centésimo quinto

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25 de janeiro de 2004 – Columbus, Ohio

Ontem na Dra. Eva foi algo normal. A mesma coisa de sempre. Ela perguntou o que tinha acontecido na semana e eu contei que minha mãe tinha me tirado da escola e etc. Também contei que Tyler tinha me ligado e ela ficou feliz.

Falando em Tyler, hoje foi o melhor dia desse mês, logo depois do Ano Novo. Tyler levou o Monopoly dele para jogarmos. Eu até convidei o Jordan e a Ashley para jogarem com a gente.

Tyler é o rei do Monopoly e faz questão de ostentar isso.

Minha mãe se arriscou a fazer brownies para o lanche, mas eles não ficaram tão bons quanto aqueles que Tyler faz.

O tempo todo eu estava com medo de Tyler perguntar o que eu tinha para não poder ir à escola, mas ele não perguntou. Enquanto ele não chegava fiz uma lista de doenças que eu poderia dizer que eu tinha, desde pedras nos rins até leucemia, mas felizmente não precisei usar nenhuma dessas doenças para cobrir o real problema.

Ele trouxe também o ukulele e minha mãe pediu para ele tocar algo. Ele ficou vermelho e eu já estava quase levando ele pro meu quarto quando ele disse que ia tocar, sim. Aí ele cantou uma que ele disse se chamar "House Of Gold". Ele nunca tinha me mostrado essa. Minha mãe gostou muito e eu amei.

Quando o pai dele veio buscá-lo às oito, eu senti vontade de pedir que ele dormisse aqui em casa, mas pelo andar das coisas era óbvio que eu iria receber um não dos meus pais.

Foi difícil se despedir de Tyler.

"Eu volto próximo domingo, eu prometo", ele falou.

"Obrigado por ter vindo", eu respondi, sorrindo.

Aí ele me deu um beijo na bochecha, quase na boca, na frente dos meus pais e do pai dele e saiu andando tranquilamente.


eu to mt viciada em heathens de novo aaaaaaaaa

Goner (don't let me be)Onde histórias criam vida. Descubra agora