No Alto do Morro. •4° Temporada•

7 CAPÍTULO

Mermo eu tando bolado pra caralho, ver meus pivete chorando me fode. Soltei os cabelo dela, mas segurei no braço dela, sem força.

- Bruno: Some da minha frente, moleque - Disse seco, encarando o Luizinho
- Luizinho: Tu num vai fazer nada com ela não, né?
- Bruno: Num sei! Vaza!
- Luizinho: Eu num trouxe ela à força não, velho! Eu chamei, ela veio!
- M. Karolinna: Vai embora, Luíz. Se continuar falando vai piorar pro teu lado.
- Luizinho: Depois a gente se fala, Karol.

Num segundo, ele chegou perto dela e deu um selinho dela. MANO, ESSE MOLEQUE TÁ ME DESAFIANDO, E EU TÔ PRA EXPLODIR JÁ. Eu até ia dar uns tapa na cara lisa dele, mas ele correu. Encarei a Karol.

- Bruno: Tá que nem piranha se agarrando nos beco agora?
- M. Karolinna: Foi mais forte que eu.
- Bruno: Cuidado pra num engravidar mais cedo que tua mãe - Disse seco

- M. Karolinna narrando -

Papai me pegou com o Luizinho num bequinho dos fundos do baile. Não fez nada com o Luizinho nem comigo... ah, digamos que comigo ele fez. Perguntou se eu tava que nem piranha nos becos e mandou eu ter cuidado pra não engravidar mais cedo que a mamãe, todo seco, me olhando com desprezo. Velho, cê sabe como é ser olhada assim pelo pai? Eu errei de não ter contado pra ele que tô ficando com o Luizinho, sei que ele ia ficar bolado quando soubesse da minha boca, e que iria ficar mais bolado ainda se me pegasse, nem eu ter contado... mas falar e me olhar assim? Eu fiquei calada quando ele disse isso comigo, mas doeu, e muito. Como eu tenho que levantar a cabeça pra olhar o papai, e ele tem que se abaixar pra olhar nos meus olhos, eu olhei pra frente e meus olhos enxeram-se de lágrimas. Ele foi até o camarote me segurando, e na escada, me soltou. Entrou e sentou do lado do CR, e já começou a beber, fumar. Nem olhou pra mim. Sentei do lado da mamãe, que tava tão interessada na conversa que nem olhou pra mim também, só depois de uns minutos, quando eu tava chorando em silêncio.