viva e que aquele era somente um sonho ruim.

Maria o beijo com todo seu amor e logo o abraçou deixando que ele se acalmasse ouvindo seu coração, ela se deitou com ele que continuava com a cabeça em seu peito e ela como estava exausta com a rotina dos filhos adormeceu enquanto Victoriano velou seu sono a noite inteira com medo de dormir e a perder novamente...




Lembrando que matar da cadeia... kkkkkkkkkkk

Deshazte de Mi - Volví a tu mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora