Depois do meu acerto de contas com Regina, eu fui para a biblioteca encontrar Diana.
Eu não tenho certeza do por que eu fique tão surpreso, mas a biblioteca estava vazia. Sei lá, eu pensei que quase na véspera de uma batalha entre speciallis, a biblioteca tivesse mais gente lendo, fazendo pesquisas ou pelo menos dormindo, só que parecia que aquela parte da escola tinha sido esquecida pelos alunos. Aquilo me deixou um pouco deprimido, era quase como se a Livety tivesse perdido uma parte dela. Quantas vezes eu não tinha ficado lá para terminar projetos, junto da Di, Alex, Ruby e Mike? E foi ai que eu me dei conta, a Livety não era mais a mesma e era impossível de ser naqueles tempos. Ela tinha deixado de ser uma escola: agora era um quartel-general e um refugio para os speciallis perseguidos. Então eu fiquei irritado, eu posso ter frequentado a escola por pouco tempo, mas só naqueles meses, a Livety tinha se tornado um lar para mim, e tinha gente querendo acabar com aquilo.
De qualquer forma, a biblioteca estando vazia era uma boa coisa para nós. Não queríamos correr o risco de alguém descobrir... Bom, o que nós íamos descobrir. Di já estava lá quando eu cheguei, com o laptop aberto, tentando baixar uma foto dos dois Sebastians.
- Tudo bem com você? - ela perguntou
- Tudo certo, por que?
- Seu rosto está meio vermelho.
- É alergia, deve ser todo esse pólen - ela não parecia ter caído, mas deixou quieto. Eu não contei para a Diana que tinha chorado com a Regina, simplesmente porque não tinha visto necessidade. Nós tínhamos assuntos mais urgentes do que a minha reaproximação com a nossa irmã.
- Como está indo com as fotos? - falei
- Terminando de carregar. - ela se jogou na cadeira e sorriu - Quem diria que esses programas de computador baratos serviriam para alguma coisa?
- Verdade.
Em dois minutos, o aplicativo já tinha carregado o possível filho de Sebastian Wyngarde. A imagem que o aplicativo tinha mostrado era simplesmente uma versão mais jovem dele, mas Wyngarde já era bem detonado quando estava na cadeia speciallis. Tinha muitas rugas de preocupação na testa, o cabelo moreno era meio grisalho, apesar de ter uns 35 anos na foto tirada quando ele saiu da cadeia, e eu finalmente entendi porque nos livros eles descrevem as pessoas com ''olhos tristes'', aquele cara parecia ter visto o inferno.
- Ai, meus deuses! - Di e eu falamos juntos. O aplicativo não tinha errado algumas coisas, então o nosso Sebastian tinha a pele era um pouco mais acobreada, o que devia ter vindo da mãe, e os olhos eram mais escuros e ele tinha cabelo mais moreno, mas fora isso, ele era uma réplica de Wyngarde. Até pelo furo no queixo.
Era a primeira vez que eu estava certo sobre alguma coisa. E cara, como eu queria estar errado.
- Nós temos que contar para eles. - Di falou
- Nós temos que contar para o Alex - confirmei.
Diana chamou os outros telepaticamente, mas só Ruby e Mike responderam. Disseram que não tinham ideia de onde estava Alex. Merda, merda. E se... Eu não queria pensar nas possibilidades. É, talvez ele estivesse muito longe e Diana não conseguiu alcança-lo. Era isso que eu torcia.
Quando os Winchester chegaram, Diana e eu contamos o que descobrimos sobre os Sebastians, e depois corremos pela escola procurando por Alex. Ok, no caso, Mike foi correndo, Diana saiu pelo campus tentando se conectar com ele, eu me teletransportei pela escola e Ruby foi perguntar para as pessoas se tinham visto o Firethorne. Meia hora depois, Mike me alcançou e avisou que as meninas tinham o tinham encontrado no laboratório de robótica. Coloquei a minha mão no ombro de Mike e BAMF, estávamos no laboratório.
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Jace Norman, o Nihil Proprium
Aventura[EM REVISÃO] Jace Norman é, na verdade, um garoto normal. O que não é normal na vida dele é todo o resto. Sua família pertence a Casa Norman, uma família cheia de pessoas super poderosas que controla e manipula metal. Agora que ele tem 16 anos, é ob...