Capítulo 11 - Terra a vista

2.1K 214 18
                                    

Primeira coisa: não me odeiem. eu sei que o capítulo está curto, que eu não postei semana passada e que estou postando muito trade hoje, mas acontece que esses dias estão muito corridos para mim, e está bem difícil de escrever e até parar para publicar capítulo novos. Peço perdão a todos, e um pouquinho de paciência até eu organizar tudo. Segundo: um jabá para as migas, kkkkkk. Eu vou abusar mais um pouquinho e pedir para vocês lerem o livro da minha linda Yasmim Amaral. P livro é uma ficção mais do que incrível, se chama "Maximus Grace". O link para o livro está no capítulo. Agora sem mais delongas, boa leitura a todos e perdoem os errinhos.







Nataly

Acordei com Louise puxando meu cabelo. Minha cabeça ainda doía muito. Tinha vontade de apenas virar para o lado e dormir de novo, ignorar a realidade em que me encontrava, mas eu era mãe agora, eu tinha obrigações, e, sinceramente, destetava ser a única nesse barco a tê-las.

Barco.... Eu estava em um barco indo para sei lá onde. Havia deixado um homem ferido e inconsciente, com uma provável dor no pescoço insuportável, e um homem baleado, provavelmente morto, à beira da cama que minha filha havia dormido noite passada. A maternidade mexe com seus instintos e sentimentos. Há quatro anos eu não me sentiria tão desconfortável pela morte de um bandido, mas, hoje, eu sentia que havia trocado definitivamente de lugar com Alex. Não consegui nem ficar no mesmo cômodo que aqueles corpos. Alex ajeitou tudo sozinho com uma frieza que eu jamais vira nele. Eu queria vomitar, só não tinha certeza se eram pelos corpos ensanguentados no meu piso ou por saber que fora eu a causa dessa lavagem cerebral pela qual Alex passara.

O que eu fiz com esse garoto?

Katia provavelmente nutria um forte ódio pela minha pessoa agora. E quem era eu para culpa-la? Ela tinha razão, eu era uma pessoa terrível, digna de muito ódio, menti para eles, fiz com que Alex tomasse o meu lugar e por causa disso ele era uma versão da Nataly antes da maternidade, só que melhorada nas piores características.

O que está acontecendo comigo?

Até ontem eu queria mata-lo por me colocar nessa loucura. O culpava por tudo, e havia dito isso na sua cara. Mas, agora, eu só conseguia me sentir culpada pelo pragmatismo com que ele levava toda a situação que nos levara até aquele barco.

É como eu digo: maternidade é uma coisa confusa. Minha explosão era pelo perigo que a minha pequena estava enfrentando sem se quer saber o que estava acontecendo, sem se quer ter culpa. Nessa loucura, eu acho que nem eu tinha culpa. Só estava tentando viver que nem uma pessoa normal, assim como minha mãe iria querer que fizesse, longe da agencia, longe de tudo. Mas parece que me manter longe não ajudou em nada. Por que eu tinha que querer salvar o mundo toda vez? Por que não podia apenas fechar os olhos e fingi que isso não estava acontecendo? Eu tenho uma filha agora, ela é a minha prioridade, mesmo acima do mundo. – E falando em filha....

- Bom dia meu amor – Sorri para ela, que me encarava como se pudesse ler todos esses pensamentos loucos que borbulhavam em minha mente. Melhor ficar quieta antes que ela comece a chamar Alex de papai. Depois de conviver com essa pestinhas por quase quatro anos, eu não duvidaria dos poderes de telepatia dela. – Você quer comer? – Tento dispersar esses pensamentos mais loucos ainda de minha mente. Ela acena sorrindo e acaricio seu rosto. Ela vestia um vestido rosa e estava toda descabelada como toda usual manhã. Aqueles cabelos encaracolados eram indomáveis a essa hora. Mas aquele vestido não era o mesmo que eu havia colocado nela nessa madrugada quando chegamos ao barco, isso me incomoda um pouco. – Deixa a mamãe se estabilizar e eu levanto para fazer sua comida. – Sinto o balançar do barco e meu estomago embrulha. A quanto tempo eu estava dormindo?

S.W.A. 2 - Os Segredos Da Minha VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora