Capítulo 12 - A nova casa

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Alex


Desembarcamos no pequeno cais instalado na praia para receber os barcos na ilha.

Enfim havíamos chegado.

A praia era linda. O mar era limpo, calmo e cristalino, a areia era de um amarelo quase branco, a brisa era como um calmante e refrescava até a alma. Alguns coqueiros espalhados pela imensidão de duas cores que se estendia envolta a ilha. A casa se instalava no meio de algumas árvores e tinha seu teto totalmente coberto pela folhagem das mesmas. Havia uma pequena floresta que rodeava a parte de trás da casa como forma de segurança.

Era um lugar perfeito para passar as férias... Seria bom se esse fosse o motivo para estarmos ali.

A casa tinha um sistema de segurança que cobria a ilha inteira e numa distância de dez quilômetros da costa. A entrada só era permitida àqueles que tinham sua retina e digital no servidor. Uma casa inteiramente tecnológica, que, infelizmente, só não limpava-se sozinha. Entretanto, nada disso tirava a beleza rustica do lugar. Era uma casa com dois andares, espaçosa o suficiente para abrigar até dez pessoas. A sala tinha uma lareira e poltronas que faziam conjunto com o tapete enorme que cobria todo o piso. Numa divisória tínhamos uma mesa de jantar de madeira, um balcão que dava acesso a cozinha, extremamente aconchegante com um fogão a lenha em sua composição. Numa porta pequena ao lado do fogão, estava a lavanderia que dava acesso a um belo jardim. Voltando para dentro e subindo as escadas, que tinham um rangido insuportável, ficavam os quartos. Eram quatro no total, e todos tinham um banheiro e uma passagem com escadas pelo closet, que davam no porão. O porão era, de longe, o melhor lugar naquela casa. Tinha um arsenal pronto para ser usado, um lugar de treino, câmeras de vigilância e todos equipamentos divertidos e perigosos que você puder imaginar. Um verdadeiro forte contra qualquer inimigo. Saindo da casa novamente, agora pela porta da frente, e caminhando um pouco até a lateral direita da mesma, encontrava-se a garagem com um jipe, ideal para dirigir sobre areia, estacionado.

Agora, vocês se perguntam como eu sei de tudo isso? Simples!

Fuso-horário.

Minha mente ainda custava a aceitar o novo horário, então eu passei a noite fazendo uma longa faxina. Lembra que eu disse que a casa infelizmente não se limpava sozinha? Pois é, muita poeira e teia de aranha. A dispensa da casa parecia um apocalipse. O que não era enlatado nem existia mais. Ainda bem que havíamos comprado algumas coisas frescas no mercado antes de vir.

Quando terminei a arrumação, já passava das sete da manhã, então preparei um café da manhã, como uma forma de mostrar a bandeira branca para Nataly.

Uma vassoura e um pano de chão fazem um homem pensar.

Eu estava nessa por um motivo. Nataly! Então eu tinha que fazer o que eu tinha esperado quaro anos para fazer. Ter minha vida de volta e a razão dela também. Eu iria reconquistar Nataly, fazer ela ver que eu não era de todo um babaca e que eu serei um bom pai. Era a minha família, e eu tinha uma semana para reconquista-la antes de Diego chegar.

- Que cheiro maravilhoso – Assusto-me com sua entrada na repentina na cozinha.

- Bom dia – Gaguejo.

- Arrumou tudo isso que horas? – Admira o local agora inteiramente limpo.

- Estava sem sono – Coloco a garrafa com café em cima da mesa já repleta de comida.

S.W.A. 2 - Os Segredos Da Minha VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora