Cheguei em casa desesperada estava nervosa, nunca tinha matado alguém na minha vida. Eu não acreditava que tinha feito isso, abrir a porta minha madrinha venho correndo ao meu encontro
- Até que enfim filha você está bem ? Estava tão preocupada - Disse me abraçando.
- Madrinha tenha calma eu estou bem - Eu disse desviando do seu abraço.
Madrinha era minha única família meus pais morreram assim que completei 12 Anos, eles foram mortos em uma invasão, em outro morro. Sempre que procuro saber com madrinha a verdadeira história ela muda de assunto, o que restou de minha mãe foi apenas o pingente que ela me deu. Com esses pensamentos toco em meus braços e não sinto o pingente, fico desesperada era a única herança que ganhei da minha mãe logo quando nasci e não estava mais em meus braços acho que perdi vindo pra cá. Logo os barulhos dos tiros cessaram me levantei do sofá e andei em direção ao quarto, peguei uma roupa bem confortável para vestir coloquei na cama e entrei diretamente no banheiro, me despi e ligue o chuveiro. Deixei que a água caísse sobre meu corpo queria relaxar e esquecer de tudo que aconteceu. Fiquei praticamente 10 minutos no chuveiro saí do box, visto meu vestido folgado e desci para cozinha abri a geladeira e quase não tinha nada para comer. Bom eu e a madrinha moramos sozinha então tudo é por conta dela, mas agora que ela não está mais trabalhando por conta de alguns problemas de saúde. Demitiram ela, e aqui no Rio de janeiro é muito difícil de arruma um emprego, as coisas estão muito complicadas. Mas com fé em Deus vamos conseguir, eu faço bicos tem uma vizinha aqui perto que quando precisa sair sempre pede para fica com os filhos dela. E me dá um trocado, bom a vida aqui na favela não posso dizer que é uma maravilha, por quê não é nós moradores daqui da favela sofremos sim, só porque aqui tem um dono não que dizer que ele nós ajude ele não quer saber se, sofremos por cada invasão quantas crianças, jovens, velhos, adultos, morrem se você acha que aqui é paz você está muito enganado. Muitas coisas acontece aqui, temos que se virar para trabalhar o nosso nível de estudo é ruim não temos muitos professores, aqui não é um mar de rosas cada dia uma pessoa inocente tá sendo morta por uma coisa que não fez. A realidade da favela é essa gostem quem quiser, não existe traficante '' bonzinho'', que só porque você é gente de bem eles não te roubam,roubar sim quantos pais de família são mortos, por esses traficantes ? E quem acha que eles sente pena ?. Estar muito enganado eles não querem nem saber se você é pai de família ou mãe de família eles matam sem piedade sem dó, essa é a realidade da favela me desperto desses pensamentos com minha madrinha me chamando.
- Filha eu sei que você está com fome, fiz uma macarronada para você jantar fiz um suco está na geladeira vou subir.
Assinto com a cabeça e falo bença madrinha, dando beijos nela.
- Deus te abençoe minha filha.
Assim que madrinha subiu para o seu quarto, terminei de jantar arrumei a cozinha e fui diretamente para o banheiro. Escovei meus dentes, entrei no meu quarto agradeço à Deus pelo o dia de hoje e por mais um livramento que ele me deu hoje naquela invasão, deitei na cama e adormeci.
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Acordei com madrinha batendo na porta dizendo que a dona Ana, ligou pedindo para eu dar uma olhada nos seus filhos, levantei da cama indo em direção ao banheiro acabei de fazer minhas higiene matinais , coloquei uma regata branca e uma saia rodada azul passei pela cozinha peguei uma maçã, madrinha já não estava em casa. Ela deve ter ido na casa da dona Maria avisar que vai se atrasar um pouco, o aluguel da casa. Saí indo em direção a casa da dona Ana, andando pelos becos e vielas. Como a casa da dona Ana era depois da boca tive que passar em frente a Boca, avistei LT com WR, abaixo a cabeça e passo não quero olha-los na cara deles, abri o portãozinho logo bato na porta chamando dona Ana. A porta é aberta e logo ela aparece.
- Oi Filha venha entre, os meninos ainda estão dormindo. Você pode ficar assistindo até eles acordarem.
- Certo Dona Ana - Me sento no sofá logo ela sair, ligo a TV e estava passando um programa, fiquei uns 10 minutos esperando as crianças acordar logo. Escuto barulhos vindo do quarto das crianças levanto-me vou vê se elas acordaram assim que chego Emily e Pedro estava acordado.
- Oi tia - fala eles me abraçando.
- Oi meus lindos vamos levanta né.
Eles levantaram e forraram a cama deles Emily, logo foi tomar o seu banho e Pedro foi para o outro banheiro escolhi uma roupa para eles vestirem e fui preparar alguma coisa pra eles comer. Logo eles chegaram e tomaram, café limpei a cozinha e fui para sala, assistir desenhos com eles o restante da manhã ficamos assistindo e brincando pela a casa ate umas 10:30. Ana chegou os meninos fazem a festa quando ela adentrou a casa. Ana é uma mulher batalhadora cria os seus filhos sozinha, seu marido foi morto em uma invasão alguns anos atrás aqui no alemão, ela sofreu muito.Mas superou e se manteve forte pelos os meninos, ela me chamou em um canto meio afastado dos meninos.
- Obrigado por fica com as crianças.
- Não tem de quer dona Ana.
- Aqui está obrigado mais uma vez - Diz me entregando sessenta reais.
Agradeço a ela e dou um beijos nas crianças que estavam brincando.
Saí da casa da dona Ana e caminhei em direção a minha casa cheguei e madrinha estava fazendo, uma comida deliciosa depositei um beijo nela e subi para o meu quarto para me arruma e ir a escola. Terminei de toma banho e vesti uma calça jeans da cor preta e a farda da escola passei uma maquiagem básica no rosto e um batom rosa, arrumei o meu cabelo. Desci para almoçar, madrinha estava já terminando de arruma a cozinha.- Filha já pode almoçar.
- Certo madrinha estou indo.
Terminei de comer e fui escova os dentes assim que terminei fui pegar minha bolsa da escola madrinha estava na sala então peguei o dinheiro que ganhei hoje e entreguei a ela. Ela não queria, mas eu insistir, afinal ela tem que pagar as coisas daqui de casa. Mandei um beijo e sai de casa, assim que cheguei no portão da escola, Fui Atacada por uma doida que pulou em cima de mim.
- Amigaaaa estava morrendo de saudade, minha vacaaaaa - Any disse me abraçando
- Também minha cabrita - falei correspondendo ao seu abraço.
- vem vamos entrar - cheguei na sala e a puta da Rafaele soltou uma piada pro nosso lado. Any queria já voar em cima dela, mas não deixei, nem esquento com isso nem ligo passamos reto e nos sentamos nas últimas cadeira da sala até a professora de português entrar. Ela deu um aviso dizendo que teríamos só essa aula por conta de um reunião que haveria, terminamos de fazer as atividades que valia ponto e ela liberou toda a sala. Saímos da escola em direção a casa da Any chegamos lá e ela fez brigadeiro, e pipoca, fomos para sala assistir uma série. Colocamos as fofocas em dia quando deu uma 17:30 fui para casa, caminho em direção a minha casa estava normal Até me depara com...
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O MORRO DA DOR
Teen FictionLT- Eu te odeio sabia ?. Laura- Eu sempre soube disso. LT- Convencida- Falava enquanto puxava ela pela cintura. Laura- Me solta idiota- Falava tentando se solta dos seus braços. LT- Nunca- Falava enquanto sentia seu doce perfume.