12 de dezembro de 2003 – Columbus, Ohio
Antes de eu acordar eu tive um lapso de memória que até poderia ser um sonho, mas pareceu tão real que eu tive a certeza que não foi só um sonho. Foi real.
Eu estava sozinho em casa, ou pelo menos achei que eu estava. Fui até a cozinha e peguei um isqueiro, depois fui até à despensa e peguei uma garrafa de álcool. Derramei todo o álcool pelo chão da casa, mas alguém me segurou e tirou o isqueiro da minha mão quando eu estava para acendê-lo no álcool derramado. Acho que era meu pai.
Acordei gritando, e minha mãe entrou no quarto correndo, perguntando o que tinha acontecido, e eu não conseguia falar nada. Só fiquei sentado na cama, o coração batendo forte demais. Minha mãe não insistiu mais, só perguntou se eu me sentia bem o suficiente para ir para a escola e eu disse que sim.
Não consegui comer nada no café da manhã.
Tyler ainda estava me esperando na frente da escola quando eu cheguei, mesmo numa temperatura abaixo de zero. A gente fez nosso toque secreto e ele me abraçou, perguntando se eu estava me sentindo melhor hoje.
Eu quis dizer que não, mas eu falei sim, e me senti um lixo por ter mentido pra ele. Eu queria enfiar na minha cabeça que eu estava mentindo por uma boa razão, mas eu não conseguia, eu só me sentia mais mal por mentir pra Tyler.
Falei a Tyler que eu ia dormir durante a aula de Química, e ele disse “Tudo bem”, e segurou minha mão, o que me acalmou bastante. Até esqueci do quão mal eu me sentia esses dias, e consegui pegar no sono rapidamente. Não tive nenhum sonho ruim, foi bem tranquilo.
Quando acordei, Tyler estava me chamando porque a aula tinha acabado. Eu não queria ficar longe dele, então quando ficou só nós dois dentro da sala, eu o abracei e falei “Vamos matar as aulas da tarde?”
Ele me olhou assustado e mordeu o lábio (ele fica bonitinho fazendo isso, achei bom anotar), pensando no que fazer. Tyler não parecia muito certo da ideia, mas aceitou sair comigo, talvez para me agradar. Eu não queria forçá-lo a nada, então perguntei algumas vezes se ele tinha certeza. Ele falou que sim, então saímos da escola antes do almoço.
Nós almoçamos numa Taco Bell que ficava ali perto. Eu deixei ele escolher meu taco, e ele escolheu duas Cheesy Gorditas pra nós dois. Ele falou, com um sorriso, que era um dos itens preferidos dele do menu da Taco Bell.
Depois que a gente terminou de comer, ele perguntou o que a gente ia fazer, então eu falei “Vamos pra sua casa?”. Ele concordou na hora, então a gente foi apostando corrida até lá.
“Quem chegar primeiro fica com o player 1!”, ele gritou, e começamos a correr pelo meio da rua, em direção à casa dele.
Eu ganhei a corrida.
A gente entrou na casa dele e fomos jogar Mario Kart até a hora de eu ir pra casa. Se os pais de Tyler me vissem lá, iam contar pra minha mãe e isso não ia ser muito legal.
Quando eu estava saindo da casa dele, já na calçada, Tyler veio correndo em minha direção e me abraçou por trás, o que me fez tropeçar e cair com ele por cima de mim. Não me machuquei, mas fiquei preocupado com Tyler, e quando eu olhei para ele, ele parecia bem.
“Por que você me abraçou?”, perguntei, não era bem uma reclamação.
“Eu senti vontade, eu acho”, ele falou, ficando vermelho. Tyler se levantou do chão e me ajudou a ficar de pé. “Boa noite, Josh”, ele disse rapidamente e voltou pra casa.
Decidi não pensar muito nisso na volta pra casa, mas foi impossível. A lembrança do momento e do que Tyler disse depois da queda continuava ocupando todos os espaços da minha mente, o que de certa forma era bom, já que não deixava espaço pros pensamentos ruins.
Eu não sei se esse capítulo foi bom ou ruim aaaaaaa
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Goner (don't let me be)
Fiksi Penggemar(baseada na música Goner) "Ele tirou de mim todas as esperanças que eu tinha de viver feliz por toda a minha vida. Ele é o que me faz ser infeliz. Você não fez nada de errado. A culpa é dele. A culpa é minha. A culpa é só minha. Eu já era um caso pe...