Un, dos, tres, un pasito pa'lante María. Un, dos, tres, un pasito pa' atrás

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 Eu não fazia ideia de onde eu tinha escutado aquele nome, mas definitivamente eu conhecia de algum lugar, mas não me preocupei muito com aquilo. 

No dia seguinte, as aulas já tinham voltado ao normal e minha irmã foi chamada na Sala da Diretora. Hills disse que sabia que tanto Diana quanto Ruby se descontrolaram na aula de Educação Física, mas que o erro tinha sido da estrutura da escola. 

- Ela falou que era só uma questão de tempo até que algum cano de gás ou de água se rompesse. Não é nem um pouco lógico deixar esses canos passando pelas áreas onde manipuladores podiam causar algum acidente. - Di contou.

Diana e eu decidimos contar ao Alex o que tinha acontecido e o que descobrimos, se Mike podia saber, ele também podia; Além do mais, ele também estava preocupado com a Ruby (ele ficou mais irritado que preocupado. A explosão queimara a sua segunda touca favorita). Nos reunimos na clareira do campus

Alex pareceu mais interessado no fato de eu ser um jumper do que a nova ameça.

-Cara, nós acabamos de te contar que tem um vírus na mente de Ruby que a controla e que tem alguém por ai fazendo isso. Nós não sabemos quem é, nem o que quer e você esta focado em eu ser um... - eu combinei com os dois de não contar, se tinha um mentis imperium solto por ai, fazendo o que faz de melhor, era melhor não correr riscos. Até onde eu sabia, eu era o último jumper e conhecer outro último da própria espécie (que por acaso é do mau), não estava na minha lista de coisas favoritas a se fazer. -... Um você-sabe-o-que,  e não no tópico principal. Qualquer um pode estar em perigo

- Certo, foi mal.  - Alex falou - Vocês disseram que a Ruby ainda está com o vírus, certo? Temos que nos preocupar em tira-lo da mente dela. Fácil, é só o Jace dar uma '' passeadinha'' com ela.

- Não acho que seja uma boa ideia. Eu descobri a menos de 24 horas que eu posso fazer isso. -disse - Pode ser perigoso, pode acontecer de  fica com metade do corpo dela em um lugar e a outra em um outro. Melhor não.

-Jace, lembra quando eu ganhei os meus poderes? - Diana perguntou e eu fiz que sim - Eu tinha pesadelos todas as noites e a casa inteira tremia, ai eu comecei a treinar e consegui controlar. Você só tem que fazer isso.

- Você sabe treinar alguém como eu?

- Vamos começar com pequenas viagens. - ela olhou em volta para ver se tinha alguém por perto e apontou para uma árvore torta do outro lado da clareira - Vá para lá.

Tentei me concentrar. Olhei fixamente para a pedra, mas não conseguir.

- Nada - falei e me virei para eles. Alex e Diana estavam tirando fotos com o celular -Do que vocês estão tirando foto?

Os dois caíram na gargalhada.Arranquei o celular de Alex de sua mão, na foto que ele tirou, eu estava com a cara vermelha. Parecia que eu estava tentando fazer côco.

-  Gente, isso é sério. Eu não tenho cara de palhaço, nem estou com um nariz vermelho, caramba - . e eles começaram a rir mais ainda - Ótimo, agora vocês estão me imaginando com um nariz vermelho.

Do nada uma pedra do tamanho de um punho veio na minha direção e aconteceu o mesmo que na noite do telhado e na quadra. BAMF, uma hora eu estava do lado da Diana e do Alex, e na outra eu estava me apoiando pelos braços em um dos trocos da árvore torta. O tronco no qual eu estava apoiado se quebrou assim que eu raciocinei o que tinha acontecido. BAMF, antes de cair de cara no chão eu me teletransportei de novo , voltei para do lado do meu melhor amigo e de minha irmã. Os dois estavam com pedras nas mãos.

- Sabe, na próxima vez que vocês quiserem me apedrejar, me avisem. -reclamei

- Bom, agora sabemos que você se teletransporta quando está em perigo. Isso é bom, mas precisamos que você controle. - Diana falou

- Tenta de novo. -sugeriu Alex

Fechei os olhos e tentei me concentrar mais uma vez, me imaginei ao lado da árvore, quando abri os olhos já estava lá. Levantei os braços em comemoração.

- Uhul! Quem arrasa? O Jace  arrasa! - gritei

- Ae!! - os dois comemoraram juntos.

Ficamos treinando meus saltos por uma hora, até Diana apontar um problema

- Ah, droga! Como eu esqueci? -ela bateu a mão na testa - Temos que nos preocupar com mais uma coisa: as provas estão chegando. Temos duas semanas ainda. Tiramos a Ruby do controle e estudamos para os exames.

- Sobre isso, - Alex disse - eu e o Jace temos um plano. Nós vamos sentar atrás de você na prova de Genética, na de Casas Tradicionais e na de Historia das Casas. O Jace senta do meu lado em Álgebra e Trigonometria, e eu sento perto dele em Geografia  dos Normais e em História da Mutação.

- Vocês não vão colar - minha irmã decidiu - Posso até ser uma telepata muito cooperativa que só tira A, mas eu não vou passar cola para vocês. O que eu vou fazer é emprestar os meus cartões de estudo para vocês e estudarmos juntos. 

Eu e Alex nos olhamos, pensando a mesma coisa. Se estudássemos, ia ficar mais fácil de chutar as respostas na prova. Talvez Diana ficasse com pena de nós e nos passasse cola. 

- Só tem um problema, Di. Eu não gosto de matemática;  eu não entendo matemática; eu não consigo gostar, nem entender matemática. Ou física. Ou química. Resumindo, eu não entendo nada que tenha números.

- É tudo muito simples, Jace. 

- Não é, não. Vocês sabem a primeira lei do estudante, toda matéria em atraso tende a permanecer em atraso, a não ser que uma força chamada "dia da prova" atue sobre o mesmo, e eu tenho matéria atrasada desde o primário. A única matemática que eu sei fazer é aquela da música do Ricky Martin.

- Aí complica.

 Nós três combinamos de, todos os dias, treinar os meus saltos e estudarmos para os exames.

Jace Norman, o Nihil PropriumOnde histórias criam vida. Descubra agora