Capítulo 30 - Caso Encerrado

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Nataly

- Me explica uma coisa? Por que vocês sempre acabam se entregando no final? Perde a graça, sabia? – Sento na cadeira de frente para a morena ensanguentada e amarrada, presa a outra cadeira.

- E o que te faz pensar que isso é o final? – Sorri sugestiva. Ela tinha um olhar de psicopata... como eu nunca havia percebido isso antes?

- Eu ter pegado todos os seus comparsas?! – Rebato.

3 horas antes...

- Para onde estamos indo? – O agente que vinha comigo se mostra confuso, quando passamos pela rua que dava acesso ao prédio da sede que estavam atacando.

Após deixar Alex com um dos oficiais e levar o outro comigo, sigo pelas ruas, agora sujas de destroços de carros e prédios, até onde eu acreditava ser o ponto de partida de toda aquela confusão. O caminho não parecia nada fácil. Era um verdadeiro cenário de confronto... Bombas explodiam quando se pisava nos locais errados... soldados armados até os dentes surgiam de cada ponto cego existente nas ruas...

- Primeiro, vamos a casa onde está o sistema reserva da agência instalado. – Atiro em um soldado que aparece à minha frente, então, corro até o mesmo para pegar sua munição e armas pequenas. – Preciso reativar a comunicação por rede, precisamos de mais reforços, temos que nos religar com as outras agências. – A decisão de fazer um blackout agora parecia estupida, mas na hora que tomamos a mesma foi a melhor coisa para evitar ataques, o que no momento não estava adiantando nada.

- Achei que íamos atrás da comandante do atentado? – Questiona enquanto ataca um outro soldado corpo-a-corpo.

- Nós vamos! – Sou atacada por trás – Essa é a segunda coisa em nossa grande missão de salvar o mundo – Derrubo o homem que me atacara.

- Sabe que para ir até a casa teremos que passar pela praça, não sabe? – Encara o nosso próximo cenário de luta, de um beco pouco distante. – Lugar aberto e cheio de bandidos.

- Um ótimo começo de dia, não acha? – Sorrio para tentar amenizar a situação.

- Estou feliz de servir com a senhora. Pelo menos morrerei como herói. – Sinto o peso de suas palavras.

- Qual o seu nome? – Descanso minha arma no chão.

- Arthur Braga, senhora. – Respira fundo.

- Nataly Walter! – Estendo minha mão para o moreno alto sujo de poeira e sangue.

- Prazer! – Segura minha mão e mostra seu sorriso perfeito.

- Brasileiro... – Constato ao ver a bandeira estampada no seu ombro direito – Tem família?

- Dois filhos! – Tira uma corrente do pescoço para me mostrar uma foto das duas. – Uma esposa maravilhosa também.

- Quando a gente sair daqui, vou levar você e a sua família para jantar. – Tento amenizar a situação.

- Não é à toa que era uma excelente agente. – Comenta.

- Humanidade não dá para conseguir na agência, mas o tempo ajuda no amadurecimento. – Pego novamente minha arma e destravo a mesma – Pronto para acabar com aqueles caras mau ali?

- Vamos lá!

Atualmente...

- Eu demorei quatro anos, após Mauricio, para finalmente agir. – Volto meu olhar para ela... ainda sentia um zunido no ouvido.

S.W.A. 2 - Os Segredos Da Minha VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora