A Protegida.

Dezesseis

Eu desci até a cozinha pra comer algo. Estavam algumas pessoas da casa, inclusive a loira ela parecia estar de saída.

Ao contrário da Rayane ela nem me olhava, menos uma querendo confusão.

O lc não ia com a gente ele disse que iria depois de se arrumar e iria no carro do marido da Flávia.

No nosso só coube nós.

E o melhor foi que essa loira também não ia com a gente, coincidência? Acho que não.

É claro que fiquei com uma pontinha de ciúmes, mas ao contrário de ontem eu não iria me preocupar com nada nem ninguém.

Eu não saí de um relacionamento conturbado para entrar em outro.

- Daqui á pouco tô lá__ Ele falou comigo mas eu estava nem aí pra ele.

- Tanto faz__ Fiz cara de desdém - E você Felipe não vem com a gente? Se expremer cabe mais um.

- Não prima, vou pegar essa carona com eles; lá nós se encontra.

Nosso grupo eram todas mulheres, até as amigas da menina se ajuntaram e foram com a gente.

- Eu acho que você deveria partir pra outra __ Disse a rafaella ajeitando o meu cabelo.

- Eu não estou esperando nada dele __ Ela me olhou desconfiada - Eu sei que ele não pode me dar oque eu mereço.

Eu entrei com plena consciência disso... Mas eu deveria ter evitado tudo, tudo isso.

Agora eu não sei mais pra onde ir, estou longe da minha família, vivendo escondida feito uma criminosa, não tenho mais como ter uma vida normal; com uma casa, família, trabalho e um cara que me ame.

Azar no jogo.
Azar no amor.
Sorte no azar.

Tratei de colocar um sorriso no rosto quando chegamos ao bloco. Era em frente a praia, eu estava quase desistindo de pular carnaval e ficar por lá tomando sol.

- É hoje!! Tudo nosso nada deles__ Desci do carro.

- Hoje eu não vou dar hein eu vou distribuir __ A rafaella levantou um pouco a saia se insinuando para um boy que passava fantasiado de gogo boy. - Beijos tá colega, se estiver interessado só vem.

Não é que o menino foi mesmo, mas carnaval é isso né meu povo. Putaria, cachaçada é disso que o povo brasileiro gosta.

Ficamos bem pra trás do povo por causa do alvoroço de pessoas.

- Vocês vão beber oque? __ A vitória perguntou pra gente.

- Cerveja __ Eu falei - Cerveja também __ Disse a kiara.

O sol estava de matar, mas com uma cerveja não tinha calor certo.
Quando dei por mim já estávamos todas lá no meio pulando, as únicas que não estavam na pegação era eu e kiara. 

Só porque ainda não apareceu um moreno meu número.

Nós nos perdíamos no meio do povo e nos encontrávamos na mesma velocidade.

Eu estava na fila do banheiro químico com as meninas quando passou um grupinho de amigos, um deles eu olhei e pensei.

Olá tenho interesse, me beija.

- Com todo respeito mas sua boca está me chamando. __ Precisa de respeito não meu amigão..

- Então vem __ Eu tomei a iniciativa puxando sua nuca.

Mas que beijo viciante era aquele... Não dávamos pausa de um segundo e já estávamos nos beijando de novo.

Mas é aquele ditado: " Tem mais bocas por aí, então lá vou eu"