não desconte em mim

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Chegando em casa subo as escadas e passo pelo quarto de Jonathan e o mesmo está com uma cara tensa que me deixou desconfortável (eu ví pela brecha da porta).

Vou em direção ao meu quarto e deixo alguns filmes que eu tinha comprado, e me deito na minha cama com aqueles filmes espalhados.

Oque será que aconteceu com Jonathan? Devo  intrometer? Será que ele quer ficar sozinho?ou será que isso dele ficar com a cara tensa é só minha imaginação?.

Estava pensando no óbvio, era claro que eu queria saber o porquê dele estava com essa cara.

Me levanto, vou até o quarto dele e fico parada de frente a porta, bati três vezes e o mesmo demora um pouco pra me responder um “entra”.

Quando ele responde eu entro e fico encarando séria o mesmo que estava sorrindo pra mim,
ele poderia estar sorrindo, mais quando as lágrimas secam elas deixam marcas.

Me sento ao lado dele e passo o dedo sobre uma que tinha acabado de cair de seus olhos, e ele apenas me encara sem o seu sorriso de sempre.

-quer me contar o que aconteceu?. -pergunto segurando em seu ombro.

Ele deita sua cabeça em meu colo e fica me encarando.

Jonathan=lembra daquela menina do primeiro dia que tinha gritado após ter me visto?. -pergunta triste.

-aquela do parque?. -pergunto e o mesmo concorda com a cabeça.

Jonathan=um dia desses eu a vi um tanto quanto perturbada e decidi a seguir, ela estava indo em direção a uma casa velha e quando ela bateu na porta daquela casa....

-oque aconteceu?. -pergunto preocupada.

Jonathan=quando ela bateu na porta, a porta se abriu revelando o rosto de quem estava por traz dela, e essa pessoa era meu....pai. -diz e eu abro a boca chocada por lembrar de toda a história que Jonathan me contou sobre seu pai.

-uau, tudo se encaixa agora, apesar de você ter puxado sua mãe (que mora no Brasil) você deve ter alguma semelhança com seu pai e por isso que ela ficou daquele jeito.

Jonathan=exatamente, ela provavelmente percebeu que eu tinha algum parentesco com aquele cara e se assustou.

Mano, isso é muita informação pro meu cérebro de uma vez só.

-você não acha que seu pai tenha mudado?. -digo e o mesmo se levanta do meu colo, se senta na cama e me encara.

Jonathan=ele ter mudado não é uma opção, ele não mudaria se ele conseguiu matar a PRÓPRIA FILHA. -ele altera seu tom de voz me deixando assustada.

-tudo bem, você pode estar triste ou com raiva, mais não desconte em mim por favor. -digo e o mesmo se acalma.

Jonathan=me desculpe, é que...eu fico louco com essa história.

-tudo bem, mas de uma coisa eu não entendo, porque você esta com medo dele?.

Jonathan=bom, tem outra coisa que eu não te contei, meu pai é traficante de armas, só não sei por qual motivo ele esta aqui em Orlando, pra mim ele estaria no Brasil.

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