CAPÍTULO 114

2.6K 83 0
                                    

Subi as escadas mó bolado, entrei no quarto e deitei na cama, de bruços. Não tenho sangue pra ver minha piveta namorando, se agarrando com um pivete por aí!

— Fernanda narrando —

Bruno soube que o Luizinho dormiu essa noite com a Karol não sei como, mas pelo que entendi, ele pegou o celular dela e viu a conversa. Eu, conhecendo o Bruno, não sei como ele não matou o Luizinho e bateu "pouco" nele, mas não vou reclamar, vai que ele faz isso só porque eu "mandei". Depois de muita cara feia, ele deixou o Luizinho e a Karol namorarem e subiu, com raiva. Dava pra reconhecer pelas pisadas que ele dava no chão. A Karol abraçou o Luizinho com força e deu um selinho nele.

— Fernanda: Conseguiram, né? Façam por onde agora. "Façam" é no plural, então é os dois, não é só um não. Quando quiserem sair, peçam a mim ou ao Ninho, quando quiser dormir aqui, Luizinho, peça pros dois também. E se controlem!
— M. Karolinna: Sou muito bem controlada.
— Luizinho: Demais, patroa. Pode ficar sossegada que não vou pisar na bola, não. Valeu, e agradece ao patrão também.
— Fernanda: De nada, e pode deixar. Cuidado vocês dois, estamos de olhos.

Eles assentiram com a cabeça, e eu pisquei o olho e entrei. Subi as escadas e fui procurar o Bruno. Na sala, na cozinha e na varanda não estava, então subi. Entrei no nosso quarto e ele tava lá, de bruços, agarrado com o travesseiro, com a cara feia. Deitei do lado dele, e fui abracá-lo, mas ele empurrou meu braço de leve, mesmo nem tendo encostado nele ainda. Ia reclamar, mas vai que ele me dá uma patada, né...

— Bruno: Quero papo não — Disse e virou a cabeça pro outro lado
— Fernanda: Ah, amor, só porque deixou os dois namorarem?!
— Bruno: Só? E se ele fazer algo com ela?
— Fernanda: Eu tenho 99,8% de certeza que ele não faria isso, Bruno!
— Bruno: Tu num pensa com a cabeça dele, não sabe o que ele pode fazer!
— Fernanda: Nem tu! Confia no moleque!
— Bruno: Já deixei, beleza? Agora vai pra lá, me irrita não.
— Fernanda: Fale direito, Bruno! Vira pra mim, vai — Disse puxando o braço dele, tentando virá-lo

No Alto do Morro. •4° Temporada•Onde histórias criam vida. Descubra agora