Capítulo 18

448 46 13
                                    

- Maria, precisamos conversar e daqui não saiu sem falar com você! – O coração dela disparou de imediato.

Maria virou e eles ficaram tão próximos que a pequena Julia e suas mãozinhas espertas tocou na roupa dele o puxando. Victoriano olhou a filha pela primeira vez e se arrependeu amargamente por toda merda que havia feito e sem pensar a tomou em seus braços e a beijou sentindo seu cheiro.

- Oi filha. - Ele a olhou era tão linda.

Victoriano sorriu ela era tão linda e uma mistura dos dois, Julia sorriu e tocou o bigode dele, Maria olhava os dois e seu coração seguia num ritmo alterado e ela não sabia como conversar com ele. Ele a olhou.

- Podemos conversar? - Tocou a mão dela e beijou.

Maria iria falar mais nesse momento Geraldo chegou e a abraçou beijando seu rosto logo em seguida pegou Julia que se jogou nos braços dele e ele a beijou muito a fazendo gargalhar.

Victoriano analisou a cena e percebeu que ele via a filha dele seguidamente e algo dentro dele o alertou...

- Estou atrasado mais consegui chegar! - Sorriu com a pequena nos braços.

Maria sorriu sem jeito e ele olhou Victoriano.

- Me desculpe pegar ela assim de seus braços mais é que quando eu você essa gorducha, eu não resisto e tenho que beijar e apertar ela muito. - A beijava enquanto falava.

- Geraldo você pode ficar um pouquinho com ela enquanto eu falo com ele? - Ele assentiu confirmando. - Qualquer coisa de ela a minha mãe. - Sorriu.

- Pode ir tranquila Mari, eu fico com ela sabe que ela me adora. - Maria sorriu e depois de beijar a filha foi com Victoriano até o escritório.

Ela entrou primeiro e foi até a mesa a dedilhou antes de virar e o olhar, ela virou e o olhou nos olhos a porta já estava fechada e ele a analisava.

- O que quer? - Falou por fim.

- Você e nossa filha de volta! - Foi direto.

Ela sorriu sem alegria e o encarou bem.

- Acho que já é muito tarde não? - Ele se aproximou. - Tarde pra tudo, você pode ser o pai da minha filha somente isso Victoriano. - Cruzou os braços. - Não pense que depois desses seis meses você vai voltar e eu vou te receber de braços abertos porque eu não vou! Você quer ter contato com Julia? Ótimo mais não crie ilusões a nossa história acabou por sua causa e por conta de sua cachaça. - Respirou. - Seremos pais de Julia somente.

- Eu não vou desistir de você! - Ela se afastou dele.

- Problema é seu Victoriano! Eu tenho alguém na minha vida já. - Mentiu.

Victoriano sentiu o coração parar com aquela informação, como assim ela tinha alguém? Victoriano passou as mãos pelo cabelo e a puxou para ele, ficaram tão próximos que era possível sentir a respiração um do outro.

- Você não pode estar com outro porque eu te vejo e sinto como sua pele se arrepia somente em ouvir minha voz. - Ela sorriu.

- Você se acha de mais! - Se soltou dele. - Eu não te quero mais na minha vida, podemos conversar somente sobre nossa filha que é a única coisa que nos uni agora!

Victoriano a puxou de volta para ele e a beijou, Maria resistiu bravamente por alguns segundos e logo se rendeu puxando a camisa dele para trazer o corpo dele mais para ela como se fosse possível.

As línguas se encontraram e ele a apertou em seus braços e a beijou com afinco com sofreguidão como se o mundo ali ganhasse e perdesse a cor no mesmo segundo. Maria se afastou e o estapeou.

- Desgraçado! Sai da minha vida sai. - Os olhos se encheram de lágrimas. - Eu te odeio, odeio!

Ela bateu mais uma vez no peito dele e saiu como um furacão daquele escritório, foi direto ao banheiro, entrou e se encostou-se à porta segurou o choro não iria mais chorar por ele não mais.

Foram longos minutos ali dentro até que ela saiu e pegou a filha, voltou ao escritório e deu mama a ela, depois do beijo tanto Marcos quanto Victoriano se aproximaram mais delas, mas ficaram ali até o final. Despediram-se cordialmente as parabenizando e foram embora.

As duas suspiraram juntas e se olharam, arrumaram algumas coisas e foram para casa. Ao chegarem tomaram um longo banho e depois das três estarem limpas, jantaram e foram para o quarto de Abigail, deitaram e colocaram a pequena o meio delas e mais uma vez suspiraram.

- Ele me beijo! - As duas falaram juntas e se olharam.

- Como assim? - Voltaram a falar juntas e riram.

- Mãe fala você primeiro! - Abigail sentou.

- Teu pai me beijo e o pior de tudo, eu o correspondi. - Ela abaixou a cabeça.

Maria sentou e a olhou.

- Mãe, eu não fiz diferente da senhora não. Eu o beijei com gosto. - Falou rindo. - Espera, vou pegar uma coisa pra gente.

Maria saiu do quarto e desceu, pegou uma garrafa de tequila e dois copos, subiu e entrou mostrando para a mãe.

- Uma dose não faz mal e vamos aproveitar que Julia dorme e vamos tomar uma de cada. - Falou rindo e sentou no tapete e Abigail foi ate ela.

Maria serviu uma pra cada e deixou a garrafa de lado e pegou o copo levantando uma um brinde com sua mãe.

- A que vamos brindar? - Maria pensou por um momento.

- Vamos brindar por nós duas que estamos perdidas com esses dois homens e que por mais que eles façam nos duas sofrer vamos morrer amando eles. - Abigail sorriu.

- Estamos perdidas minha filha! Saúde a nos duas então. - Elas brindaram e beberam.

Serviram de mais uma e ficaram ali conversando sobre aqueles dois homens que as faziam perder o juízo, riram e não beberam muito. Logos estavam deitadas e acomodadas para dormir.

Não demoraram muito a pegar no sono o dia tinha sido cheio de emoções e elas estavam cansadas e com a cabeça a mil por conta de dois homens que resolveram aparecer juntos pra mover novamente a vida dela...

Continua!

Deshazte de Mi - Volví a tu mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora