CAPÍTULO 1

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* FERNANDA NARRANDO *

E AIIIII, TÔ DE VOLTA! Se passaram quatro anos desde que eu tive o segundo casal de gêmeos! Nada mais, nada menos que sete crianças pra eu tomar conta. Quando uma tá calada, a outra tá gritando, e vice-versa. A casa não tem mais paz, e muito menos eu! Mas prefiro perder a paz do que meus filhos. Eu tô com 26 anos e o Ninho com 31 anos; a Karol tá com 12, a Bia e o Luquinhas com 8, a Leninha e o Samuca com 4 e a Babi, que eu tô criando como se fosse minha filha, com 8 anos também... e ainda tem mais uma que eu adotei, a Rafinha, de 2 anos, que eu achei abandonada dentro de uma caixa de papelão na Rocinha, perto do lixo, quando ela tinha apenas 6 meses. Meu coração partiu na hora que a vi ali, chorando, com fome, com frio... Mas hoje ela tá bem, é um amorzinho! A Babi não lembra muito bem da mãe dela, nem da morte da mãe dela, mas eu sempre deixo claro que a mãe dela morreu, que tá no céu, num lugar melhor, etc, e ela entende. Meus filhotes continuam do mesmo jeito, menos a Karol, que tá mais carinhosa agora.

— Luíza narrando —

Oi, oi, oi, gente! Quatro anos se passaram e eu tô mais gostosa que antes: com 26 anos. Ainda tô casada com o traste do CR, que tá com 29 anos. A Dani tá com 8 anos. Tá crescendo e ficando cada dia mais desorganizada, pelo amor de Deus. Só tenho ela de filha mesmo, não quero mais ter nenhum. O CR, todo início de mês, quando eu tô no período fértil, fica tentando me fazer mudar de ideia. Até esconder minha cartela de anticoncepcional ele já escondeu, e me impediu de ir ao posto tomar vacina pra não engravidar! Quando eu tô querendo um menininho menor pra cuidar, eu vou na minha fonte, a Fê. Ela tá com sete filhos, e às vezes acho que ela é louca. Continuo morando no Alemão com o CR e a Dani. Alemão na veia, na xoxota e na cadeira, meu amor!

No Alto do Morro. •4° Temporada•Onde histórias criam vida. Descubra agora