No Alto do Morro. •4° Temporada•

CAPÍTULO 89

BOA LEITURA ❤

Eu odeio quando o Bruno fica com raiva. Tipo, raiva mesmo, quase ódio, quase perto de matar alguém. Ele não deixa a pessoa falar, aí fica lá encarando a pessoa por um tempão, até que quase sente que tá sem ar, quase morrendo, e solta. Isso que aconteceu. Ele apertou meu pescoço com só uma mão por uns 30s, e quase percebeu que eu tava sem ar, ele soltou. Nenhum dos pivetes fez nada, porque sabe que se fizer algo quando Bruno tá assim, o negócio fica pior pra vítima, não pra quem tentou ajudar. A Karol e a Babi vieram em cima de mim, me abanando com as mãos e as almofadas do sofá. Eu tava vermelha, e nem precisei me ver no espelho pra saber disso.

— Fernanda: Gosta de brincar, de zoar, de me chamar de ridícula, mas não sabe brincar — Disse encarando ele
— Bruno: Pivete não mente, Fernanda!
— Fernanda: A manicure que eu vou é numa casa que tem lá pra baixo, e nessa casa mora a manicure e o marido dela, e ela quase me comeu porque ela arrancou dois bifes das minhas unhas. Parece que não sabe raciocinar.
— Bruno: Sei mermo não, sou um cavalo, um bicho como tu vive dizendo — Disse de cabeça baixa
— Fernanda: Só sabe pro que tu quer.
— M. Karolinna: Bora pra pracinha, pequenos indomáveis — Disse pegando a Rafinha no colo e a puxando a Helena pela mão

Todos os outros pivetes foram atrás dela. Eram 19h30, então eu deixei ela ir sozinha. Logo eu ia chegar lá. Quando eles saíram, o Bruno levantou a cabeça e me olhou.

— Bruno: Foi mal.
— Fernanda: Já me acostumei contigo nessas crises.
— Bruno: Tá braba comigo? — Disse tentando pegar na minha mão, mas não deixei
— Fernanda: Não.
— Bruno: E por que não deixou eu pegar na tua mão agora?
— Fernanda: Porque eu quis.
— Bruno: Porquê tá com raiva.
— Fernanda: Não tô.
— Bruno: Lhe conheço, Nanda. Tá com raiva sim.
— Fernanda: Af, se tu sabe que eu tô por que fica perguntando? Idiota! E não me chama de Nanda. Vai se fuder — Disse libertando meu tom de irritação e fui saindo